The challenge. (Clexa G!P )

11

LEXA

Lexa levou mais de uma hora para se arrumar. Nenhuma roupa ficava boa, e queria estar bonita, já que seria vista andando por aí com uma celebridade. O que deveria vestir? O modo como Clarke a olhara a tinha feito estremecer. Bem, tudo estava confuso demais, o que de repente a fez agradecer a demora de uma hora em ficar pronta, em vez dos vinte minutos habituais. Nesse tempo, precisou ficar lembrando a si mesma que Clarke devia estar sentindo pena dela. Ela não era assim tão altruísta... Era a Clarke Griffin, pelo amor de Deus! Até os espelhos ficavam enciumados se ela passasse direto, sem olhá-los ao menos uma vez.

Dirigiu o Ford velho até a casa dela, alternando entre o pânico, a vontade de dar meia-volta e a determinação. Era seu aniversário. Ela devia se divertir. Ela merecia aquilo, e a única outra opção que tinha eram os quatro volumes de uma série de livros no Kindle e uma garrafa de vinho.

Se desse meia-volta, pegaria no sono enquanto Jimmy Fallon e Justin Timberlake estivessem apresentando a sétima parte da sequência History of Rap, então acordaria com os devaneios do apresentador Carson Daly às duas da manhã.

Deprimente. Para dizer o mínimo.

Clarke já estava esperando quando ela estacionou em frente à casa.

Lexa ficou boquiaberta. Mas que... Só tinha visto um carro como aquele na TV, e ainda assim ficara duvidando de que ele fosse real.

Uma coisa era certa: aquilo tudo era demais para ela. De repente, parecia errado estacionar o velho Ford ao lado daquela máquina.

Ela pegou a bolsa e saiu do carro.

Clarke usava calça jeans justa, óculos de sol tipo aviador e uma camisa cor creme levemente aberta nos seios. Uma jaqueta de couro preta completava o visual, e, sinceramente, aquela era uma imagem e tanto. Mas nem assim ela conseguia ignorar o carro, que praticamente a cegava. Era... Era incrível. Não tinha palavras.

— Gostou do carro? — perguntou jogando as chaves para ela. Lexa quase tropeçou quando as pegou no ar.

— É de verdade?

Clarke riu.

— O quê? O carro?

Lexa só conseguiu assentir com a cabeça.

— Não sei. Por que não usa essa chave e descobre?

Louca para entrar naquela máquina de aparência alienígena, ela rapidamente abriu a porta do motorista e se sentou no assento de couro macio. Servia como uma luva. Era como se o carro se moldasse ao seu corpo, como um vestido.

— Que é isso?

— Um Bugatti Veyron.

— É... — Lexa passou as mãos pelo volante e olhou para Clarke, que estava no banco do carona. — É lindo. A gente pode dizer que carros são lindos?

Rindo, Clarke estendeu o braço e acariciou o assento bem ao lado da perna de Lexa.

— Dá para sentir isso?

Ela teria que estar morta para não sentir o calor da mão de Clarke acariciando o couro bem ao lado de sua coxa.

— É costurado a mão. Não é incrível que um carro possa ser sensual? Mas... — A mão de Clarke subiu para a perna de Lexa. — O que eu queria era que você se sentisse sexy no dia de seu aniversário. Aliás, você está linda. Amo vermelho.

Ela decidira usar um vestido vermelho bem justo e com uma fenda do lado e sapatos dourados. Isso depois de um furacão ter passado por seu quarto.

— Pronta para ir? — Clarke recolheu a mão. — Pode dirigir se quiser.