Após fugir para a Amizade e sem saber que rumo tomar Pietra se sente pressionada a voltar para sua própria facção e enquanto lida com as turbulências de um amor platônico tem sua confiança posta a prova por quem deveria ser seu porto seguro.
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CAPÍTULO DEZENOVE
eu não sei porque precisamos nos quebrar do jeito que doí mais.
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Ossons começaram a se misturar na cabeça de Pietra. O mundo começou a se mover em uma velocidade lenta, quase parando, ela se voltou para a direção do grito ao mesmo tempo que Tobias e Tris chegavam até o corpo caído no chão.
As paredes se fecharam ao redor dela e ela sentiu as mãos de Luke ao redor de seu corpo enquanto George era arrastado para longe deixando um rastro de sangue por onde passava. O som do tiro ainda ecoava em sua cabeça como se fosse o único barulho no mundo inteiro.
Ela tentou caminhar até lá mas suas pernas tremiam, ela estava parada, imóvel, congelada naquele momento como se pudesse impedir o que viria a seguir.
— Pietra! — mãos fortes a chacoalhavam enquanto a voz grossa gritava palavras que ela não entendia, mas Pietra ainda estava em outro mundo.
Tobias e Zeke a carregavam, um a segurando de cada lado enquanto gemidos de dor saiam de sua boca.
— Não vai dar pra levá-la assim — a voz de Tobias soou ao longe mesmo que ele estivessem quase ao seu lado — A bala vai se mover e as coisas vão ser piores.
Shauna gritou tão alto quando Tobias a levantou que os membros da Franqueza devem ter ouvido de onde estavam. Lynn tinha um olhar de culpa quando observou sua irmã berrar de dor enquanto sangue saia de suas costas manchando a roupa de Tobias.
Zeke se aproximou de Uriah que tentava inutilmente acordar Pietra de um transe. Ela ainda encarava o nada, e o mais novo gritava por alguma resposta vinda daquele vazio oco que agora se instalava na morena.
— Desculpa — Zeke disse e desceu a mão em seu rosto com tanta força que a mesma virou a cabeça para o lado desnorteada.
Ela lhe lançou um olhar mortal pronta para devolver com um soco então ele ergueu o ombros apressado.
— Eu já pedi desculpa e a gente tem que ir agora!
Os três correram para alcançar Tris, Lynn e Tobias que já eram recebidos por alguns membros da Audácia; Helena entre eles.
Pietra não respondeu a nenhuma das perguntas de Zeke sobre o que tinha acontecido, mas a cena de George sendo arrastado para longe continuou fixa em sua mente por horas.
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— Você tem sorte que esses pontos não se abriram — Helena disse assim que terminou de fazer um novo curativo na perna de Pietra.
— Obrigada, Helena.
— Não tem quê, querida — sua testa estava molhada de suor quando ela se retirou.
