Helena Já pertenceu anteriormente ao Clã dos Volturi , mas após do assassinato de sua mãe ela decide por um fim em tudo e começar uma nova vida longe de todos , mudando seu nome para Helén ela vive em fuga e tentando a todos os custos apagar seu pa...
" Existem vales sombrios no passado, que por mais perigosos que sejam, precisam ser iluminados"
– Esta autora
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○●○●○Flashback●○●○●
786 d.C
O Frio naquele mês foi o maior de todos os tempos, pessoas morreram congeladas, as mais pobres principalmente, recém-nascidos mortos pelo frio e os guerreiros morriam durante a caminhada, poucos eram os que chegaram vivos nos batalhões e a maior preocupação de Luther apesar de tudo, apesar do perigo eminente que corria, sua maior preocupação continuava sendo a família, acima de tudo, até dele mesmo.
Faziam noites que ele caminhava pela mata, o pé já ficava há no mínimo cinco palmos enterrados na neve, talvez já tivesse perdido no mínimo uns três dedos pelo frio, mas ele nem se importava, era como se naquela hora o que aquecesse seu coração era a vontade encontrar sua família viva, ver seus filhos, encontrar sua mulher tê-los vivos, em seus braços, aquele homem da taberna não poderia falar a verdade e mesmo que estivesse ele não conhecia Lizie, a mulher faria simplesmente tudo pela família era a mais esperta que os espertos, daria de dez a zero em qualquer um, ela estaria viva, o receberia, tinha de estar.
Luther alimentou as esperanças até ver o primeiro rastro de fumaça, naquele momento suas esperanças começaram a sumir, o peito a apertar e os olhos começaram a marejar, na neve as marcas dos passos dele que pareciam chegar ao seu fim pois o mesmo sentia que não completaria a trajetória, era como se o chão tivesse se aberto e cada vez mais ele se afundava em um buraco sem fim.
Em determinado ponto ele não conseguiu avançar, estava longe da cidade, não consegui, não porque não queria, mas porque não conseguia, suas pernas pareciam mobilizadas, congeladas se preferir, ele simplesmente se ajoelhou e chorou naquele frio, até ver um corvo sobrevoando a pequena aldeia e logo após ele o viu por cima de uma árvore próxima o encarando e depois voltou para a aldeia,"mau-presságio" pensou, as pessoas supersticiosas sempre falaram mal dos corvos dizendo que eram um aviso de algo ruim, até aquele momento Luther nunca sequer cogitou tal absurdo, até aquele momento.
A ave pousou na neve, então um homem se aproximou dela, Luther não via tão bem mas conseguia dizer que ele tinha cabelos longos e usava uma longa capa, parecia ser um nobre, a ave para o espanto de Luther se transformou em uma mulher que tinha uma vestimenta semelhante à do homem, pela distância e escuridão, Luther não os escutou e quase não os via, se não fosse a luz das labaredas de algumas casas que ainda queimavam e então tão subitamente quanto apareceu o homem sumiu, como o vento, a mulher por sua vez olhou para trás parecia o encarar e então tornou a virar um corvo e desapareceu.
Assustado e paralisado, talvez motivado pelo medo do que aquelas pessoas eram, Luther lembrou da sua família, precisava encontrá-los e garantir que estavam vivos, então cautelosamente ele foi em direção a sua casa, olhando ao derredor procurando algo que pudesse lhe atacar, qualquer coisa até encontrar sua casa, destruída, em chamas, naquele momento seu mundo caiu, ele sabia que havia falhado, como pai, esposo, protetor, ele deveria estar lá, deveria ter ficado lá, jamais partido, estado com eles, mas ele teve de abandoná-los e agora estavam ali, sem vida.
