Destino Inevitável

9

Desejo.

Era isso que o olhar de Sinan Bragg transmitia ao me olhar com tanta intensidade.

Demorou para acontecer, mas quando ele colou sua boca na minha, eu soube que não conseguiríamos mais fugir disso. Nossos lábios se moveram e eu deixei escapar um gemido.

– Nós esperamos tempo demais, Eliza. Você não tem noção do quanto quero rasgar toda sua roupa agora!

– E você está esperando o quê? – perguntei, enquanto abria o cinto de sua calça.

Alguns segundos depois – que pareceram uma eternidade – toda minha roupa estava jogada no chão e seu braço passeava por todo meu corpo, apertando e transferindo tapas na minha bunda. Meus quadris se encaixavam perfeitamente em suas mãos enquanto movia meu corpo pedindo por mais.

Envolvi as pernas em seu quadril e sussurrei "por favor, Bragg".

– Puta merda, Eliza! – xingou, enquanto se movia sobre mim.

Puxei seu pescoço e colei nossos lábios novamente em um beijo desesperado. Eu precisava de mais. Comecei me mover enquanto ele beijava meu pescoço e eu gemia seu nome.

O toque do celular chamou minha atenção. O som estava abafado como se não estivesse no lugar, mas ainda assim muito alto.

Abri os olhos e sentei na cama em um impulso. Meu celular parou de tocar, mas eu estava acordada.

Meu Deus. Eu não acredito que acabei de ter um sonho erótico com Sinan Bragg!

Olhei em volta. Havia apenas uma parede preta no cômodo branco, uma televisão e várias revistas espalhadas em uma mesa de madeira no canto. Definitivamente não estava em meu quarto.

E ao meu lado estava ninguém menos que meu parceiro de cena dormindo pacificamente de barriga para baixo apenas de bermuda.

– O que diabos está acontecendo? – sussurrei.

Peguei meu celular para ver quem estava me ligando e aparentemente todo mundo resolveu me ligar nessa manhã, porque tinha vinte chamadas perdidas.

Fechei os olhos e respirei fundo tentando me lembrar até que parte eu realmente sonhei. Não consigo me recordar de absolutamente nada da noite anterior depois do 5° copo de vodca.

Olhei por baixo do edredom e constatei que estava apenas de sutiã e calcinha.

– Sinan? - cutuquei o homem deitado ao meu lado – Acorde!

Ele não se moveu, apenas murmurou algo como "dormindo".

Não. Eu não podia esperar mais, estava surtando.

Peguei o travesseiro e joguei em cima dele.

– Sinan? – gritei, batendo com o travesseiro até vê-lo abrir os olhos.

– Eu não dormi a noite toda por você e agora você me acorda assim, estrela?

Arregalei os olhos. Meu sonho foi realidade?

– Por mim? – perguntei.

Ele assentiu e fechou os olhos.

Joguei o travesseiro nele novamente.

– Como você pode dizer isso nessa tranquilidade e voltar dormir? Sinan, eu não me lembro de nada! Como isso aconteceu?

Meu namorado de mentira finalmente sentou na cama e me olhou irritado.

– Como você acha? Eu te ajudei, te trouxe pra cama...

– Me ajudou? Eu estava tão bêbada assim?