➤ Chapter Three

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Nova York é definitivamente uma cidade sem descanso.

Com a chegada da New York Fashion Week em pouco mais de um mês as coisas tomaram um rumo um tanto agitado e estressante. Antes mesmo do almoço duas reuniões já foram feitas, ambas um tanto frustrantes.

Tento alongar os braços assim que entro na minha sala, mas os mesmos não conseguem relaxar.

O que eu não daria por uma massagem!

— Senhorita Manoban? — Lucy entra na sala fazendo o maior silêncio possível, provavelmente sabendo que estou um caco essa manhã. — Anne disse que há uma entrega pra você na recepção.

Arqueio as sobrancelhas. Não faço compras pela internet tem um tempo e jamais pediria para entregarem na portaria da empresa. Seria antiprofissional.

— Pode pegar para mim, Lucy. Obrigada. — Faço pouco caso e agradeço, porém ela sai da minha sala antes mesmo que eu termine a frase.

Volto a atenção para o meu trabalho, bocejando quando sinto que terei uma tarde longa pela frente além de uma dor nas costas digna de uma sedentária.

Em menos de cinco minutos Lucy está na porta da minha sala, toda sorridente enquanto carrega um buquê gigante de rosas cor de rosa, minhas flores favoritas.

Chris se superou dessa vez.

— São lindas, não são? Você deve ter muitos pretendentes, Senhorita Manoban. — A garota se anima, dando um pulinho e se censurando no segundo seguinte.
— Desculpa, eu não quis dizer...

— Tudo bem, Lucy. Deixe elas aqui e volte ao trabalho.  — Aponto para um canto vazio na mesa e ela deixa o buquê ali, saindo no mesmo instante com o rosto vermelho de vergonha.

Eu sabia que muitos dos meus funcionários viviam falando da minha vida amorosa amargurada, só não esperava que essas fofocas chegassem tão rapidamente aos ouvidos de Lucy. Isso deve esclarecer o motivo dela ser tão paciente comigo, acha que minha vida pessoal é um desastre.

A verdade é que já tem um tempo desde que eu não tenho uma vida pessoal, mesmo antes de Chris e eu terminarmos eu já não era a mesma. Trabalhar é a minha vida, é o que eu amo verdadeiramente fazer, ou talvez o que eu faço para me ocupar e não me relacionar com o mundo exterior.

Minha vida sexual foi pro brejo, assim como a possibilidade de amar alguém outra vez. Se é que eu realmente amei algum dia. Minha recuperação rápida após o término com Chris me fez questionar isso, afinal eu havia sido traída, e pelo que eu pouco conhecia sobre sentimentos eu deveria chorar por pelo menos uma semana e esgotar potes de sortevete, mas era como se minha vida não tivesse mudado.

Era como se eu não sentisse nada.

Ignoro as flores e o cartão pendurado entre elas. Apesar de serem lindas terão o mesmo destino que as outras enviadas pelo meu ex-namorado idiota: O lixo.

Meu celular apita segundos depois. Um torpedo de um número desconhecido aparece na tela.

Recebeu minhas flores?

Decido ignorar, pensando que Chris deve ter trocado de número, mas outra mensagem vem em seguida.

Responda logo, não gosto de ser rejeitado. Um beijo, Jeon.

O quê?!

Desvio o olhar para o cartão entre as flores, olho de novo para mensagem e então finalmente pego o cartão, abrindo-o e me deparando com uma caligrafia firme.

Desvio o olhar para o cartão entre as flores, olho de novo para mensagem e então finalmente pego o cartão, abrindo-o e me deparando com uma caligrafia firme

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𝑺𝒆𝒏𝒉𝒐𝒓 𝑷𝒓𝒐𝒊𝒃𝒊𝒅𝒐 | 𝑳𝒐𝒏𝒈 𝑭𝒊𝒄Onde histórias criam vida. Descubra agora