The Movie of My Life | Z.J.

45. Passado.

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Assim que Camilo saiu do palco, Zabdiel me puxou rapidamente para seguirmos à caminho do lado de fora do local. Enquanto andávamos e passávamos por todas aquelas outras pessoas, comecei a me perguntar sobre o porquê de tanta pressa de sua parte. No entanto, no meio de todas essas questões imaginárias, me lembrei que, um pouco antes do show terminar, Zab cochichou em meu ouvido que estava se sentindo um tanto quanto intimidado no recinto, graças à alguns olhares que estavam fixados na gente. Acho que por todos os momentos de choque vividos anteriormente, eu não fiz muito caso. Que bom que ele fez, caso contrário, estaríamos lá dentro sendo sufocados pelos fãs que, naquele momento, começaram a se revelar e correr atrás de nós. Por sorte, alguns dos homens de preto que permitiram a nossa entrada no evento sem enfrentar fila, nos ajudaram a caminhar até nosso carro sem qualquer tipo de incômodo ou, até, perigo.

— Um pouco de adrenalina não faz mal a ninguém, né? - Zab brincou, envergonhado e nervoso. — Me desculpa por isso...

Após não ter recebido uma resposta minha, repreendeu a si mesmo:

— Que droga, eu sabia que no fundo seria uma má ideia!

Não importa o tempo que passe, acho que ele nunca vai entender que, com ele, eu enfrento qualquer coisa.

Depois de um mini tempo, me pronunciei:

— Sabe no que eu tava pensando? Hoje é a noite mais especial da minha vida. Tipo, todos os momentos com você entram pro meu caderninho de "melhores dias", mas hoje você conseguiu se superar de uma forma... - falei de uma maneira engraçada.

Ele pareceu se confortar com minhas palavras. Se endireitou no banco do motorista e ficou de frente para mim.

— Não é especial só porque teve o Camilo... É especial porque tem eu e você... Um eu e você mais unidos que nunca. Obrigada por não se cansar de querer me surpreender, por não se cansar de querer me fazer feliz, e, principalmente, por não se cansar de me querer.

Acariciei seu rosto, olhando em seus olhos.

— Eu te quero pra sempre... E hoje é só o começo desse nosso infinito.

Passou a mão por minha bochecha.

— Eu te amo.

Ele não respondeu. Apenas me puxou para mais perto e me beijou, da forma que só ele sabe fazer.

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— Ai, que saco, Lia, eu queria muito que a gente terminasse a noite juntos... - Zabdiel reclamou como uma criança que quer muito um brinquedo, dando um leve tapa no volante do carro, enquanto dirigia em direção ao meu prédio.

Acariciei sua orelha direita e disse:

— Não tem problema, meu príncipe... A minha noite vai acabar assim que você for embora. Sem você as coisas ficam sem graça, então eu só vou chegar e dormir.

Dei de ombros.

— Você sabe que se dependesse de mim, eu ficaria, né?

Segurou minha mão, preocupado.

— Você sabe que um dia toda essa preocupação ainda vai te matar, né? - brinquei, rindo. — É claro que eu sei, Zab... Fica tranquilo, ok?