FIM DO FIM

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EU VOLTEI! Mas não foi pra ficar não.

Eu sentia dentro do meu ser que faltava falar sobre conexão da Camila e Lauren sendo mães.

Passei todo o caminho explicando cada parte que encaixava as duas sendo um único individuo ligado em almas, mas a maternidade foi um ponto forte no últimos capítulos, então... Quem melhor do que ELE para falar disso? Sim ele mesmo! Quem não tiver onde se segurar, procure.


Oliver Jauregui Cabello POV


- Emma Jauregui! Diga-me que você não o fez – Gritei descendo as escadas, eu realmente estava a ponto de explodir.

- O que está havendo aqui? – Mama Camz perguntou olhando firme para mim, sim, eu sabia exatamente o que era aquilo "Oliver Jauregui Cabello, nada de gritos dentro dessa casa e não fale assim com sua irmã".

- O que aconteceu? Mama, Emma entrou em meu quarto de novo, eu tenho um jogo importante, hoje tem as finais – Eu falei e ela concordou com a cabeça, claro que ela sabia, elas acompanhavam tudo que eu fazia desde o colégio, não seria diferente na faculdade, mas depois de passar tanto tempo em dormitórios, tudo que eu queria era que o final de semana de folga chegasse para que eu pudesse vir em casa e ficar com minha família, mas Emma sempre apronta.

- O que há com você, Oliver? – Ela torceu o olhar, mas antes que eu pudesse falar algo, Emma passou na minha frente segurando um pote de sorvete e comendo tranquilamente.

- Ela aconteceu, olha meu uniforme – Levantei a peça pintada e cheia de arco-íris, corações e merda, isso era glitter? Mama segurou um sorriso e Emma parou no meio do caminho.

- Ficou lindo! – Ela deu um sorriso e quando eu dei um passo à frente mama me segurou.

- Sabe o que eu acho sobre matar sua irmã e Emma? O que sua mãe disse sobre você mexer nas coisas do seu irmão?

- Não deixe que ele veja – Ela falou dando de ombros e saindo de perto, mama segurou novamente outro sorriso e eu bufei.

- Bom, com toda certeza você vai brilhar mais do que qualquer pessoa nesse jogo – Ela deu meia volta e foi para seu escritório sorrindo, fiquei ali parado e no prejuízo.

Está certo! Eu não odiava Emma, mas sinto falta de quando ela era um bebê, sabe quando eles não podem andar, falar ou nem mesmo estragar suas coisas? Essa época era magica, mas pensando aqui, a forma como quando ela resolveu andar e parecia um patinho perdido também foi legal, ou como quando ela conseguiu finalmente me reconhecer como membro ativo da família sendo seu irmão e não sua babá, a verdade é que nem sempre estive com raiva dela, mas às vezes era terrível. Minhas mães eram as melhores do mundo e eu digo isso com tanto orgulho, sinto-me privilegiado por ter a família que tenho.

Passei a trabalhar na cafeteria por mais que mama Camz quisesse que eu estagiasse em seu escritório, eu não sentia que era o que eu queria fazer para toda vida e depois de várias consultas psicológicas para entender o meu medo de pessoas, eu devo dizer que a cafeteria teve um efeito bom em mim, existem alguns momentos em que eu ainda travo, mas sigo firme. 

Mama Lauren deu-me realmente uma bicicleta depois que a tiramos da cadeia tempos atrás, não ganhei um carro, fiquei de castigo pela eternidade, trabalhei duro e seguindo suas regras, fui um funcionário exemplar, guardei dinheiro e comprei meu próprio carro como eu queria, mas só me deixaram dirigir depois de ganhar sua confiança para isso, então foram muitas aulas com uma ou outra, mesmo já estando com a carta na mão. Tudo que tive e tenho até agora tenho que agradecer a elas, mas a única forma que tive para retribuir tanto investimento e carinho foi seguir meu coração e traçar meus objetivos em torno de tudo que me foi ensinado, sendo um homem bom.

[...]

- Mamãe falou que viria? Hoje é a final, eu gostaria dela aqui – Falei meio nervoso.

- Não precisa ficar ansioso Oliver, ela teve um pequeno problema, mas está a caminho e da ultima vez que consegui falar, ela estava no jato – Camz passou a mão carinhosamente no meu rosto e me olhou com afeto, olhei a redor para ter certeza que ninguém estava olhando e ela percebeu – Sou sua mãe, se olhar ao redor de novo, vou gritar aqui mesmo que você é meu bebê.

- Você não ous... – Antes que eu falasse, uma Emma que até então estava quieta, gritou.

- Oliver é o bebê da mamãe – Ela deu língua logo depois de toda a gritaria, algumas pessoas que estavam perto da arquibancada estavam sorrindo e eu voltei para o vestiário o mais rápido que pude.

Quando entrei para a universidade foi um dia bem triste, eu senti isso não só de minhas mães, mas Emma estava ficando para trás e por mais que negássemos um iria sentir falta do outro, eu devo dizer que as primeiras semanas foram tristes por mais que falasse sempre com elas por vídeo ou aparecesse quando tinha alguma folga, eu realmente fui criado por duas mulheres que se amam e que eram gentis uma com a outra, fui blindado com tanto amor que quando comecei a sofrer bullying por ter duas mães eu sabia que quando chegasse em casa tudo se resolveria.

- Sua família está aqui? – Esse era o Rob, somos colegas de quarto e acabamos nos tornando amigos.

- Lauren ainda não chegou, Camila e Emma estão, talvez queira dar um Oi depois – Falei dando de ombros e vestindo o uniforme.

- Seu uniforme está com glitter? – Revirei os olhos e bufei.

- Longa história – Eu havia decidido durante o voo para cá que eu usaria a obra de arte da minha irmã como algum tipo de homenagem. Acontece que alguns minutos depois de toda a confusão peguei Emma dizendo a mama o quanto ela sentia minha falta e havia desenhado em minha camisa por que tinha meu cheiro e ela queria algo legal para mim, por mais que ela nunca fosse dizer tudo isso olhando em meus olhos, esse era meu jeito de falar, Ok eu também amo você.

[...]

A partida estava acalorada, o time adversário estava destruindo a gente, dois dos nossos melhores jogadores haviam sido substituídos e a abraçadeira de capitão hoje não estava fazendo efeito algum em meu braço, da ultima vez que consegui olhar para a arquibancada Lauren ainda não estava lá, faltava apenas alguns minutos para o fim do tempo, nós estávamos a literalmente um ponto atrás. Quando finalmente consegui mover-me ágil o suficiente ouvi um grito e mesmo sem tempo para olhar eu tinha certeza de quem era, foi o suficiente, apressei as passadas com o disco em meu taco respirei fundo e bati com força, sim, ela havia entrado e o fim do tempo foi sinalizado, ganhamos.

O time começou a comemorar com muita energia e apesar de ter muitos corpos suados e nojentos pulando em cima de mim nesse momento, quando consegui me desvencilhar de todos, olhei direto para onde estava minha família, sorri mais ainda quando me dei conta que todos estavam lá, minhas mães e Emma, minhas avós e Tay, Sofia e sua família, tia Dinah e Normani, merda, até mesmo Michael. Agitei a mão em um aceno rápido enquanto todos eles pulavam e gritavam meu nome, como eu sou sortudo.

[...]

- Realmente foi um belo jogo – Mama Lauren comentou, estávamos todos em uma pizzaria e apesar de achar estranho Michael ter aceitado aparecer, era legal tê-lo por perto, águas passadas.

- Você não viu tudo, realmente foi incrível os minutos iniciais – Falei dando um breve sorriso.

- Sua mãe gravou tudo para mim, acha mesmo que eu perderia sua vitória? – Ela falou bagunçando meu cabelo – Alguém tinha que ficar para trás e conseguir reunir toda essa galera, era um dia importante para você, sabe o quanto apreciamos todo o seu esforço.

- Sim eu sei... – Concordei enfiando uma fatia de pizza na boca.

- Sabe... Oli? Você não precisava usar aquela camisa suja, tenho certeza que você poderia arrumar outra – Emma falou do meu lado.

- Sim, eu poderia, mas você a fez para mim, certo? – Ela fez que sim com a cabeça – Então, eu acho que seria indelicado não usar seu presente – Emma sorriu e deu um beijo em meu rosto, depois saiu de perto.

- Nós realmente estamos muito orgulhosas do homem que você se tornou Oliver – Minhas mães estavam sentadas uma de cada lado meu, recebi um beijo em cada bochecha ao mesmo tempo em que ouvia toda a zoada de minha família grande e barulhenta comemorando esse momento.

FIM DO FIM

ÂMAGO - G!p (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora