Capítulo 7

123 14 2
                                    

Josh pov.

Ok Joshua, calma, se acalma! ACALMA PORRA NENHUMA, O QUE ELES TÊM NA CABEÇA DE ME DEIXAREM LONGE DELA?

Neste momento estou em outro quarto parecido com a enfermaria da escola com um enfermeiro pois, supostamente, eu tenho de fazer um curativo no supercílio.

Eles não entendem que esta porra não dói? Que quem precisa verdadeiramente de ajuda é a Any?

Depois de a enfermeira entrar no quarto da minha pequena os seguranças foram buscar Dylan, mas primeiro disseram que iam tratar dos ferimentos dele, não entendi pra quê tratar daquele filho da puta mas ok. Chamaram um médico e mais enfermeiras pra Any e deu-lhes na cabeça que era necessário eu sair do quarto e que precisava fazer um curativo, aqui estou eu.

-Já está rapaz. Agora você tem que tratar e mudar o curativo para não infeccionar.- explica o enfermeiro.

-Ta, ok, posso ir agora?- pergunto mal-humorado.

-Eu vou acompanha-lo à recepção.

-Não é necessário!- exclamo.

Se eu for para a recepção não vão me deixar ir ver a Any. Vão me obrigar a esperar, coisa que neste momento não vou ser capaz de fazer.

-Eu vou acompanha-lo! Vamos!- afirmou impaciente.

Se nem ele tem paciência imagina eu.

Saímos daquele quarto e seguimos para a recepção. Ele simplesmente disse-me para me cuidar e foi-se embora pelo corredor.

Fui em direção à mulher da recepção.

-Queria saber quando posso ir ao quarto de Any Gabrielly.- digo.

Eu já sabia o quarto mas eles poderiam ter mudado de quarto e eu, infelizmente, não posso simplesmente ir em direção ao quarto sem permissão.

A recepcionista olha pra mim mascando irritantemente a pastilha. Ela parece recompor a postura, abrindo alguns botões da camisa e tentando fazer um sorriso sedutor.

Tadinha, só ta passando vergonha.

-Hmm, está no quarto 31 mas ainda não pode entrar lindo.- fala arrastada.

-E quando vou poder entrar?

-Só quando chamarem por algum acompanhante. Bom, tem aqui o meu número gatinho, quando a sua irmã melhorar me liga.- diz me entregando um papel, provavelmente com seu número nele.

-Primeiro: não me chama de gatinho porque eu não conheço você de nenhum lugar.
Segundo: quem está no quarto hospitalar não é minha irmã e sim minha namorada. E eu não vou trair minha namorada, nem agora nem nunca!- minto em partes.

Gostaria que isso fosse verdade. Apesar de nos conhecermos à pouco tempo, sinto coisas que nunca senti antes. Quando estou perto dela o meu coração começa a acelerar e começo a sentir as tão famosas borboletas na barriga.

-Que desperdício.- resmunga.

Ignoro-a e vou me sentar enquanto espero que me chamem.

( ... )

Estava sentado tem uns 30 minutos quando aparece um médico chamando por acompanhantes de Any.

-Eu!- exclamo atraindo o olhar do doutor.

-Venha comigo.- após falar começa a andar pelo corredor que leva aos quartos.

-Bom o caso de Any Gabrielly já não estava famoso, mas agora está pior. Ela ganhou mais hematomas e está ainda mais fraca. Tivemos de a incubar para ela não acabar sendo levada a óbito. Vamos reduzindo os medicamentos conforme os dias forem passando pra ela acordar em 7 dias se tudo der certo.

-E..Então ela e-está em co-coma?- pergunto gaguejando.

-É mais ou menos isso.- fala o doutor. -Presumo que saiba o quarto da Senhorita Gabrielly então até mais.- diz antes de sair.

Enquanto caminho em rumo ao quarto da pequena fico pensando em como vou fazer enquanto ela está em coma. Eu preciso ver os seus olhos de chocolate olhando para mim, do seu sorriso, que apesar de eu ter visto muitas poucas vezes, era o mais lindo que eu já vi.

Não sei como é possível alguém se apegar a uma pessoa assim tão rapidamente. Eu nunca fui de acreditar em almas gémeas nem em amor à primeira vista, pra mim, se acontecesse era porque tinha que ser assim e se acabasse era porque era passageiro. Mas confesso que estou a mudar o meu conceito...

Saio do meu transe e abro a porta do quarto. Assim que a porta se abre tenho a visão de Any deitada com uns aparelhos respiratórios e uma agulha no braço, provavelmente com soro.

Aproximo-me lentamente da maca e deposito um beijo em sua testa enquanto pego em sua mão.

-Nunca mais vão machucar você princesa, prometo!- sussurro em seu ouvido.

Afasto-me ainda a segurar em sua mão e sento-me na cadeira que tem ao lado da maca.

Deviam ser umas quatro da tarde mas eu estava tão cansado que acabei por adormecer naquela mesma posição.

( ... )

Acordo e noto que o quarto está escuro. Olho para um relógio que tem na parede e vejo que são 2 da manhã.

Nossa dormi muito.

Olho para o lado e vejo Any "dormindo". Mal posso esperar para quando ela acordar.

MERDA! A MINHA MÃE!

Ela sabia que eu vinha ao hospital mas não que eu iria dormir aqui.

Procuro o meu celular e não o encontro. Devo ter deixado em casa. Amanhã vou para casa e explico o que aconteceu, agora está muito tarde

Volto para a poltrona e tento encontrar uma posição confortável e adormeço de novo, segurando a mão da minha pequena e tranquilo pois ela está segura.

_________________________

                               Beijos Nonô🤍

My saviorOnde histórias criam vida. Descubra agora