𝑺𝒆𝒏𝒉𝒐𝒓 𝑷𝒓𝒐𝒊𝒃𝒊𝒅𝒐 | 𝑳𝒐𝒏𝒈 𝑭𝒊𝒄

➤ Chapter Thirty

É sexta-feira a noite e sinto que preciso me divertir, então estou no meu quarto, terminando de me arrumar para poder sair.

Meus cabelos estão soltos e meu vestido de modelo justo e escuro cai em meu corpo feito luva, combinando com os saltos pretos e a sombra esfumada em meus olhos, me sinto bem sexy.

Sem Rose aqui, é bem estranho aproveitar a noite fora de casa, afinal era ela que costumava me puxar para festas, mas quando Lucas disse que iria se encontrar com alguns dos nossos amigos de infância, não vi porque recusar o convite.

Quando desço as escadas, vejo minha mãe quase cavando o chão com os próprios pés, denunciando seu nervosismo. Sei disso porque herdei a mesma reação dela quando fico nervosa.

Ela nunca foi boa em aceitar que Lucas e eu já éramos bem crescidinhos e que conseguíamos cuidar de nós mesmos.

— Oh, meu deus. — Ela ofegou ao me ver, botando a mão na testa.

Lucas, que até agora permanecia disperso em seu celular, olhou para mim.

— Gata, hein? — Ele riu, se aproximando. — Minha irmãzinha vai conquistar muitos corações essa noite.

— É isso que me preocupa! — Minha mãe coloca as mãos na cintura, em seguida apontando o dedo indicador para nossos rostos. — Juro que, se voltarem para essa casa acompanhados de desconhecidos, eu mesma chuto suas bundas!

— Passo. — Murmuro, neutra. Lucas apenas concorda.

— Vai ficar tudo bem, mamãe. Vou cuidar bem de Lisa. — Meu irmão me belisca levemente no braço, me provocando, enquanto luto para não lhe dar uma cotovelada no abdômen.

— Assim espero. — Mamãe murmura, desconfiada.

Com isso nos despedimos e vamos para o Jeep de Lucas sob o olhar da minha mãe. Batemos a porta e Lucas liga o rádio, em seguida virando-se para mim.

— Vamos nos divertir, mana.

...

Entramos em uma das casas de festa mais movimentadas de Pittsburgh, com luzes pulsando e pessoas dançando na pista, ou com ondas incessantes de conversas por todos os cantos.

Caminhamos em direção a um grupo de amigos que conversam e riem em frente ao bar, e de longe noto Sen ali, com uma garrafa de cerveja nas mãos.

— Eai, pessoal? — Lucas levanta as mãos com seu jeito único de se socializar, sendo recebido da mesma forma, com apertos de mão e batidinhas nas costas. — Lembram-se da minha irmã?

Lucas me puxa para o seu lado para me mostrar aos seus amigos, como se eu fosse o patinho feio do grupo.

— Lisa? — Jackson, o loiro de olhos castanhos que me recordo bem, se aproxima, me analisando por um instante antes de sorrir. — Você está diferente, e se me permite acrescentar, magnífica.

Quero rir, mas seguro.

— Obrigada.

Lembro-me que Jackson era um dos populares na época da escola, o motivo era sua excepcional facilidade em praticar qualquer esporte, ele estava em praticamente todos os campeonatos estudantis. Além de que, sua família era bem rica, e investiam na sua carreira esportiva.

— Não precisa agradecer. — Ele se vira para o meu irmão. — Você sempre foi bem feio comparado a sua irmã.

Atrás de Jackson, Sen e mais outros dois homens riem, esses — se a minha memória não falha — são Mark e Jhonny.