Capítulo 11

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Pov Any.

-Quando vais acordar? Podias acordar logo, assim eu podia abraçar você...

Após esta frase ouço a sua respiração ficar leve, indicando que dormiu.

Você consegue Any! É só abrir os olhos...

Porque eu iria acordar? Ainda à uns dias (acho que são uns dias) estava a tentar suicidar-me, porque iria querer acordar?

Eu não sei, é como se tivesse algo que me obrigasse a viver, me dissesse que ia valer a pena continuar. Já não tenho nada a perder mesmo, não custa tentar não é.

Eu quero abrir os olhos!

Eu quero abrir os olhos!

Eu VOU abrir os olhos!

MEU DEUS EU ABRI!!

Pisco várias vezes incomodada com a luz excessiva do quarto de hospital. Olho pro meu lado direto e o vejo, dormindo com a mão entrelaçada à minha. Parece um anjinho...ISSO anjinho, o meu apelido pra ele...Anjinho...

Sorrio involuntariamente, quando me dou conta do que estou a fazer reparo que Josh está se remexendo e de repente abre os olhos, os arregalando em seguida.

( ... )

-Srt.Gabrielly? Está na hora de almoçar.- desperto com uma enfermeira me chamando.

Abro lentamente os olhos me acostumando com a claridade do quarto. Ainda desnorteada olho pra enfermeira pedindo pra ela subir as costas da maca, pra eu ficar sentada e conseguir ficar sentada.

Ela pega um pequeno controle que tem perto de mim e pressiona um botão fazendo, aos poucos, as minhas costas levantarem. Olho melhor em volta e vejo uma bandeja com uma sopa gosmenta verde e uma gelatina zero açúcar.

Ah não deve ser assim tão mau, já comi coisas piores...

A enfermeira coloca a bandeja em meu colo e avisa que vem buscar em uma hora e pergunta se o meu namorado também quer almoço.

Fico confusa e só aí me dou conta que Josh dorme, novamente, na poltrona ao meu lado.

-Pode trazer se não for incómodo...

-Tudo bem, já trago.- diz saindo mas antes de passar pela porta vira-se para mim -Você não incomoda querida.- fala olhando carinhosa para mim.

Ela sai e eu concentro-me no anjinho ao meu lado. Noto ele se remexer e disfarço comendo um pouco de sopa.

Não é o pior que eu comi mas também não é bom!

-Bom dia?-fala com a voz arrastada.

-Boa tarde- rio olhando pra ele.

-Já tá almoçando?-pergunta confuso.

-Bem a enfermeira trouxe então deve ser hora do almoço.

-Ata.

Ele se ajeita na poltrona ficando de frente pra maca, tirando a colher da minha mão e enchendo-a de sopa. Josh leva a colher pra perto da boca e assopra logo a levantando no ar.

Quando me apercebi do que ele ia fazer sorri. Sempre adorei ser mimada e receber carinho dos outros.

-O trenzinho tic-tac vai passar na estação...- fala trazendo a colher para mais perto da minha boca- pega um pouco de passageiros e vai pra boca da neném!- diz preenchendo a minha boca com a colher cheia de sopa.

Engulo a sopa e rio, faz muito tempo que não sei o que é rir e sorrir verdadeiramente mas com Josh parece natural...basta estar perto dele ou ele fazer algo bobo que eu tou sorrindo ou rindo atoa do meu anjinho.

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