Capítulo 10

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" O bom de se estar no fundo do poço, é que só há uma direção para se olhar, para cima"

- Desconhecido

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○●○●○Daniel J. Swan●○●○●

2007 d.C

Minha vida não andava nas melhores situações, primeiro perdi meu emprego, tudo porque não quis fazer um publicação que chamavam os latinos de ratos, é ironico pensar que pediram para um descendente de latinos publicar essa matéria ou apenas foi uma tremenda falta de noção mesmo, após meses de aluguel atrasado fui expulso do meu apartamento, perdi as contas de quantos dias tive dormir no meu carro e para completar, meu termino, foram três anos de relacionamento, pensei que era amor e depois de fazer tudo, bem... levei um belo pé na bunda, em resumo minha vida estava uma merda.

Quando a oportunidade de um emprego apareceu, não pensei duas vezes e aceitei, mesmo que fosse em Forks e que tivesse que voltar a viver com meu pai, mesmo sendo como professor, era melhor do que nada, não estava apostando minhas fichas naquele emprego, mas usei o resto que tinha de dinheiro para aquela viagem á Forks, claro que a nevasca não estava nos planos e nem a minha estadia naquele hotel que parecia mais com um filme de terror, mas claro que os donos agiam como se fosse cinco estrelas, a arrogancia também parecia de cinco estrelas, então quando me pediram pra PAGAR um vaso comprado em esquina, que já estava quebrado, dizendo que era caro, quando claramente não era, neguei.

Estava em tempo de esganar aquele recepcionista, quando encontrei aquela sala, me espantei quando vi aquela moça concentrada no pequeno caderno dela, parecia tão imersa que não queria atrapalha-la, mas ela me permitiu entrar, percebi que ela não era tanto de socializar, talvez fosse melhor assim. Tirei meu caderno do bolso, a caneta que sempre andava comigo e comecei a escrever, mesmo que fosse para uma escola, não queria abandonar o jornalismo, havia uma esperança em mim de que conseguiria retorna a publicar matérias ou mesmo publicar algo novamente.

Não sei quantas páginas tive de arrancar, quantas vezes tentei reescrever, mas sempre caía na mesmice, a raiva crescia em mim, o ódio, por um mometo esqueci onde estava, a sala ao meu redor parecia ter muros que se fechavam contra mim, cada vez mais a respiração ficava difícil, até a caneta cair. Então ela estava na minha frente, me ecarando esperando tocar na caneta, mas as mãos iriam ficar tão próximas e eu estava sem minhas luvas... sei que parece ridículo, quem teria medo de um toque? Bem, se você enxarguasse o que eu enxergo toda vez que tocasse em alguém, também temeria, se toda vez que tivesse o mínimo de toque com alguém e visse a morte, tendo a noção que nunca poderia fazer nada, também temeria.

Hesitante peguei na caneta, mas o que me hipnotizou mesmo foram os olhos dela, castanhos dourados ou quase, se assemelhavam a primeira luz do sol durante seu nascer, tão amigável e tão inigmatico, como se os conhecesse de outros tempos, mas se isso fosse verdade eu saberia, nunca esqueço um rosto. Porém quando as mãos se tocaram, eu vi a morte, mas era diferente, ela não estava distante ou parecia que chegaria, não, era como se ela estivesse lá ao lado daquela mulher, como uma companheira, como se ela já estivesse morta... mas então como ela estava ali em pé, diante de mim?

Após isso, larguei a caneta e ela fugiu da sala, com a mão no nariz como se estivesse tentando abafar um fedor, será que eu estava fedendo? Peguei a caneta com cuidado e voltei ao meu quarto, naquela noite não consegui dormir, revivia todas as cenas daquela sala, um por uma tentando compreender cada uma delas, tendo várias perguntas, mas o principal, sabia que deveria falar com aquela mulher, pois ela era a resposta.

Na semana que passou, não deixei de procura-la em todo o hotel, dia após dia, passando todas as noites naquela sala esperando ver ela mais alguma vez, até que a neve baixou e a pista já parecia segura para os carros, a maioria dos clientes já estavam deixando o hotel, esperei um dia ainda na esperança de vê-la talvez ela já tivesse partido.

Naquela manhã, fazendo quase uma semana desde dos acontecimentos naquela sala, enfim fui fazer o Check-in no hotel, ainda na esperança de encontra-la. A recepcionista parecia não ir com a minha cara e eu até entendia o motivo.

— São nove dias de estadia, aqui está o total—Disse me entregando o papel, me espantei — Não se preocupe, o valor do vaso não está incluso.

Me encarou com o sorriso cínico, mostrando um sorriso amarelo.

— Claro... — Digo pegando o dinheiro da carteira — Escuta, posso te fazer uma pergunta?

— Já fez.

A ignorei.

— Por algum acaso, uma mulher, de cabelos castanhos, olhos castanhos, alta, talvez de uns 25 anod,  fez check-in aqui?

— O senhor por um acaso é policíal?

— Não.

— Então não posso responder, vai pagar no dinheiro ou no cartão?

— É só dizer sim ou não.

— Vai pagar o vaso?

— O vaso que eu não quebrei? — Pergunto, ela arqueia a sombrancelha, reviro meus olhos internamente — Sim... eu vou pagar.

Tirei o dinheiro da carteira, junto com alguns dólares à mais e a entreguei.

— A moça que você descreveu, a via apenas duas vezes — Disse enquanto contava as notas — Ela fez o check-in há quase duas semanas atrás, um pouco antes da nevasca começar, no dia que ela ía sair começou e então ela estendeu a estadia, desde de então quase não a vejo e dos clientes de hoje, o senhor é o primeiro que faz o check-in hoje.

— Um não bastava — Murmuro — Bem, obrigado.

Digo saindo do hotel, nota mental " Nunca mais me hospedar nesse hotel." Fui para o meu carro, não era aquelas coisas de chique, era um carro da década de 90, um fiat tempra preto, como disse não era dos melhores, mas desde dos meus 17, me servia para muita coisa, antes ligar senti uma pontada na cabeça, tomei um remédio para alivar e dei partida no carro, nao ligando muito pra ela.

O caminho para Forks, daquele hotel em diante levaria umas 4 horas de viagem, seria longo e talvez cansativo, mas era bom  estar voltando para casa. Devia fazer umas 2 horas eu estava na metade do caminho e não comseguia para de pensar naquela mulher que vi e príncipalmente na morte ao lado dela.

A estrada era cansativa e normalmente não ligaria, mas senti aquela dor de cabeça, mais forte do que antes, tentei ignorar, mas ela apenas piorou , poucos minutos se passaram e minha visão ficou completamente turva e escura, fiquei desesperado e como una tentativa de evitar que o carro caísse em uma curva, girei a direção que travou, desmaei por completo antes mesmo do carro bater na árvore.

Acordei sentindo uma dor de cabeça horrível, junto de um zunido insurpotavél no ouvido.

— Merda — Murmurei levantando a cabeça com cuidado, sentindo um líquido quente escorrendo do meu nariz, sangue.

A árvore atingiu mais o banco do passageiro do que o meu, com cuidado soltei o cinto, tentei me movitar mas o meu ombro esquerdo doía a cada tentiva, abri a porta com a mão direita e cuidadosamente caí no chão, com dificuldade me levantei, para ver o carro completamente destruído, era um milagre eu estar vivo.

Me sentei longe do carro, com medo de que explodisse, vi ainda algumas gotas de sangue na neve, peguei um lenço do meu bolso e presiocnei contra meu nariz, meu celular que estava no meu bolso, se econtrava em estilhaços e pela distância que estava de Forks, minha esperança era de que alguém passase pela estrada e me ajudasse.

Não sei quanto tempo passou, enquanto fiquei ali sentando quase desmaiando de frio, até enfim ouvir o som de pneus na estrada.

I Am A VolturiOnde histórias criam vida. Descubra agora