Cap.36 | Um tempo para refletir

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Saí do banheiro e andei em passos extremamente lentos até a sala de estar, atraindo o olhar dos demais assim que adentrei no cômodo.

— Tsukki, você está de volta! — Yamaguchi falou. — Venha, sente-se ao meu lado.

Aproximei-me do garoto e – devido ao objeto dentro de mim – me sentei com cautela sobre a almofada posta no chão, em frente à mesa.

— Você está bem? — Hitoka questionou. — Yamaguchi nos disse que você passou mal e vomitou, por isso teve que tomar um banho e trocar de roupa.

A-Ah, sim. Eu vomitei. Não precisa se preocupar, eu já me sinto melh-... — Parei de falar bruscamente após sentir o objeto dentro de mim sendo ligado.

Olhei para Yamaguchi, que controlava a intensidade das vibrações pelo aplicativo em seu celular. Ele disfarçava bem, parecendo que apenas estava checando suas redes sociais casualmente.

— O que você estava dizendo? — Kageyama perguntou, me instigando a continuar.

Eu estav-... Eu estava dizendo... — Selei as pálpebras e respirei fundo, tentando me conter. — Eu estava dizendo que já me sinto melhor!

— Tem certeza disso? — Hinata fala. — Vocês dois brigaram no banheiro, não é?

— Sim, mas fiquem tranquilos! Foi apenas uma pequena discussão. — Yamaguchi explica.

— Essa nova realidade onde vocês dois vivem discutindo ainda é estranha pra mim. — A mulher diz.

— Vocês dois brigam bastante? — Kageyama perguntou.

— Ah, depende. — O de sardas inicia. — Há dias em que nós temos apenas uma discussão e, em outros, temos duas.

Após o dito, senti as vibrações do objeto dentro de mim se intensificarem. Pressionei os lábios e cerrei os punhos, tentando aguentar e disfarçar os efeitos que tal brinquedo sexual tinha em mim.

— Talvez três. — Yamaguchi continuou.

E, quando a intensidade do vibrador aumentou mais uma vez, acabei percebendo que os últimos números ditos já não se referiam mais ao total de discussões.

— Às vezes quatro! Ou talvez cinco...?

Qualquer tentativa de repreensão ficou presa em minha garganta quando o vibrador chegou à velocidade 5. Inclinei meu corpo para frente, tentando esconder qualquer expressão erótica, o que acabou os deixando ainda mais preocupados:

— Tsukishima? Você vai vomitar de novo? — Hitoka perguntou.

Coloquei meu braço sobre meu colo, tentando esconder a minha ereção que começava a se tornar aparente.

— Você quer cagar? — Kageyama também indagou.

— Dá pra ser menos deselegante?! — O ruivo o repreende. — Eu sempre digo que o termo correto é "fazer cocô"!!

Um gemido rouco fugiu de meus lábios, mas – felizmente – consegui disfarçá-lo o bastante para que o confundissem com um gemido de dor ou incômodo.

— Médico! Alguém chama um médico! — Yamaguchi pediu descaradamente

Ainda sem conseguir dizer nada, agarrei a perna do garoto por debaixo da mesa e ele resolveu desligar o aparelho dentro de mim no mesmo instante em que lhe pedi indiretamente.

— Eu devo ligar para a ambulância? — Hitoka questionou.

Não! — Me apressei em dizer, visto que eu estava começando a me recuperar. — Eu vou ficar bem!

Urusai|うるさい • [Tsukiyama]Onde histórias criam vida. Descubra agora