35.

1.9K 273 62
                                    

CAPÍTULO TRINTA E CINCO

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

CAPÍTULO TRINTA E CINCO

eu os ouço dizer claramente, quem é você de verdade?

6 anos antes.

— Desculpa pelo atraso — sua voz soou embargada.

— Tudo bem, anjinho — Jeanine deu um sorriso acolhedor antes de perceber que Pietra havia chorado — O que houve?

Pietra se amaldiçoou mentalmente por não ter passado no banheiro antes. Estava com medo de ter se atrasado demais, por isso acabou se esquecendo do nariz vermelho e bochechas molhadas. Sua voz falhou, mas Jeanine se ajoelhou de frente para a menina de 12 anos e sorriu.

— Pode me contar — a criança fungou — Foi algo com seus pais? 

— Eles estavam brigando de novo — Pietra abraçou o próprio corpo — Algo sobre uma mulher chamada Rose. 

Jeanine pensou por alguns segundos, sua expressão indecifrável. Então ela se levantou e acompanhou Pietra até uma poltrona de veludo azul, as duas se sentaram lado a lado e Jeanine abraçou a mais nova de lado. 

— Meus pais também costumavam brigar, sabia? — ela alisou o braço de Pietra — O tempo todo. E eu tive que ser muito forte, assim como você está sendo agora. 

Pietra fungou de novo mas um resquício de sorriso surgiu em seu rosto. 

— Vá lavar o rosto. 

Quando ela se levantou e caminhou ereta até o banheiro Jeanine semicerrou os olhos em sua direção. Alguém com um QI tão alto não deveria ser tão sentimental, pensou. Pietra era especial de muitas formas, e Jeanine queria descobrir todas elas. 

Mas apesar de seu QI, Pietra era nova demais para entender suas intenções. Na cabeça de uma criança todos que não gritam com ela são boas pessoas, e as piores pessoas nunca demonstram como são monstros.

◌ ◌ ◌ 

Tris correu pelos corredores da Erudição sendo guiada por Cara; Marcus e Christina seguiam as duas alguns metros atrás. Tris ainda estava pensando no corpo suspenso de Aisha, o sangue pingando e os olhos azuis abertos para sempre que a encararam enquanto ela corria para longe. 

Como ia contar pra Pietra?

Ignorou esses pensamentos quando chegou a sala de Jeanine. Saltou para dentro com a arma erguida e os olhos arregalados mas o que encontrou não foi nada bom. Jeanine já estava morta, seu corpo estava estirado no chão e o sangue se espalhava cada vez mais. 

— Que merda...

— Tris? — era a voz de Tori, o tom acusador em cada letra. 

Quando se virou Tris teve a visão de Tori em pé com o rosto sangrando e uma arma na mão, aos seus pés estava Pietra, o rosto também sangrava, mas ela estava inconsciente, será que...

Não. 

Gritou para si mesma no mesmo segundo que os pensamentos atingiram sua mente. Ela correu até o corpo caído e ignorou Tori a chamando. Só se permitiu respirar quando conferiu o pulso de Pietra. 

— Tris? — dessa vez a voz era de Tobias, e ele segurava Marcus pelo braço quando entrou no laboratório — O que está fazendo aqui?

Seus olhos se fixaram na loira, mas não por muito tempo já que ele percebeu que o corpo caído no chão era o de Pietra. Seu rosto se contorceu e ele trincou o maxilar quando se jogou na direção dela com a intenção de checar a respiração da morena. 

— Ela só está inconsciente — Tori disse dando de ombros — Vai acordar em alguns minutos. 

Tobias se sentou no chão deixando um longo suspiro escapar por entre seus lábios, então se virou para Tris. 

— O que você está fazendo aqui? — seu tom era amargo — E por que veio com ele?

— Tobias você precisa entender que...

— Eu — ele a interrompeu —, não preciso entender nada. Quero saber o motivo de você ter mentido pra mim e vindo pra cá com meu pai, que por sinal, eu te disse que não era confiável. 

— Filho, ela só estava tentando fazer a coisa certa. 

— Cala a boca — ele o cortou — Não estou falando com você. Me responde, Tris.

— Eu tinha que abrir aquela caixa. E eu precisava de Jeanine viva, não sei operar os sistemas. E só ela sabe os códigos do computador. 

— Ela é uma traidora — Tori cuspiu.

— Por que você não me falou nada? — ele engoliu em seco. 

— Me desculpa, Tobias. 

— Levem ela — Tori disse quando Tobias não falou nada — Ela será julgada com os prisioneiros de guerra.

— O que está acontecendo?

A voz de Pietra estava grogue, e Tobias a ajudou a se sentar quando ela abriu os olhos. Sua têmpora latejava, e já estava roxa pelo golpe. Tobias segurou seu rosto a analisando bem antes de falar qualquer coisa. 

— O que houve com você? — ele franziu o cenho. 

— Longa história — deu de ombros — Me ajuda a ficar de pé, vai. 

— Ainda não. Você precisa de água. 

Tris foi agarrada por Uriah que havia subido junto com Tobias, eles se encaminharam para fora do laboratório mas Pietra os interrompeu. 

— O que está acontecendo? — repetiu.

— Depois lidamos com ela — Tobias a tranquilizou e se levantou para ir buscar um copo d'água. 

E então Pietra se lembrou de Jeanine, e do seu corpo sem vida a alguns metros de onde ela estava agora. Bebeu o copo inteiro em um único gole e se apoiou no braço de Tobias para levantar do chão. 

Depois de recuperar o equilíbrio Pietra se voltou para a porta por onde Christina e Marcus haviam sido empurrados atrás de Tris. Cara continuava ali em cima, observando em choque o corpo de Jeanine caído no chão. 

Ela estava morta. 


não sei se vocês ficaram sabendo dessa treta que teve hoje no wtp, mas foi basicamente gente desocupada derrubando fanfic dos outros por motivo nenhum. 

eu fiquei muito puta, real, e sinto muito mesmo se sua história acabou sendo excluída. eu não sei o que faria se derrubassem drown (eu não tenho nenhum backup pq sou burra, isso mesmo). 

se você que tá lendo isso foi uma das pessoas que tava derrubando fanfic, por favor vá tomar no meio do seu cu. 

enfim era isso, queria mesmo compartilhar meu ódio. espero que esteja gostando, estamos na reta final do segundo livro, bj e até terça.


DROWN, insurgente² ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora