💥 LEIAM AS NOTAS FINAIS E NÃO XINGUÉM A AUTORA 💥
Faziam dois anos e três meses que a Naomi se sacrificou por mim. Dois anos e três meses que eu, praticamente, morava naquele hospital. Minha cama era o sofá do quarto de Naomi.
Me doía o coração a ver daquela forma: Magra, sem vida, pálida... Eu sentia tanta falta da minha melhor amiga e, especialmente, da minha garota.
Eu sei que antes de deixar que Naomi fosse para a Hydra, eu tinha prometido seguir em frente. Mas eu prometi, a partir do momento exato em que o coração dela parasse de bater.
Ela podia estar em coma. Mas o coração dela ainda batia.
Continuei sentado no sofá, observando cada minutinho, cada respiração fraca, provocada pelos aparelhos.
Talvez eu fosse muito egoísta, mas eu preferia ter ela alí. Eu ainda tinha, até aquela semana, esperanças que Naomi acordasse e me olhasse do jeitinho que ela fazia. Tinha esperanças de ouvir a risada dela e a ver ficando vermelha de vergonha. Tinha esperanças de voltar a sentir o lábios dela sobre os meus.
Até aquela semana...
Eu trabalhei. E trabalhei muito. Até tentei evitar ficar por perto. Mas todos os segundos desde a última conversa com o médico passaram como em um borrão cinza desfocado.
Havia tanta coisa que eu queria que ela soubesse...
Eu esfregava aquela porcaria daquela tatuagem no meu braço todos os dias e contava as novidades a ela. Contei o casamento do Tony e do Steve. Contei do noivado da Babbi e do Clint e de como eles eram gratos a ela por os fazerem enxergar que se gostavam. Contei da primeira vez que Kitty sumiu e eu fiquei louco atrás dela. E de quando voltou grávida de três filhotinhos.
Contei das três namoradas que o Sam teve e das coisas que eu e Natasha tínhamos feito. Contei como Rachel se mudou para a Austrália e como Visão e Wanda também se mudaram, para Londres.
Eu não estava pronto para dizer adeus. Cada segundo que passava me sufocava mais e mais e mais.
Olhei para o relógio.
Ainda faltavam vinte minutos para o meio-dia. Vinte minutos para o meu mundo perder a cor e o sentido. Não consegui mais segurar as lágrimas que insistiam em pinicar os meus olhos.
E daí que eu estava chorando igual a um bebê?
Todo mundo tem um motivo para levantar da cama todas as manhãs: Um emprego, um sonho, uma família, uma obrigação...
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A Herdeira. - Bucky Barnes.
Fanfiction"Desde o início da minha vida, eu sabia que meu nome era Kaya. Só Kaya, sem sobrenomes. Sabia de quem eu era filha e para quê eu existia. A realidade que me foi ensinada, nunca tinha sido a certa. Mas eu não sabia disso. Eu matava, seduzia, roubava...