Capítulo 05

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"O Medo é o Sucesso do Fracasso"

- Edu Doroteu

●○●○●Max Volturi○●○●○

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1100 d.C

Quando Demétri disse que havia perdido o rastro de Helena já sabia que tínhamos falhado e por mim teríamos voltado para o castelo naquele momento, mas Félix insistiu que deveríamos tentar mais um pouco e o no final o que seriam apenas alguns dias se transformaram em semanas, apenas notei que a situação saiu de controle quando ficamos correndo pela floresta de forma desesperada, era nítido o desconforto dos dois vampiros que me acompanhavam mas a cegueira de Félix estava tão grande que ele não consiguia notar qualquer coisa, era hora de dar um basta.

- Se seguirmos por esse caminho, talvez vossa mercê possa achar algum resquício do rastro dela e vossa mercê possa segui-lo - Falou para Demétri enquanto desenhava no chão, céus que catástrofe.

- Acho isso Improvável Félix. - Falou Demétri tentando entender o desenho do vampiro mais velho. - Já passamos por esse caminho várias vezes e não consegui sentir o rastro dela, não acho que agora eu consiga.

- Mas nas outras vezes também foi assim e vossa mercê reencontrou o rastro, basta se esforça um pouco mais que conseguíremos.

- O único esforço que teremos será o de nos alimentarmos e voltar para o castelo - Me prenúncio e ambos os vampiros olham para mim. - Não acha que toda essa obsessão por ela já passou dos limites?

- Estou apenas pedindo para nos esforçamos mais, não vejo onde isto pode ser dito como passar dos limites. - Disse deixando sua postura mas ereta.

- Passa do limite apartir do momento em que andamos em círculos e todos percebem, mas ninguém tem coragem de falar nada para não ferir os sentimentos do " Pobre Félix".- Faço questão de enfatizar o pobre.

- Cuidado com suas palavras Max.... - pude observar o vermelho de seus olhos ficarem mais intensos enquanto avançava um passo, Demétri parecia indeciso sair de perto da discussão ou tentar evitá-la que ela acontecesse.

- Por quê? Estou enganado por acaso, não é isso que vossa mercê se tornou? Um pobre coitado cego que não consegue enetender que a sua Ex-companheira não quer vê-lo mais, que fica se martirizado a cada segundo, que não entende que se ela quissese mesmo sua presença teria fugido com ele e não o deixado largado no chão junto da aliança.

- Ao mínimo estou tentando encontrá-la, coisa que pode ser que vossa mercê tenha esquecido mas é seu trabalho, não apenas como líder desta missão mas também como chefe da guarda e visto que sua situação com os mestres anda péssima, se não quiser ter sua cabeça arrancada creio que não deveria recusar qualquer esforço ou idéia que oferecerem.

Nossos rostos estavam a um palmo de distância, minha vontade era de matá-lo ali naquele momento e certamente era um sentimento recíproco mas tinha de me controlar pois em uma coisa Félix tinha razão, minha atual situação com os mestres não era das melhores e de certo que só pioraria se fizasse a loucura que estava pensando.

- Sabe Félix, ao mínimo algum neurônio seu não foi atingido pela doença da paixão, você tem razão. - Digo colocando sorriso mais siníco no meu rosto, numa tentativa de controlar minha raiva.

- Tenho é? - Disse Erguendo a sombrancelha.

- Claro, afinal como vossa mercê bem disse, EU sou o líder desta missão e chefe da Guarda Volturi, sendo assim falando como seu superior e não como colega estou DECIDINDO e ORDENANDO que voltemos para aquele castelo AGORA, sem mais e nem menos, entendido Félix? - ele não respondeu - RESPONDA!

- Sim... senhor. - Bufou com os dentes cerrados.

- Ótimo. - Me afasto um pouco dele e observo o céu, em breve amanheceria não daria tempo de viajar até o castelo, tínhamos de procurar abrigo, pelo menos até que anoitecesse novamente. - Demétri, quero que rastreie algo para nos alimentarmos já que não sabemos quanto tempo vamos ficar sem sangue, logo depois encontraremos um local para nos abrigarmos e então quando anoitecer novamente não desvíaremos nosso caminho do Castelo.

Demétri partiu em nossa frente e prontamente Félix e eu fomos atrás dele.
Logo após nos alimentarmos encontramos um moinho para nos escondemos, os corpos dos humanos estavam no meio do local como se tivessem sido atacados por uma besta e cada um de nós estava em um extremo da sala, o silêncio era ensurdecedor de tão desconfortável, dado a discussão de mais cedo e medo de cada um ali nenhum de nós estava disposto a conversar, sabíamos o que nos esperava quando anoitecesse, que quando saíssemos daquele moinho e entrassímos pelas portas da sala do trono seríamos punidos, mais uma vez.

Não conseguia olhar para o rosto de ninguém, embora tivesse explodido mais cedo agora não conseguia sequer falar alguma coisa mesmo que me fizesse de forte a culpa e o medo me corroíam, já havia cometido o mesmo erro tantas vezes que agora temía essa vez fosse a última, estava cansando de chegar aos mestres com as mãos vazias, odiava falhar com os outros mais acima de tudo comigo mesmo e se eu estava cansado Aro estava mais ainda, isso era algo que embora não ficasse nítido nos atos dele ficava pelo olhar, a única vez que ele deixou sua raiva explícita foi quando quase capturamos Helena na estalagem e posso dizer que foi a única que realmente tive medo.

Embora quissese continuar as buscas, como general de exército aprendi que existem batalhas que valem à pena e outras que simplismente não, Helena era uma dessas e mesmo que quissese evitar voltar para o castelo, mesmo que detestasse essa idéia era melhor acabar com aquilo de uma vez, quanto mais rápido acabar melhor vai ser para todos.

Lógico tudo iria ter um peso diferente para cada um ali, Demétri por ser novo nesse mundo no máximo receberia um aviso, Félix passaria algumas semanas com sede e se martirizado pela perda da "amada", como se o relacionamento deles estivesse excelente antes dela fugir, e eu bem... por ser chefe da guarda Volturi, líder da missão e considerado meu histórico de falhas não tenho a mínima idéia do que poderia vim, para minha infelicidade os únicos que se salvariam de tudo serism os gêmeos já que sequer vieram para essa missão, malditos pirralhos mimados.

- Max? - Ouço Demétri me chamando - Está anoitecendo.

Fiquei tanto tempo passeando em pensamentos que sequer notei que o sol já havia sumindo, estava na hora, quanto mais rápido terminasse aquilo melhor seria para todos.

- Estão prontos? - eles assentem - Então vamos.

Partimos em direção ao castelo, sem falar nada, naquele momento só podia pedir que Hades tivesse piedade de nós e se ainda tivéssemos almas delas também.

I Am A VolturiOnde histórias criam vida. Descubra agora