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O segundo dia de coletiva de imprensa já começou sendo tão estressante quanto o primeiro. Eu não preguei o olho a noite passada nenhum segundo sequer e meu namorado de mentira estava de volta ao seu estado normal: menos irritado com o mundo e focado apenas em me irritar.

Aparentemente ele e o porteiro de meu prédio estão melhores amigos, e como ele pensa que Sinan é meu namorado, o deixou subir em meu apartamento sem avisar.

O problema é que as únicas pessoas que normalmente vem em meu apartamento sem aviso são Harry e Kate, então não me importei em atender a porta enrolada em uma toalha.

Quando abri soltei um grito e segurei a toalha com mais força.

– Ei Eli... Você está enrolada em uma toalha!

Arregalei os olhos.

– O que você está fazendo em meu apartamento essa hora sem me avisar?

Ele olhou para trás.

– Eu tenho que responder isso aqui na porta? Não que eu tenha problema com isso, mas você corre o risco de ser vista assim por mais pessoas, além do seu namorado.

Revirei os olhos e dei espaço para ele entrar.

– E onde está? – perguntei.

– Onde está o que?

– O meu namorado. Só estou vendo você na minha frente e ainda não entendo o porquê.

Sinan riu e disse:

– Vejo que está de ótimo humor!

– Vejo que você veio pra acabar com ele.

Ele deitou em meu sofá.

– Vou te esperar pra irmos juntos hoje.

– Por quê?

– Jeremy mandou. – ele me mostrou a mensagem de seu assessor.

Respirei fundo para não proferir todas as palavras de baixo calão que existem no vocabulário.

– Você tem que obedecer tudo que Jeremy manda? – ele deu de ombros – Bem, eu não tenho.

Segurei sua mão e tentei levanta-lo do sofá.

– Levante e vai embora, por favor. Ainda tem muito tempo e eu nem comecei me arrumar!

Ele levantou e olhou para mim. Estávamos muito próximos e seus olhos passearam por meu corpo lentamente, me causando arrepios.

– Percebi. Você ainda está praticamente nua.

Arregalei os olhos. Tinha me esquecido que estava apenas de toalha.

– Eu estou enrolada em uma toalha! – argumentei.

Um sorriso brincou em seus lábios quando ele respondeu:

– Eu falei praticamente.

Sinan estava muito próximo e eu estava ficando desconfortável, então sai de perto dele e ele se jogou de volta em meu sofá.

– Vou esperar você já que estou aqui. Não estou com pressa! – disse, mexendo em seu celular.

Bufei. Não iria adiantar perder meu tempo e paciência com essa criatura insuportável.

– Não se mova até eu voltar!

•••

Tentei ser o mais rápida possível, mas quando voltei Sinan estava dormindo. Por um minuto eu o invejei, parecia tão pacífico. Fazia muito tempo que eu não dormia em paz assim.

Destino InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora