Bianca POV
Me mudei para São Paulo logo quando completei vinte anos. Meus pais de início foram contra, mas não tinham outra escolha a não ser me apoiarem.
Nos primeiros meses eu morei com minha prima e meus avós, depois fui me estabilizando. Hoje moro com a minha bebê e trabalho como secretária em uma agência no centro da cidade.
Engravidei da Mag no começo do ano passado, eu namorava um cara por quem eu era completamente apaixonada, e fazíamos planos juntos de construirmos uma família, até que eu engravidei. A bobona aqui achava que ele realmente queria passar o resto de sua vida ao meu lado, mas acabei caindo do cavalo no primeiro mês de gravidez. Ele quase nunca aparecia em casa e quando eu ligava pedindo ajuda, ele dizia estar ocupado demais. Enfim, acabamos terminando um namoro que estava destinado ao fracasso. Hoje minha menina esta com onze meses e é o meu mundo, faço tudo por ela. E Melim quase nunca vem ver a filha, Giselle que sempre aparece para ver a neta.
Mag é a minha cópia, pele bronzeada, olhos castanhos e cabelos negros. Graças a Deus ela não puxou nada do canalha do Melim.
Meu trabalho exigi muito de mim, e procurar uma babá para Mag esta sendo uma missão quase impossível. Não posso colocar qualquer um para cuidar da minha menina, tem que ser alguém de extrema confiança. Fiquei cinco meses de licença maternidade, e graças as minhas férias acumuladas consegui ficar os nove meses da minha menina com ela. E agora nesses últimos três meses, meus avós tem tomado conta dela, mas eles são de idade e mesmo sendo lúcidos e amando ficar com a bisneta, não acho justo que eles passem a tarde toda tendo que cuidar de um bebê.
Depois de duas semanas a procura de um milagre, Genilda Kalimann, a mulher que ajuda meus avós na casa deles me passou o número de sua filha, e me garantiu que a mesma é uma jovem muito responsável e ama crianças. Na noite de ontem marquei com a garota de vir hoje pela manhã. Estou de folga, então vou aproveitar para conhece-la melhor e ver como Mag reage com ela. Será como um teste, e se tudo der certo, pensarei na hipótese de contratá-la.
O relógio ainda marcava 07:36 da manhã, marquei com Rafaella às 09:00 não tinha o porque dela vir tão cedo, sendo que nem irei trabalhar hoje.
A casa estava toda organizada, os brinquedos de Mag guardados na caixa decorada no canto da sala, ela já estava com a fralda trocada e amamentada, como eu fazia todas as manhãs. A bebê mamava ainda em meus seios, eu acho super importante o leite materno para ela, e pretendo amamenta-la até quando ela não quiser mais. E durante o dia ela usa a mamadeira, o que faz com que as vezes ela tenha dificuldade para querer o peito na hora de dormir.
Me pego olhando para a televisão numa notícia em um canal qualquer, o interfone logo toca, eu tinha perdido completamente a noção das horas. Ajeito o meu cabelo e caminho até o interfone antes que o barulho acorde Mag, que dorme em seu quarto. Como eu imaginava era Rafaella, permito sua entrada e em segundos ouço batidas na porta.
- Bom dia! Sou Rafaella. Rafaella Kalimann - diz a garota loira parada em minha porta.
Seu cabelo loiro estava preso em um rabo de cavalo, e em seu rosto dava para perceber um pouco de maquiagem, mas nada muito exagerado. Sua roupa era casual, jeans e uma camiseta preta regata e nos pés um all star amarelo de cano alto.
Apenas percebi que estava a encarando demais, quando vi suas bochechas ruborizadas e a mesma desviar o olhar.
- Oh, desculpe-me. - pedi sem graça - Entre Rafaella. Eu sou Bianca Andrade. Entre por favor
A loira pediu licença e me acompanhou até a sala. Mostrei os poucos cômodos do apartamento para ela, apenas evitei de entrar no quartinho da Mag, a menina tinha dormido mal, e conseguiu dormir de verdade apenas quando estava começando a clarear o dia, então a deixaria dormir à vontade
- Vou passar um café para nós. -falei indo até a cozinha. Rafaella se sentou no banco alto em volta da bancada, que separava a cozinha da sala. Em minha casa tudo era muito simples e prático. Não gostava de móveis desnecessários atrapalhando o meu caminho, e quanto mais cômodos tivesse, significava trabalho em dobro para mim.
Eu me movia pra lá pra cá na cozinha, sobre os olhos atentos da Kalimann. Eu perguntava uma coisa ou outra para ela, e a mesma sempre me respondia educadamente. Tentava não ser invasiva com a sua vida pessoal.
Nos poucos minutos de conversa percebi que ela era uma garota responsável e muito simpática. Além de bonita, o que não vinha ao caso.
- Aqui, espero que goste de café forte, pois eu amo. - sorri deixando a xícara em sua frente
- Eu amo café. Principalmente fortes. - a mesma inala o aroma. Seus olhos verdes se fecham por alguns segundos e eu fico a olhando.
Balanço a cabeça, desviando rapidamente o meu olhar da bela cena. Eu tenho que parar com isso. Mesmo que esteja olhando sem maldades para a talvez futura babá de Mag, a garota pode achar que sou uma retardada.
- A rotina da Mag é simples. Ela é um bebê calmo e acredito que vai gostar de você. - puxo o banco e me sento de frente para ela - Você me parece uma ótima pessoa, assim como a sua mãe.
- Obrigada. Eu espero que sim, os bebês que cuidei sempre gostaram muito de mim. - ela brinca com os dedos em cima da mesa - Não que sejam muitos, mas os bebês em geral me amam. Modestia parte.
- Disso não tenho dúvidas, me parece impossível não gostar de você. - coço a garganta ficando sem jeito - Ela deve acordar daqui à... Ela acordou. - sorrio ao ouvir o choro da minha bebê
- Venha conhecer a princesa da casa. - desço do banco. Rafaella me acompanha pelo corredor que leva aos quartos da casa. Assim que entro no quarto branco, com alguns detalhes rosa e cinza, vejo minha Mag em pé no berço. Seus bracinhos segurando a grade e a mesma sorrindo mostrando o seu primeiro dentinho da frente ao me ver.
A pego nos braços e cheiro seu pescoço com o gostoso cheiro de bebê.
- Diga oi a nossa amiga. - colo o seu rostinho ao meu.
- Oi princesa.
- na na na - é a única coisa que Mag diz sorrindo abertamente para a loira a nossa frente.
- Isso deve ter sido um oi. - brinco fazendo Rafaella sorrir. E que sorriso. Quando ela sorri suas covinhas ficam nítidas e seus olhos se fecham. Linda.
Checo a fralda da Mag, e como não temos nenhum acidente apenas troco o babador. O babador tem sido como uma segunda pele da minha filha, pois ela esta babando muito, por causa de seus dentinhos e explico a Rafaella o quanto é importante manter o babador nela. Aproveito para mostrar onde fica tudo.
Depois de voltarmos pra sala, coloquei Mag sentada em seu cadeirão próximo a bancada, e enquanto batia alguns pedaços de manga no liquidificador, vejo Rafaella interagir com a bebê. Mag tentava imitar os gestos da loira, o que eu estava achando adorável.
A manhã passou voando e antes de dar duas horas, já tinha liberado a garota. Não tinha o porque prendê-la a tarde todo em casa comigo, às poucas horas dela aqui foi o suficiente para perceber que ela era a babá certa. Mag sempre estava mexendo na loira, e sorrindo o tempo todo. Eu poderia trabalhar tranquila sabendo que Rafaella Kalimann estaria em casa cuidando do meu mundinho.
Depois de dar um banho e peito para Mag, ela logo adormeceu em meu colo, enquanto assistíamos Tinker Bell, o seu desenho preferido. Coloquei ela no berço e deixei a porta aberta. Tomei um banho rápido, e preparei um macarrão instantâneo para eu jantar. Na maioria das noites comia isso, a idéia de cozinhar apenas para mim, era detestável. E eu cozinho super bem.
Depois de um filme de comédia, me retirei e fui dormir, amanhã o dia seria longo no trabalho.
🗼
Quem foi que disse que eu consigo ficar longe de vocês? Eu tento, eu juro que eu tento, mas eu não sei o que seria de mim sem as Rabias e sem as minhas leitoras. Então sim, vou trazer pra vocês fic com bebê, porque eu amo.
Então vamos começar com uma maratoninha de leve. Okay?
Espero que vocês gostem, então falem comigo e apertem sempre na estrelinha.
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Mag's nanny
FanfictionBianca Andrade é mãe solteira e esta a procura de uma babá para a sua bebê Mag, uma adorável e doce garotinha. Rafaella Kalimann é filha de uma empregada doméstica, a jovem loira esta a procura de um emprego, mas não está tão fácil por sua falta d...