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Lexa acordou com o som de gritos. Depois da conversa estranha com Clarke, durante a qual teve ao menos oitenta por cento de certeza de que ela estava bêbada, ela havia fingido estar com dor de cabeça e fora para a cama, dispensando a sobremesa e a noite de jogos em família.

Com um gemido, pegou o celular e olhou a hora. Uma da manhã? Eles ainda estavam acordados?

Sem pensar, apoiou os pés no chão ao lado da cama, pisando em algo macio. A coisa gemeu, e então soltou um palavrão ao mesmo tempo que puxava os pés de Lexa, fazendo-a cair com um baque sobre si.

— Clarke? — murmurou.

— Não, é alguma outra lunática meio bêbada, meio faminta, que fala com gaivotas. Sim, sou eu, Clarke. Quem mais estaria dormindo no chão do seu quarto?

— É verdade.

— Já pode sair de cima de mim. — Ela grunhiu.

— Por que você estava falando com gaivotas?

— Essa foi a parte relevante do que eu disse, na sua opinião? Não vai nem mencionar essa história de eu estar bêbada e com fome? Vai direto para as gaivotas?

Lexa se afastou do corpo quente de Clarke e suspirou alto.

— Só simplifiquei as coisas.

— Como assim?

— Que elemento pareceu estranho, no que você disse? A comida sempre acompanha o álcool. Mas falar com gaivotas? Isso não é muito comum.

— Ou você é um gênio ou está bêbada. Não consigo decidir. — Clarke falava em um tom de voz rouco. — Por que você resolveu andar sobre mim? Ou melhor, por que está fora da cama?

— Ouvi um barulho.

— Acho que isso se chama respirar, Lex. Algumas pessoas precisam disso para viver.

— Cale a boca, sua babaca. — Ela a empurrou e andou até a porta. — Foi mais que isso. Parecia um arranhão, ou algo assim.

— Então temos um esquilo por aí. — Ela parecia entediada.

— Você odeia esquilos.

— Deixe que venham atrás de mim! Ouviram isso, esquilos? Estou pronta para vocês! — Clarke ergueu as mãos e suspirou.

— Quantas cervejas você tomou?

Praguejando, ela se pôs de pé — com alguma dificuldade.

— Óbvio que não o suficiente. Ou ainda estaria desmaiada, em vez de aqui, tendo esta conversa ridícula com você.

Ela ficou sob o luar.

A boca de Lexa secou.

Aquela mulher era uma deusa.

Como ela pôde esquecer?

Estava usando apenas um sutiam esportivo. O abdômen definido, com gominhos, seus olhos desceram até a parte coberta pelas calças do pijama. Cada pedaço dela era liso. Bonita demais para ser real. Ela deu um passo na direção de Clarke. Era possível que uma mulher real tivesse sido editada no Photoshop? Ao vivo? Pessoalmente?

Curiosa, ela tocou a barriga dela. Era tão quente e firme! Droga, como o corpo dela era firme!

— Lex? — Ela estava rouca. — Tem certeza de que não está sonâmbula?

Afastando a mão com um sobressalto, Lexa soltou uma risada nervosa.

— Pensei ter visto, hã, um arranhão. Bem aqui. — Ela apontou para a pele completamente lisa.

The challenge. (Clexa G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora