Ｕｒｕｓａｉ｜うるさい • [Tsukiyama]

Cap.10 | Reencontros

Eu estava deitado tranquilamente no sofá, assistindo um programa qualquer que passava na televisão. Ergui meu tronco e olhei para o ruivo deitado no chão da sala, em seguida, peguei meu celular para checar o horário. Já fazia quase dez minutos que ele estava desmaiado.

Ponderei brevemente, pensando se deveria ajudá-lo ou apenas continuar esperando seu despertar.

Dei um longo suspiro, já que estava morrendo de preguiça de tentar fazê-lo acordar, mas se ele continuar desacordado terei que levá-lo ao hospital e isso me daria ainda mais dor de cabeça.

Espreguicei-me no sofá antes de levantar e ir a cozinha. Apanhei o copo em um dos armários e o preenchi com água. Em seguida, voltei até onde o mais baixo estava desmaiado e comecei a sacudir seu corpo.

— Hey, Camarão Anão, acorde!

Ele pressionou suas pálpebras e se mexeu um pouco no chão, antes de tentar abrir os olhos.

— Hm... o que? O que aconteceu?

— Você desmaiou. — Expliquei.

Eu estendo minha mão para ajudar Hinata a se levantar, ele hesitou em segurá-la, mas assim o fez.

— Ah, okay. Me desculpe por isso. — Ele diz. — Obrigado por ter me ajudado, Tsukishima.

— Sim, fiquei do seu lado o tempo todo e fiz tudo o que pude.

— Sério?!! — Ele soa extremamente surpreso.

— Não.

— ...ah.

— Beba isto. — Falei ao estender o copo com água para o garoto, que apanhou o mesmo de imediato.

— Não têm cerveja?

— Beba a água.

— Certo. — Disse ele antes de dar um pequeno gole. — Minha cabeça está doendo um pouco...

— Você deve tê-la batido no chão quando caiu.

— Acho que sim... — Ele afaga sua nuca enquanto bebia sua água aos poucos. — Eu tive um sonho estranho enquanto dormia. Você havia feito uma tatuagem.

— Sim, eu fiz. — Pronunciei, levantando um pouco minha camiseta para que ele pudesse olhar o que eu havia feito.

Hinata não desmaiou, mas eu preferia que ele tivesse feito isso, já que, desta vez, ele cuspiu toda a água de sua boca em meu rosto.

— VOCÊ FEZ O QUE?!!

Eu retiro meu óculos e enxugo as lentes com a extremidade de minha roupa que não estava molhada. Por conseguinte, levei o objeto de volta ao meu rosto e me pus a encarar Hinata friamente.

— Oh, c-certo! Uma toalha! Vou te trazer uma toalha! — O ruivo avisou antes de sair correndo em direção ao seu quarto.

Por fim, quando Hinata voltou, entregou-me o mesmo e pediu milhares de desculpas sobre o ocorrido.

— Você realmente tinha que cuspir tudo?! — Reclamei enquanto me secava.

— Eu já pedi desculpas! Foi um acidente! Você me pegou de surpresa com essa notícia! Eu realmente não poderia imaginar que você fosse capaz de fazer algo do tipo.

— Eu também não... — Falei ao lhe entregar novamente a toalha. — Mas agora não posso ficar me lamentando sobre isso, o que foi feito já está feito.