➤ Chapter One

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Naquela manhã não precisei acordar com a ajuda do meu despertador, ainda que meu corpo clamasse por mais alguns minutinhos na cama. A noite passada foi um tanto frustrante depois que derramei chocolate nos novos projetos para o catálogo, o que me tirou boas horas de sono ao eu tentar arrumar aquela bagunça.

E essa não era a pior parte, com certeza não. Pois quem levava esse grande — e bota grande nisso — mérito era o Mr. Estressadinho.

Foi assim que nomeei o homem absurdamente temperamental e lindo que esbarrei na noite passada.

Ele havia aconselhado que eu não deveria esperar por sua ligação, mas admito que me peguei duas ou três vezes olhando para tela do meu celular antes que me sentisse idiota o bastante e fosse dormir. Tentei ignorar o fato de que havia agido como uma boba e em seguida como uma descontrolada na frente dele, esses pensamentos definitivamente não me ajudariam a cair no sono.

Afinal, é final de semana, e esses são os dias mais sobrecarregados na Luxen e eu preciso estar cem por cento focada no trabalho se quiser me sobressair, e isso não incluí pensar num homem um tanto arrogante e prepotente que mal sei o nome.

Aliso a calça alfaiataria preta e deixo meus cabelos caírem soltos sobre a camisa cor creme, — meus fios escuros e rebeldes estão bem comportados hoje — retoco meus lábios com o batom rosa nude e confiro os projetos agora novinhos em folha antes de colocá-los na bolsa e sair. Vejo que Rose já me espera no andar de baixo quando termino de descer as escadas.

— Vamos. — Ela anuncia sem olhar para mim, arqueando as sobrancelhas de leve para a tela do celular.

As ruas do Brooklyn sempre se encontram em movimento, por isso precisamos sair mais cedo até chegar a Manhattam, onde o verdadeiro caos acontece.

Ignoro a expressão confusa do Rose para seu celular enquanto atravesso a ponte do Brooklyn com meu mini, mas fica impossível fazer isso ao ver seu queixo cair de leve, como se dissesse: "Pergunta logo porque a fofoca é forte!".

— O que está havendo? — Pergunto, tentando manter a concentração no trânsito.

— Tae mandou mensagem. — Ela suspira. — Disse que a Luxen está uma loucura hoje, você viu o noticiário ontem a noite?

— Não, — Suspiro pensando no que me aguarda quando colocar os pés naquela empresa. — apaguei completamente depois de tentar arrumar o estrago que fiz com os projetos. Por quê?

Ela olha para mim.

— Parece que o chefinho está de volta, garota.

— O Russel? Ele havia viajado? — Questiono confusa.

Russel Mikkelsen é o meu superior, um dinamarquês um tanto neurótico quanto atraente. Está no comando da Luxen desde que fui contratada e admito que é alguém um tanto narcisista quando se refere ao seu cargo, apesar de não possuir vergonha alguma quando se trata de jogar charme em cima das funcionárias.

— Não, boba. — Ela solta o celular.
— Estou falando do chefe, o que está no nível máximo da hierarquia.

Engasgo.

— O quê? — Chego a soluçar com as mãos firmes no volante.

Ela disse chefe? Tipo, O chefe?!

— Pois é, parece que o chefinho veio dar uma checada depois de tanto tempo sem dar as caras. — Ela dá uma risadinha. — Se é que me entende.

O rosto do CEO da Luxen é um mistério, ninguém sabe realmente quem é a pessoa por trás do Império da Luxen enterprise, apenas se tem conhecimento do seu sobrenome: "Jeon". Há boatos de que o CEO misterioso na verdade não é um, mas sim vários, como um tipo de corporação. Outros acham que é até mesmo uma mulher.

𝑺𝒆𝒏𝒉𝒐𝒓 𝑷𝒓𝒐𝒊𝒃𝒊𝒅𝒐 | 𝑳𝒐𝒏𝒈 𝑭𝒊𝒄Onde histórias criam vida. Descubra agora