9.

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Matheus

Acordo confuso. Sem saber direito onde estou. 

Meu cérebro leva alguns segundos para assimilar o quarto e a garota ao meu lado.

Lembro de ontem, de Sky de biquíni, de Sky com seu sorriso, Sky e seus beijos, Sky nua, Sky e eu conversando sobre vida após a morte.

O baque por me sentir tão cheio de vida e sorte é quase opressivo, se não fosse tão maravilhoso.

Ela se mexe ao meu lado, resmungando algo.

Tiro meus braços em volta dela e esfrego os olhos.

Quero saber que horas são, ao mesmo tempo que não quero saber que horas são.

Que se foda as horas.

Já havia luz, era dia, e era isso.

- Bom dia. –Sussurro, colocando uma mexa do seu cabelo castanho atrás de sua orelha.

- Bom dia. –Sky vira a cara amassada para mim e me dá um selinho.

Ela se levanta da cama e vai até a mochila, pegando pasta dental e escova de dente.

Droga, esqueci minha escova.

- Que horas são? –Pergunto. 

Sky pega o celular na mochila e volta a guardar assim que vê o horário.

- Meio dia.

- Nossa, a gente dormiu muito até.

Ela assente e vai até a pia do banheiro, e começa a escovar os dentes. Me esgueiro até ela, e a abraço por trás, ciente de que ainda estou com um leve ereção matinal e ela provavelmente percebeu.

Fico olhando nos dois juntos no espelho.

- Esse é o momento que eu falaria algo romântico e tal, mas só vou pedir um pouco da sua pasta de dente pra ficar com um hálito aceitável para poder te beijar de novo.

Sky deixa escorrer um pouco de espuma no canto da boca ao rir. Ela me estende o creme dental e eu esfrego com meus dedos, e faço um gargarejo com um pouco de água antes de cuspir.

- Pronto. Agora eu posso fazer isso. –Pego Sky pela cintura e a pressiono na parede do banheiro com um beijo.

O frescor da boca dela, em contraste com o calor das nossas línguas entrelaçadas, me faz arrancar o meu moletom e a blusa dela, que rasgou um pouco, mas Sky não parece se importar.

As mãos dela percorriam minhas costas, meu abdômen e meus cabelos. Eram mãos para todo lado e estava ficando difícil me concentrar em qualquer coisa que não fosse evitar que meu pau explodisse.

- Vamos para cama. –Sky falou entre um beijo e uma mordida no meu lábio inferior.

Não consigo falar nada. Só a jogo na cama, seu corpo magro praticamente saltando, o biquíni torto o suficiente pra eu ver um mamilo escapar. Beijo ela, afasto um pouco o biquíni, beijo seus seios e talvez, sem querer, tenha deixado um roxo ali, mas ela só vai saber disso depois.

Estou arrancando os shorts jeans curtos dela, quando alguém bate a porta.

- Ei, quem tá aí dentro? –Ouço uma voz familiar, provável que de Bernardo, o dono da festa e dessa suíte.

Paro de puxar os shorts de Sky para baixo, a garota se levanta num pulo ajeitando o biquíni e fechando o zíper. Ela corre para pegar a chave guardada na mochila e destrancar a porta, e eu me apresso para vestir o moletom para tentar cobrir, inutilmente, o volume entre minhas pernas.

O céu é para todos [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora