CAPÍTULO TRINTA E SETE
as coisas poderiam ficar iguais, ou poderíamos mudar tudo. me encontre no campo de batalha.
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Pietra ainda estava na Erudição. Mas o sol brilhava espantando qualquer fantasma que aquele lugar pudesse lhe trazer. Ela estava com as costas apoiadas na porta, se lembrava vagamente de soros, espelhos, e testes.
Ela tinha acabado de realizar o teste de aptidão.
Sabia disso porque sua cabeça girava com as informações que acabara de receber, exatamente como aconteceu naquele dia. Quando ergueu a cabeça encontrou os cabelos castanhos e olhos verdes de seu pai a observando.
— Oi, filha — ele sorriu, com um carinho que ela não se lembrava de enxergar.
Pietra se lembrava de como agira com seu pai naquele dia, e queria o mandar para longe de novo. Todos os seus sentidos gritavam para que ela o mandasse embora. Para longe dela mesma e de sua mãe, que sofrera durante anos nas mãos daquele homem. Mas uma parte dela se perguntou "como seria se...".
Tudo era questão do "se".
— Oi, pai.
— Como foi o teste?
— Bem, eu acho.
Seu pai a observou de cima a baixo e caminhou até ela, se encostando na porta e sentando no chão ao lado de sua filha única. Ele abraçou as próprias pernas e sorriu.
Simples assim.
Sorriu.
— Como você é capaz de agir como se nada tivesse acontecido? — ele franziu o cenho — Você destruiu essa família. Isso não significou nada pra você?
— É complicado, Pi — ele suspirou — Existem... Coisas. Coisas que você não entende.
— Então me explica — ela teve que segurar as lágrimas que insistiam em aparecer — Por favor. Eu preciso entender o porquê.
— E você vai. Mas não agora, não aqui — ele olhou para o chão, parecia até envergonhado por tudo que fez mas levantou a cabeça e disse: — Eu vim me desculpar.
— O que? — ela quis rir.
— Eu não quero que você vá para uma nova facção, se torne uma nova pessoa e me odeie para sempre.
— Você está brincando.
— Você é capaz de me perdoar, filha?
Se.
Pietra havia perdido muitas pessoas. Mas a Pietra do passado não sabia dessas perdas, ela não sabia que a Audácia tiraria tanta coisa dela. Ela não sabia que perdoar seu pai seria algo tão importante. Não só para ela, mas para ele também. Seria uma perda a menos. Quando se deu conta Pietra estava em prantos. Seu pai a abraçou. E ela o abraçou de volta.
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DROWN, insurgente² ✓
FanfictionApós fugir para a Amizade e sem saber que rumo tomar Pietra se sente pressionada a voltar para sua própria facção e enquanto lida com as turbulências de um amor platônico tem sua confiança posta a prova por quem deveria ser seu porto seguro. ៚ conc...