Uma grave notícia faz com que as descendentes de Cassandra precisem se unir para salvar quem sempre as apoiou.
Dessa vez a jornada para alterar acontecimentos será enfrentada pela filha de Regina e ela terá que lidar não apenas com as consequências...
Essa semana foi meu aniversário de vinte anos e hoje, sábado, estamos fazendo um churrasco aqui no prédio. Por tudo o que aconteceu nos últimos anos, aproveitei e chamei praticamente todos que conheço: amigos, parentes e até amigos da minha mãe. Não podemos perder oportunidades de estarmos juntos.
Isabelly, Henrique e Joana estão sentados num canto e eu constantemente troco olhares divertidos com cada um deles. Com a Joana porque demos uns beijos outro dia, depois de uma discussão esquisita numa balada, e não posso negar que essa garota me enlouquece. Com Henrique porque ele me contou que é assexual, mas me pediu pra fingir ser namorada dele num evento de família. E com a Bel porque ela não sabe de nada disso e acha que eu e Henrique somos perfeitos juntos.
Yasmin chega e, apesar de estar com a Bia — que por sua vez se afasta pra pegar bebida —, trocamos um longo abraço e passamos um tempo conversando. Joana fica com a cara emburrada e eu acho graça.
Sinto como se estivesse vivendo conflitos do ensino médio, só que com atraso. É até engraçado.
Tia Sabrina e o "namorido" entram, trazendo no colo uma garotinha de uns dois aninhos, chamada Heloísa, e eu me uno aos adultos em expressões como "linda" e "que fofa".
Pammela e Clarinha se aproximam animadas e a chamam para brincar: "vem prima Helô", o que eu acho a coisa mais perfeita porque nem primas elas são, mas crianças são seres evoluídos demais para se atentarem a detalhes técnicos como o "lado" da família a que pertencem. Clarinha vive chamando meus avós paternos de vô e vó também, o que é que tem? Heloísa ainda está tímida e, se agarrando ao pescoço de Danilo, causa mais uma onda de risadinhas e vontades de apertar bochechas.
Meia hora depois a vejo brincando no parquinho e concluo sorrindo: Que se danem meus conflitos desimportantes, minha tia conseguiu realizar o sonho da vida dela de adotar uma criança!
A tarde segue agradável e memorável.
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A televisão está falando sozinha enquanto Joana e eu nos agarramos no quarto dela.
— Eu preciso ir... — tento me convencer, enquanto ela tira a minha camiseta.
Se eu não for embora, com certeza vou acabar deixando de ser virgem ainda hoje e meu coração se acelera cada vez que penso nessa possibilidade. Não me parece uma ideia nada ruim.
— Tem certeza que você precisa ir encontrar aquela sua amiguinha?
Reviro os olhos do jeito irritante a que ela se refere a qualquer um a quem eu dê atenção. Ela reclama dos meus velhos amigos virtuais dos podcasts, reclama do Henrique, da Yasmin e outro dia reclamou até da minha irmã!
