47. Pase lo que Pase.

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𝒩𝒶𝓇𝓇𝒶𝒹𝑜𝓇  
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Na sexta-feira à tarde...

— Ai, eu nem acredito que tô na minha casinha de novo... - Cecília disse ao se sentar no sofá, ao lado de Zabdiel, abraçando-o de lado.

— Nossa!!! Foi tão ruim assim morar comigo esses dias??? Obrigado demais, Ferrari! Agora saiba que você não pisa mais lá! - brincou, fazendo a garota gargalhar alto.

Bateu levemente no peito do loiro e se explicou:

— Para de ser bobo, menino! Tô falando isso porque simplesmente não existe sensação melhor do que a de estar na nossa própria casa.

Após aquele incrível acontecimento no domingo na casa de Lia, a garota não aguentou fazer o papel de menina forte, e, por isso, ainda que estivesse acompanhada de Zabdiel, ficou mal - de verdade - o resto do dia inteiro. Ao ver o caos que habitava dentro e em volta de sua namorada, o rapaz indagou sobre o que ela achava de passar um tempo indeterminado com ele em sua casa. Não havia sido uma ideia planejada, muito pelo contrário, Zabdiel apenas queria ver Cecília bem, descansada, despreocupada e, sobretudo, feliz. Segundo a cabeça do loiro, todos esses sentimentos voltariam para ela no minuto em que ela se afastasse ao máximo de Henrique, visto que as únicas coisas que o moreno a oferecia era justamente o oposto.

Assim que Zabdiel propôs sua ideia, Cecília o perguntou se não seria incômodo, afinal, ainda que passassem bastante tempo juntos, 24h do dia poderia ser um tanto quanto demais, até porque, mesmo que como um casal, os dois tinham vidas completamente diferentes; Cecília estudava, em sua faculdade e em casa, e Zabdiel estava a mercê de sua equipe. Eram rotinas e quase vidas diferentes. No entanto, após conversarem um pouco mais sobre, o garoto deu como última fala algo como: "Pensa pelo lado positivo, é bom que a gente já vai treinando pro casamento.". Ele falava sério, mas, ao mesmo tempo, ele sabia que aquela, por agora, não era uma prioridade em sua vida, e muito menos na de Cecília, que queria, antes de tudo, concluir seu curso, conseguir um emprego fixo e, assim, ser uma excelente profissional. Mas até que treinar para o futuro não era uma tão má ideia assim...

No domingo, o casal preferiu dormir no ap. de Lia, já que não tinha chance de Henrique ousar bater à porta duas vezes naquele mesmo dia. Na segunda, com o medo de se encontrar despreparadamente com o tal, a morena pediu à Zabdiel para levá-la até a faculdade e o rapaz o fez, assim como, também, a buscou, andando com um único destino: sua casa, onde, a partir daquela tarde, começaria a ter um estilo de vida diferente: à dois.

— Cara, sabe no que eu tava pensando? - Zabdiel entrou em um novo assunto. — A festa de Pretend já é amanhã!

— Passou rápido demais, mano... Nem parece que estávamos gravando o videoclipe há, sei lá, três meses.

— E sabe no que eu também tava pensando?

— Daqui a pouco sua cabeça vai explodir de tanto pensar! - brincou, rindo.

— Boba. Mas, enfim, eu acho que amanhã é uma ótima ocasião pra expormos o nosso namoro... - revelou em um tom de voz inseguro. — O que você acha?

— Ah, não sei, amor... Você acha que a gente tá realmente preparado pra isso?

— Ah, eu acho que nunca vamos estar 100% preparados, Ceci... A única coisa que eu sei é que eu não quero mais ter que esconder o que eu sinto, sabe? Os meninos te amam, a maioria da minha família já te adora, e os fãs...

The Movie of My Life | Z.J. Onde histórias criam vida. Descubra agora