18. Peace With a Simple Kiss.

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Por alguma razão, desde o nosso primeiro encontro, eu tive a leve impressão de que Zabdiel era diferente. Diferente de tudo e todos que já haviam passado pela minha vida. E graças aos nossos últimos momentos vividos, eu pude comprovar essa minha tese.

Ele é, definitivamente, diferente.

A grande maioria das pessoas com quem já me relacionei, sugavam, de maneiras distintas, a energia que existia dentro de mim. Já Zabdiel, faz, sem perceber, totalmente o contrário. É como se ele ajudasse a reabastecer em mim todo sentimento bom que um dia perdi. E é exatamente por isso que eu já não me sentia mal por ter agido impulsivamente naquela noite... Porque sua companhia já significava muito pra mim; era como uma ida ao SPA. Mas o seu beijo... o seu beijo me trazia toda paz e calmaria que o mundo me tirava.

Era como tocar o céu.

Em algum momento, no meio de tantas ações e emoções, decidimos nos deitar no chão daquele terraço; onde não exista tapete, e o nosso único cobertor era o moletom que Zabdiel antes vestia.

Depois de horas trocando palavras, carícias e, até mesmo, silêncios com ele, olhando para o céu, com a cabeça encostada em seu peito, indaguei;

— Já, já amanhece...

— O tempo com você passa tão rápido! Isso é uma  grande injustiça! - exclamou como uma criança, me puxando para ainda mais perto. — Você tá com sono? - perguntou, preocupado, olhando para a mesma direção que eu.

— Sim... mas ao mesmo tempo, não quero dormir. Tenho medo de acordar e tudo isso ter sido apenas um lindo sonho...

Escutei Zabdiel soltar uma risadinha baixa. Então, olhei-o:

— O que foi?

— É que... não sei... Ainda é estranho escutar você falando essas coisas... Você sempre foi... tão má comigo.

Olhou em meus olhos, sorrindo bobo.

— Para de graça! Eu não era má! - retruquei.

Recebi sua cara de deboche.

— Zabdiel! Eu não era má! Talvez... um pouco dura...

Forçou ainda mais a expressão facial, persistindo naquilo.

— Tá bom! Eu era má. - me rendi, rindo, olhando novamente para o céu.

Ele gargalhou alto.

— Mas eu me arrependo de não ter me aberto antes, sabe?! Foram duas longas e difíceis semanas tentando fugir disso que sinto...

— Não precisa se arrepender ou, sei lá, tentar se desculpar, Lia. Você tinha seus motivos.

Acariciou delicadamente meu rosto.

— E eu entendo isso perfeitamente... Eu também tenho meus traumas, graças aos meus relacionamentos passados, mas, não sei, desde a primeira vez que te vi, senti que, por você, valia a pena tentar de novo.

— É, tudo era diferente... até você chegar.

Voltei meu olhar no mais profundo de seus olhos. E, sem hesitar, Zabdiel selou nossos lábios, pedindo, quase que de imediato, passagem com a sua língua.
Obviamente não recuei, e, em poucos segundos, sem perceber, já me encontrava por cima dele.

Zabdiel passeava e brincava com suas mãos por todo meu corpo, enquanto as minhas se posicionavam uma em seu braço esquerdo, e outra na lateral de seu rosto.

The Movie of My Life | Z.J. Onde histórias criam vida. Descubra agora