Após fugir para a Amizade e sem saber que rumo tomar Pietra se sente pressionada a voltar para sua própria facção e enquanto lida com as turbulências de um amor platônico tem sua confiança posta a prova por quem deveria ser seu porto seguro.
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CAPÍTULO TRINTA E UM
eu era aquele com quem você contava, mas eu nunca fui feito pra você. agora eu sei que te perdi muito tempo atrás.
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Quando abriu os olhos Pietra deu de cara com os cachos escuros de Peter. Ele ainda dormia profundamente, e ela precisou de alguns segundos para descobrir se estava em seu quarto ou no dele.
Teve certeza de que era o seu quando ouviu Aisha bater insistentemente na porta como se não tivesse visto os dois subindo juntos na noite anterior. Ela revirou os olhos e vestiu uma blusa cinza que encontrou dentro do guarda-roupa, caminhou até a porta e abriu uma fresta apenas para xingar sua amiga e depois voltar a dormir.
— Bom dia pra você também — a loira resmungou — Vocês vão ficar sem café se não descerem logo, melhor se apressar.
— Foi você que fez? — Pietra fez uma careta mas Aisha negou com a cabeça.
— O Quatro.
— Desço em dez minutos — e então bateu a porta na cara da loira.
Caminhou de volta pra cama, mas ao invés de se deitar abriu as pesadas cortinas fazendo com que o quarto inteiro se iluminasse com a luz do dia. Peter levantou o dedo do meio e enfiou a cabeça embaixo do travesseiro. Pietra vasculhou sua mochila em busca de uma roupa e deixou a camisa da Abnegação onde encontrou.
— Eu vou tomar banho primeiro, se quer água quente melhor levantar a bunda dai — e fechou a porta do banheiro.
O banho não levou mais que cinco minutos, e quando ela saiu Peter e suas roupas não estavam mais no quarto. Ela desceu as escadas e encontrou apenas Uriah na cozinha. Ele estava sentado no balcão e equilibrava um prato com ovos mexidos em uma das mãos enquanto a outra segurava um garfo.
— Bom dia — resmungou.
— O café acabou — o moreno avisou e Pietra soltou um xingamento.
— Droga.
— Quando Aisha subiu o café já tinha acabado — quando ouviu isso Pietra se voltou para ele com um olhar ameaçador e ele ergueu a mão que segurava o garfo em rendição — Não conta pra ela que fui eu.
— Só se você me arranjar uma caneca — ela sorriu de lado e ele resmungou algo e saltou pra fora do balcão.
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Pietra disse para si mesma que era tédio; talvez curiosidade. Quando atravessou a sala da típica casa da Abnegação deu de cara com Edgar ao pé da escada, ele tinha uma arma no cinto e jogava cartas com um outro sem-facção. Os dois lhe lançaram olhares curiosos mas apenas o calvo se levantou.
