36. Somethings Never Change.

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    𝒩𝒶𝓇𝓇𝒶𝒹𝑜𝓇  
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Após receber a notícia sobre sua avó, e, por isso, sair desenfreada de sua casa, Cecília entrou em um táxi qualquer e pediu para que o motorista a levasse ao hospital que, por puro instinto, pensava ser o que sua segunda mãe poderia estar, afinal, até antes de se mudar para Miami, era nele em que ela e toda sua família costumavam ir sempre que necessário.

Quando chegou no local, a jovem cumprimenta afoitamente o recepcionista:

— Boa tarde! Eu... gostaria de saber se a Dalva Ferrari está internada aqui!

— Boa tarde, senhorita! Vou dar uma olhada pra você. - o rapaz respondeu educadamente, voltando seu olhar para o computador. — Dalva Ribeiro Ferrari?

Ela assentiu.

— Sim, ela está aqui sim. - confirmou. — Quem gostaria?

— Eu sou a neta dela.

Colocou sua bolsa em cima do balcão e começou a retirar desesperadamente seus documentos de lá.

— Cecília Esteves Ferrari. - se apresentou.

— Você está bem, senhorita Cecília? - perguntou ao perceber o quanto a garota estava pálida e trêmula.

— Me desculpe por isso...

Passou as mãos pelos cabelos.

— É que eu cheguei antes de ontem de viagem e só soube hoje... Na real, eu acabei de saber que a minha avó não está viajando por um lugar paradisíaco... Ela está aqui. - debochou, limpando rapidamente as lágrimas que caíam de seus olhos.

— Sinto muito... - disse, sinceramente. — O lado bom de ter sabido agora é que você tem permissão para passar. E um dos lados dos ruins é que você só tem cinco minutos... O horário de visita acaba às 18h.

Deu um pequeno sorriso, tentando consolá-la de alguma forma.

— Terceiro andar, quarto 42. - guiou-a.

— É hoje que eu surto... - pensou alto enquanto guardava novamente seus pertences na bolsa. — Tudo bem... Obrigada, moço. Tenha um bom dia.

Andou rápido, quase que correndo, em direção ao elevador que havia por perto daquela recepção.

Quando percebeu que a porta de metal estava a ponto de se fechar, gritou para a pessoa que estava dentro do recinto:

— SEGURA PRA MIM!

Então, uma mulher vestida de branco, provavelmente uma profissional do hospital, disse ao ajudar Cecília a adentrar na máquina:

— Consegui!

— Muito obrigada.

Sorriu para a moça, clicando no andar em que gostaria de parar — o qual, por sorte, não era longe.

Segundos depois, se despediu da mulher que antes a havia ajudado, e saiu do elevador, indo em direção à um corredor composto por inúmeras salas.

The Movie of My Life | Z.J. Onde histórias criam vida. Descubra agora