Entre mundos e destinos

Capítulo 21

Azriel:

Lilian poderia ser uma Náiade, uma das criaturas mais antigas do nosso mundo, e que atualmente existem apenas poucas desta espécie, não conhecia muito sobre elas, sabia apenas o básico. Que elas protegiam as águas doces, possuíam o dom da profecia e da cura. Mas nada disso era uma resposta coerente, Lilian era humana, pelo o que sabíamos e não era deste mundo, havia muitas lacunas abertas e que precisavam ser fechadas, com respostas coerentes.

Porém em breve estaríamos indo para a corte Diurna, e esperava que Helion e suas bibliotecas nos ajudassem a entender mais sobre isso. Lilian estava assustada, sua pele estava pálida que chegava próximo a um tom de azul, Lucien se afastou nos dando privacidade, sequei seu rosto, pescoço e região da clavícula, não ousando descer mais, pego primeiro sua blusa em cima da pedra, mantenho meu olhar apenas no seu rosto, seus olhos já haviam voltado na tonalidade verde, quando escutei seu grito, ela estava parada, com as mãos envolta do cordão e os olhos totalmente azuis, um tipo de azul que lembrava as profundezas. Ela estava apavorada, com as vozes, com o que estava sentindo. Após colocar sua blusa e ver que ela estava melhor me afasto um pouco virando de costas e lhe dando privacidade.

Não demorou muito e seguimos em direção a Primaveril, todos em silêncio, e pela primeira vez ele me incomodava e muito, Lílian estava com o olhar perdido e a cabeça baixa.

-Acha que é possível ? -Lucien me pergunta baixo e eu sei no que ele se refere.

-Não sei, sinceramente não sei. -Queria poder ter todas as respostas para aliviar toda essa confusão de Lilian, no restante do caminho tentamos a fazer conversar, pelo visto não era só eu que sentia falta da sua voz, Lucien parecia tão desconfortável como eu com o seu silêncio, parecia que nada fosse lhe animar o suficiente para falar. Então o ruivo se aproxima dela, cauteloso.

-A mulher que eu amei e meus irmãos mataram, se chamava Jesminda. -Meu olhar vai para o homem,  estou surpreso e assustado, e é impossível não notar que ele falou o nome da mulher com amor e muito carinho, Lilian ergueu endireitou os ombros e o encarou.

-É um nome lindo, como ela era? -Ele sorri em sua direção, como se recriasse a imagem da mulher em sua mente.

-Linda, a mulher mais bonita que eu já vi, as vezes quando o vento sopra forte sinto seu cheiro, ela vivia no campo me provocou na primeira vez que nos encontramos e logo me vi perdidamente apaixonado. -Abaixo meu olhar, ele havia perdido seu primeiro amor. E um tipo de culpa me atinge eu estava tentando tirar a sua parceira. -Ela era uma feérica inferior mas nunca se importou com a minha posição, nunca! Ela me amava, uma das poucas pessoas que me reconheceu de verdade.-Lilian estica sua mão em direção a dele, apertando. -Então eles a executaram na minha frente, por ela ser inferior, por uma bobagem, e eu fui embora, ainda me pego as vezes pensando nela.

-As pessoas que amamos nunca são esquecidas em nossa memória, um cheiro, uma lembrança, um objeto, sempre terá algo que lembrará -Ela diz sorrindo em sua direção. -A mulher que lhe escolher terá uma imensa sorte Lucien, e você merece o amor da forma mais pura possível, obrigada por dividir isso comigo.

-Obrigado por me fazer querer dividir isso com alguém. - Estou angustiado e sufocado, a pessoa que ele amava foi tirada de maneira bruta sua vida, e então finalmente ele encontrou sua parceira, e eu sei o quanto isso é importante, o quanto eu peço pela mãe para encontrar a minha e eu desejava tirar Elain dele, eu pensava em tirar sua parceira, sua possibilidade de amar e ser amado novamente.

-Finalmente. -Sou tirado de meus pensamentos por Lucien. -Bem vindos a Corte Primaveril.

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Oi, tudo bem?

Segunda parte iniciada, e vem muita coisa por ai, tem leitores novos nos comentários e quero desejar boas vindas, espero que gostem da história tanto como gosto de escreve-la.

Beijos de luz e até amanhã!