Capítulo 27

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"Na vida, nada se resolve, tudo continua. Permanecemos na incerteza; e chegaremos ao fim sem sabermos com o que podemos contar"

- André Gide

●○●○●Narrador○●○●○

●Corunha, Espanha●

2008 d.C

O sino dos ventos tocou uma última vez ela suspirou de alívio, saiu de trás do balcão  caminhou em direção a porta com satisfação a trancou e virou a plaquinha para " Cerrado", oficialmente por aquele dia La magia en tus manos tinha encerrado a atividade.

 Ela olhou o relógio no pulso, 18:00 da tarde o sol ainda brilhava na parte de fora, as pessoas ainda caminhavam para lá e para cá, menos do que fora o dia inteiro, mas ainda assim uma boa quantidade, a semana inteira fora assim, Corunha comemorava a expulsão do mal da cidade de criaturas noturnas, lobos, vampiros, bruxas... era irônico pensar que muitos dos turistas íam a sua loja querendo adereços para suas fantasias ou procurando remédio naturais, aquele festival deixava todos os espíritos inquietos e afetava a qualquer um.

Era ruim lucrar com esse tipo de coisa, ela sendo uma bruxa? Talvez, mas ela não se importava, era a melhor época pra loja sair um pouco do vermelho, ela olhou as pessoas andando, poderia simplesmente continuar funcionando até as 21, mas estava cansada demais, queria descanso mal via a hora de se jogar na banheira, colocar um pijama confortável e deitar em sua cama.

Após trancar a loja, ela foi até os fundos da loja, passando pela sua sala de práticas mágicas, algumas ervas esmagadas foram para um borrifador e ela pegou um incenso e o acendeu, começou a cantarolar de olhos fechados andando pela loja, dando início ao seu ritual de limpeza, inúmeras pessoas passavam por sua loja, carregadas de pensamentos, angústias, dores energias perturbadas e para que ela tivesse o mínimo de paz precisava do lugar limpo, após o incenso ela borrifou a mistura pela loja, terminando ela ainda sentindo o lugar pesado, voltando para a sala de trás quando começou a pegar a vassoura para varrer a loja, sentiu alguém de trás dela.

Num impulso ela sacou a adaga de Hades da cintura e se virou para enfrentar quem quer que fosse, no entanto se surpreendendo.

— É você. — Disse guardando a adaga e voltando a pegar a vassoura.

— Parece decepcionada.

— Tinha a esperança de usar a adaga em alguém.

— E você usaria na sua própria irmã?

I Am A VolturiOnde histórias criam vida. Descubra agora