Capítulo 56

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CORÁLIA:

Fazia dois dias que eu estava fugindo de Azriel, isso mesmo fugindo como uma grande covarde que eu sou. Pela mãe, eu não estava com a mínima estrutura para lidar com o moreno, pois tenho certeza que assim que eu olhasse minha mente iria para lugares nada seguros.

Porém nestes dias aproveitei para criar uma ligação maior com Hélion e aprender mais sobre minhas habilidades. Cateline e Lucien partiram há dois dias em direção à Corte Outonal, Rhys, Feyre e o restante voltaram para corte para resolver pendências, deixando nesta corte apenas eu, Azriel e Helion, que parecia de certa maneira abalado com a falta de pessoas, meu pai gostava de estar na companhia de pessoas, de festas e de acolher a todos.

Já está tarde, e meu corpo começa a dar sinais de cansaço, me despeço de Helion e subo as escada em direção ao meu quarto, o corredor está vazio, caminho rápido, abrindo de forma silenciosa a porta do quarto e entrando, estou prestes a agradecer quando meu corpo é puxado em direção ao seu peitoral.

-Vai fugir de mim por quantos dias? -Seus olhos estão intensos e sua voz rouca, suas sombras se agitam com a minha presença, meu coração bate acelerado.

-E-eu... não. -Balanço a cabeça e respiro fundo. -Eu não estava fugindo.

-Você não sabe mentir Corália. -Diz, sinto sua mão acariciando minhas costas. -Eu não consegui dormir direito nessas noites, sentia falta de você, da sua voz...do seu calor.

-Azriel. -Digo baixinho, sentindo seu corpo mais próximo do meu, seu calor e seu cheiro.

-Não sou o único, sei que não. -Sua mão sobe pela minha coluna, meus braços se arrepiam.

"Me peça, faça esse mesmo pedido amanhã ou depois, com esse mesmo olhar, com a mesma intensidade e eu terei o prazer de ter esses lindos lábios nos meus."

Eu sabia que só assim ele me tomaria para si, e eu tinha plena certeza que era o que eu deseja, não tinha mais como fugir, não tinha mais desculpas, nem como negar a força de meus sentimentos pelo moreno, não mais.

-Me beije Azriel, apenas me beije. -Seus olhos brilham como se aquelas palavras o trouxessem a vida e então é o que ele faz, me tomando com delicadeza mas com posse para si, seus lábios reivindicam os meus, carinhosos e intensos, desfruto cada gosto e detalhe, sua mão esquerda me segura firmemente na cintura, enquanto sua direita me prende a si, sua língua toma a minha com devoção e eu retribuo sentindo me entregue, meu corpo se torna uma gelatina em seus braços, um gemido escapa de meus lábios quando o mesmo suga com mais um pressão.

-Doce Corália. -Sua voz está afetada, agradeço por ele estar me segurando pois minhas pernas estão como gelatinas. -Você não é minha perdição, é minha redenção. -Desta vez ele me impulsiona no seu colo, o qual envolvo com maior prazer, e tomo seus lábios junto aos meus e me sinto cada vez mais próxima do paraíso. 

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