17.

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Sky

Eu tinha esperança que depois do que eu fiz com Gabriel, eu ia dar uma acalmada na coisas.

Contudo, a Bianca estava de volta. E com ela, todos os meus medos.

Naquela noite, depois do que rolou na casa de Greta, fiz mais burrada e não parei desde então.

***

Entro no uber, me direcionando da casa de Greta para minha, porém peço ao motorista que mude a rota, só duas quadras a frente. E assim, ele me deixa em frente ao prédio de Bernardo.

Respiro fundo, trêmula de frio. Sério, uma chuva naquelas proporções no início de Junho? Era o universo rindo de mim, mas eu ria junto, porque bem, achei até que apropriado. Ninguém ia me ver chorar.

Toco o interfone, sem nem me dar conta que era um dia de semana e ele poderia estar ocupado.

Mas quando o vi, o cabelo loiro pra cortar e retocar a cor, ele com roupas largas, quase pronto para dormir, lembrei que ele era o Bê, e se não estivesse em casa, estaria em algum rolê.

- Sky, o que aconteceu? Tá bem? - Ele me abraça, se encharcado e me puxando para dentro.

Não respondo nada na hora. Me permito ficar um tiquinho que seja no seu abraço quente.

- Tá, acho que só precisava ver alguém. Você já deve tá sabendo...

Ele assente, me guiando para o elevador.

- Geral no grupo tá falando sobre, ela entrou de repente, acho que o Alex adicionou ela. Sei lá. Galera tá em polvorosa agora, querendo jogar True Game.

- AAAAAAAAAAA. - Resmungo. Me jogando no seu peito. - Que hora oportuna para ela voltar.

- Você ainda gosta dela? - Bê pergunta, abrindo a porta do apartamento.

- Cadê seus pais? - Ignoro a pergunta.

- Em algum evento chique que não tava afim de ir.

- Ah é. - Entro, dando uma boa olhada no apartamento e sua cobertura. - Às vezes esqueço o quanto é rico.

- Deixa disso, Sky. Por que aparecer assim? Você que terminou com Bianca, não foi?

Me dou conta que nunca contei a ele sobre o real motivo dela me atormentar tanto.

- Nunca tivemos algo sério mesmo para alguém terminar. - Falo, passeando pela sala, olhando quadros. Bê me entrega uma toalha para eu me secar e uma blusa grande o suficiente para eu usar como vestido.

- Se troca no banheiro.

Sinto uma vontade inumana de provocá-lo. Começar a tirar a roupa ali mesmo, na frente dele, peça por peça. Só para sentir algo melhor que isso.

Essa ansiedade arrebatadora de sei lá que porra vai acontecer.

E eu paro mais uma vez, porque já vacilei com Greta hoje, não posso fazer isso mais uma vez. Na minha cabeça, Bernardo e Greta estão destinados a ficarem juntos e eu não posso ser a merda desse empecilho só por ego e fogo no cu.

Vou até o banheiro e me troco, ficando sem nada mesmo. Só a blusa. Me sinto íntima demais até para o meu melhor amigo.

Quando volto para sala, percebo Bernardo olhando para mim, de um jeito diferente. Quase como se me desejasse. E o olhar direcionado ao meus seios minúsculos denuncia isso bem. Mesmo sendo uma camisa larga, meus bicos ficaram eriçados pelo frio que eu sentia.

O céu é para todos [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora