Capítulo21

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Era 10:30AM, Adam e eu estávamos na cozinha preparando algo para comermos. Hoje era domingo e ambos estávamos contentes com oquê estava acontecendo em nossa vida, nesses últimos dias ficamos ainda mais próximos e isso estava me deixando ainda mais radiante. A ansiedade para conhecer nosso bebê estava gigantesca, e como ainda iria demorar bastante para esse sonho se realizar, no momento oquê mais estava próximo de acontecer era de descobrirmos o sexo do bebê, a médica disse quê talvez na próxima consulta conseguiríamos descobrir e isso era incrivelmente esperado.

A cada dia quê passava eu amava mais ainda meu bebê, era um amor extremamente imenso. Sentia-me um pouco amedrontada, porquê tinha medo de quê não conseguisse conhecer o meu bebê, quê algo acontecesse e eu o perdesse assim como perdi meus outros dois bebês, mas com Adam ao meu lado todo esse medo parecía diminuir aos poucos.

O toque alto de uma ligação no celular me assustou me tirando dos devaneios.

-De quem é?-questionou Adam tentando encontrar de onde o barulho estava vindo.

-Sei lá.-falei o ajudando a procurar e em seguida encontrei o celular em cima da mesinha de centro-É meu amor, já achei! -gritei para quê Adam ouvisse e o mesmo gritou um "Ok"

Assim quê atendi o celular reconheci prontamente a quem se referia a voz, era o senhor Bob Ruzek pai de Adam ou melhor, meu sogro. O mesmo parecía não simpatizar muito comigo e eu não sabia exatamente o porquê, mas segundo Julie irmã do Adam a rixa comigo era por conta da ex-noiva de Adam, a Wendy. Pelo oquê eu entendi o pai de Adam gostava muito dela e apoiava a união dos dois, então para ele eu era um tipo de obstáculo quê afastava o seu filho da "mulher ideal para ele"

Pela chamada Bob me pediu ajuda, confidenciou quê estava preso a quase dois dias e queria quê eu fosse pagar a sua fiança para quê por fim fosse liberado, o valor da fiança era altíssima custava em torno de vinte mil reais. E além disso meu sogro me pediu para quê eu não contasse a Ruzek sobre oquê estava se passando, ele sabia quê receberia um sermão do filho e estava querendo evitar. A verdade era quê Bob não valorizava sua família e geralmente se envolvia com problemas imensurável.

Depois quê encerramos a conversa, inventei uma desculpa para Adam de quê iria me encontrar com minha irmã Nicole para resolver alguns assuntos do casamento. E saquei a quantia especificada por meu sogro para quê ele fosse libertado. Já faz um tempo quê estou querendo falar algumas verdades para meu sogro e algo me dizia quê seria hoje.

...

Bob abriu a porta de sua casa e eu entrei, abri as janelas afim de arejar o local quê estava aparentemente fechada a dois dias. A madrasta de Adam havía sido encontrada a alguns dias atrás e depois de todo o trauma quê passou nas mãos dos criminosos a mesma decidiu se divorciar de meu sogro, e definitivamente errada ela não estava. Ele havía passado de todos os limites e sua imprudência e inconsequência quase fez com quê ele perdesse sua esposa. Egoísmo e falta de empatia era outros defeitos de Bob.

Bob sentou-se em sua poltrona e retirou seus sapatos, fazendo com quê eu forte cheiro de chulé aparecesse e eu decidi quê seria melhor ficar próxima a uma das janelas para tentar amenizar o terrível cheiro.

-Estava cansado, passei dois dias naquele lugar horrível.-disse o mesmo e eu me segurei para não revirar os olhos.

-Espero quê tenha cansado de se envolver em confusões.-exclamei e o mesmo me olhou incrédulo.

-Do quê está falando?-questionou se fingindo de desentendido.

A essa hora já estava sentindo o estresse tomar conta de mim, não era possível quê ele continuasse levando as coisas nessa irônia toda, enquanto sua família sofria por conta de suas decisões irresponsáveis.

-Por favor, não venha fingir quê não sabe a quê estou me referindo. Depois de tudo quê sua esposa passou nas mãos daqueles criminosos por sua causa, achei quê finalmente perceberia as besteiras quê faz e se desse conta de quão tóxico está sendo para sua família.-desabafei.

-Olha eu te pedi ajuda para não precisar ficar ouvindo sermões de meus filhos, então você não venha me repreender.-esbravejou.

-O senhor não sabe valorizar as pessoas e não sabe oquê é amar um filho.-lhe acusei.

-Você não sabe de nada, é logico quê eu amo meus filhos.-reclamou.

-Pois então está amando errado, oquê está fazendo eles passarem não é amor e sim irresponsabilidade. Está na hora do senhor entender quê as suas atitudes afeta seus filhos e só os fazem ficar ainda mais magoados.

O mesmo me olhou ainda incrédulo geralmente eu via tudo e fica calada optava sempre por não me meter, afinal já tinha problemas suficientes com a minha família, não iria me envolver em mais. Porém ver Adam daquela maneira me fez repensar essa questão, eu não conseguiria ir para casa sem ao menos lhe dizer algumas verdades.

-Não estou falando por mal, pelo contrário. Eu amo o seu filho e sei oquê ele passa por conta disso. Então por favor, repense em tudo isso!-falei e sai de sua casa o deixando pensativo.

Eu desejava de todo o meu coração quê o mesmo entendesse as minhas palavras e finalmente mudasse.

...

Assim quê cheguei em casa encontrei Adam deitado no sofá, ele estava ouvindo música e desligou o som assim quê me viu. O mesmo abriu um sorriso e pediu para quê eu me aproximasse.

-Oi querida! Como foi lá com a Nick? Conseguiu resolver?-perguntou e sentou-se no sofá.

Deitei no mesmo sofá e apoiei minha cabeça na almofada quê estava sobre o colo de Adam, e não demorou para quê ele começasse a fazer um carinho em meus cabelos.

-Foi ótimo, consegui resolver tudo.-menti.-E você está bem?

-Estou muito bem, porquê tenho vocês dois.-disse e deixou o carinho na minha cabeça, para passar a mão cuidadosamente sobre o pequeno volume em meu ventre.

-O papai e a mamãe estão ansiosos para te ver bebê, você terá a melhor mamãe do mundo, ela é incrivelmente e absurdamente maravilhosa.-sussurrou conversando com o bebê, e eu fechei meus olhos apenas ouvindo a conversa com um sorriso largo nos lábios.

Estava feliz, como nunca estive em toda a minha vida e desejava profundamente quê esses momentos durasse para sempre.

...

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