Capítulo 02

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"Eu tenho um mar de vidas para salvar e todos os que estão se afogando, estão perdendo a vida dentro de mim"

- Tatyane Nicklas

- Tatyane Nicklas

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●○●Helén○●○●

1100 d.C

Haviam se passado algumas semanas desde os acontecimentos da carvena e eu continuava correndo pela mata, não sabia para onde estava indo apenas que deveria continuar correndo se quissese continuar livre, mas infelizmente parece que quando você quer muito algo tudo conspira para que não consiga, a alguns dia uma chuva forte havia se iníciado, tudo estava bem até que a chuva se tornou uma tempestade, tentei continuar a corrida de todas as formas imagináveis mas desisti quando um raio quase antigiu minha cabeça o que nem preciso dizer que me forçou a parar e procurar abrigo, minha esperança era a de que se fosse empecilho para os Volturi assim como era para mim.

Não sei quanto tempo fiquei procurando, apenas sei que minha mente estava tão exausta que quando dei por mim estava andando em círculos, parei embaixo de uma pedra para conseguir colocar os pensamentos em ordem, sei que sou uma imortal e em teoria não deveria me cansar porém com os acontecimentos recentes e o fato de não beber sangue já a algum tempo estava acabando comigo, a liberdade nunca custou tão caro. Tentando focar novamente fecho os olhos por um segundo, e essa foi a pior decisão que poderia ter tomado pois assim que os fechei o vi, o homem da caverna me encarado o olhar que eu tanto temia, o olhar que parecia enxergar minha alma, olhar de ódio, melancolia e morte, principalmente morte, abri os olhos no mesmo instante e mesmo estando ainda um pouco dispersar voltei a ir atrás de um abrigo.

Já estava anoitecendo quando por fim avistei algo, parecia uma cabana no topo da montanha e sem pensar duas vezes fui na direção da mesma quando o vento traz um doce cheiro invande o meu nariz, sangue. Em condições normais, mesmo que com muita dificuldade sei que resistiria, afinal não era o meu método de caça, mas naquele momento pouco me importava eu só queria saciar a sede, acabar com aquela queimação na garganta, sentir um mínimo de paz possível,o modo que me traria aquilo sinceramente não me importava tanto.

Quando cheguei no local e observei a cena devo dizer que não era exatamente o que imginava, uma árvore havia sido atingida por um raio e consequentemente foi partida ao meio, o tronco ainda pegava fogo e apesar daquilo iluminar um pouco a floresta ainda estava bastante escuro e com a chuva ainda acontecendo não podia contar com aquilo por tanto tempo, cautelosamente caminhei ao redor dos destroços da árvore em busca do que de fato importava e não demorou muito, vi um homem embaixo da árvore com um dos galhos atravessando a perna dele, não estava morto apenas inconsciente já que ainda conseguia ouvir seu coração, se dependesse de mim não continuaria batendo por mais tempo.

Lentamente me aproximei dele, por mais que ele estivesse inconsciente não poderia arriscar perder meu jantar, quando estava prestes a cravar meus dentes no pescoço dele, sinto um pedaço de madeira batendo em minha cabeça logo em seguida de uma voz:

- Se eu fosse você, não faria isso.

Olho para cima e vejo uma velha me encarando, apesar de não enxerga-la muito bem a mesma parecia ter um sorriso amigável no rosto, carregava um pedaço de madeira na mão no qual parecia se apoiar já que parecia andar com dificuldade, me pergunto de onde ela veio e como não a senti ou ouvi seus passos, queria confirmar se ela era real ou não e ao invés de ataca-la, fiz o que qualquer um faria ou pelo menos um louco faria.

- Como?

- Vai por mim, se fizer isso vai conseguir mais problemas do que os que já tem.

- A senhora por um caso, sabe com o quê está lidando.

- Sei exatamente com o quê e com quem estou lidando.

Não consigui reajir, eu poderia simplismente mata-la naquele momento e voltar para a cabana que vi mais cedo, mas não o fiz, ao invés disso apenas fiquei lá a olhando, como assim ela sabia o que e quem eu era? Ela parecia saber dos meus problemas, mas Como isso seria possível e afinal quem era ela?

- Escuta criança - ela disse - Sei que tem muitas dúvidas, mas acho que nosso colega ali não vai aguentar por tanto tempo então lhe darei duas opções, ou você vem comigo e então eu posso te dar reapostas para que já tem e perguntas que você ainda nem imaginou ou então você fica aqui e bem... deixa a sorte agir por si própria.

Que perguntas seriam essas, como ela poderia saber mais sobre mim do que eu mesma? E será que ela teria uma solução para pelo menos algum dos meus problemas, só havia uma forma de descobrir.

- O que faço com ele? - ela sorri entendendo minha resposta.

- Leve-o até a minha cabana, ela fica no topo das montanhas, chegarei lá em breve.

A encaro incrédula, ela queria mesmo que uma vampira sedenta carrega-se uma pessoa ferida até a cabana dela?

- Tem certerza, porque olha posso acabar perdendo o contr...

- Escute, sei o que estou fazendo e como disse chegarei lá em breve, então não tem com o que se preocupar, agora vai!

Ainda receosa tirei o gallho da perna dele, olhei por alguns segundos o sangue naquela Madeira e o joguei no fogo antes que me descontrola-se, penso que se aguentei essa sede durante 5 semanas consegueria aguentar até a cabana, coloquei-o em meu ombro prendi fundo a respiração e comecei a correr, não sei porque estava fazendo aquilo, não sei porque confiei em uma estranha aparentemente louca, mas algo dentro de mim dizia para continuar fazendo que tudo daria certo, talvez ela seja minha esperança afinal ela sabe quem eu sou, só espero realmente que eu não esteja enganada.

I Am A VolturiOnde histórias criam vida. Descubra agora