Ao Seu Lado.

Capítulo25

Capítulo dedicado a minha irmã quê me ajudou na edição desse capítulo. larigmailfreire

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Estava deitada no sofá de minha casa, entediada. Enquanto buscava ansiosamente na tv algo para me manter entretida. Hoje era sexta-feira, Adam estava no trabalho e para minha infelicidade, fui deixada em casa, por conta dos cuidados e preocupações quê meus amigos estavam tendo comigo. Desde o episódio dramático do shopping causado pela miserável da Wendy, todos estavam me tratando com cuidados redobrados, e um deles foi quê eu não precisaria ir até o distrito, já quê poderia facilmente trabalhar em home office. Segundo Kevin era muito mais seguro.

E meus dias estavam sendo resumidos, a idas rápidas ao hospital para consultas e exames, home office, preparativos para o casamento e tédio e mais tédio. Até mesmo os enjôos haviam dado uma trégua por conta de um remédio quê Natalie havía me prescrito.

Para piorar tudo, meus pensamentos estavam me atormentando, principalmente por conta do casamento quê se aproximava cada vez mais, estávamos a três semanas da data escolhida, e a ansiedade para quê tudo desse certo, estava acabando com a minha serenidade.

-Oras, não tem nada de bom para assistir nessa TV.-resmunguei e desliguei o eletrônico, jogando em seguida o controle em cima do sofá.

Me levantei decidida a me arrumar, estava cansada de ficar em casa. Talvez uma ida ao trabalho não me fosse tão mal, afinal eu não correria perigo algum trabalhando na mesa...tomei um banho rápido, vesti uma roupa confortável. Já quê maioria de minhas roupas já estavam ficando apertadas por conta do vulume da barriga quê crescia cada vez mais.

Entrei em meu carro e tratei de ligar o aquecedor já quê o frio estava terrível. Liguei o rádio e estava tocando a música "Next to me" de Imagine Dragons. Bati meus dedos pelo volante enquanto balança minha cabeça ao ritmo da música.

"Something about the way.-cantarolei."

"That you walked into my living room."-a letra da música saía facilmente por minha boca.

Eu cantava e sorria ao se lembrar quê essa era uma das bandas preferidas minha e de Adam, e por alguns instantes me deixei levar pela música. Era inacreditável o quanto essa música me lembrava um pouco de minha relação com Adam, a maneira como ele me amava apesar de todos os porquês.  Mesmo nos meus momentos difíceis, até quando decidi me afastar dele, Adam sempre esteve aqui. Por mim...E eu era extremamente grata por tê-lo em minha vida.

Teria cantado mais, porém a música terminou sendo substituída pela voz do Locutor quê anunciava as últimas notícias de Chicago. Cansada dos problemas do dia a dia, desliguei o rádio e me atentei novamente ao trânsito.

...

Estava dirigindo na tranquilidade até quê senti algo bater em meu carro, me fazendo freiar rápidamente e estacionar o carro próximo a uma loja de conveniências. Minha respiração estava ofegante por conta do susto, mas tive quê deixar o susto de lado, para sair do carro e ver oquê havía ocasionado tudo isso, mas antes de saír. Peguei minha arma e meu rádio por precaução.

Ao sair do carro, avistei algumas pessoas no estabelecimento quê vinham até mim, perguntar se estava tudo bem. Afinal, o som do carro deslizando havía sido bem alto. Respondi a todos o mais breve quê pude e fui em direção a um carro quê estava com os vidros quebrados e com a frente amaçada, provavelmente foi o mesmo quê bateu em meu carro.

Me aproximei cautelosamente e antes quê chegasse próximo a janela fui surpreendida por um disparo vindo de dentro do automóvel, quê por sorte não me atingiu. Me escondi atrás de um carro e respirei fundo pegando o rádio para avisar a central.

"-10-1, 10-1. Disparos contra polícial a paisana.-afirmei e disparei contra um homem quê estava dentro do carro, segurando uma arma."

"-Por favor polícial nos informe seu código...-pediram pelo rádio."

"-Eddie. Sou da inteligência, estou a paisana e de licença para maternidade. Preciso de reforços...Aparentemente dois criminosos armados."

Um silêncio rápido surgiu do rádio, aproveitei a oportunidade e olhei com cuidado em direção ao carro para ver onde estava os criminosos e me surpreendi com a audácia de um deles quê caminhava lentamente em minha direção.

-Fique onde está agora!-gritei e apontei a arma firmemente em sua direção.

"Eddie, está me ouvindo??-perguntou o atendente.

-Estou.. ESTOU.-gritei ainda olhando ao criminoso quê continuava vindo em minha direção, só quê dessa vez mais rápido.

-Eu mandei você parar!-ordenei e disparei contra o mesmo, fazendo o mesmo cair no chão por conta do impacto.

Ao fundo podia ouvir o atendente dizer algo, mas não me atentei ao quê, e me aproximei do criminoso. Peguei sua arma e joguei as cápsulas ao chão, em seguida chequei os sinais vitais para saber se o mesmo ainda estava vivo, já quê na hora quê caiu. Acabou desacordado. Confirmei quê o mesmo estava sem pulso, e me atentei ao outro criminoso quê saiu do carro cambaleando, tentando fugir.

Corri em direção ao mesmo já quê ele passou a acelerar os passos também, mas em um reflexo rápido o mesmo se virou em minha direção com uma arma de grosso calibre em mãos, apertou o gatilho, mas antes quê eu pudesse reagir ou até mesmo o próprio chegasse a atirar. Um disparo passou por sua cabeça e o derrubou.

Ouvi passos acelerados atrás de mim e engatilhei minha arma me virando pronta a atirar em quem fosse preciso.

-Kim sou eu...-Sean disse e eu suspirei aliviada, me sentando na calçada, pra tentar me recuperar do susto.

-Você está bem?-o mesmo disse e sentou-se ao meu lado. Apenas assenti e fechei os olhos, não estava nem um pouco afim de conversar.-Ouvi a rádio, cheguei o mais rápido quê pude...

Havía acontecido tudo rápido demais, de modo quê uma tontura indescritível me atingiu. Estava tudo tão confuso.. Maldita a hora quê eu insiti em sair de casa.

-Eu sinto muito por tudo isso Kim.-meu ex-parceiro sussurrou e tocou em minhas costas tentando me passar apoio.

-Eu sei...eu só...argh. Com licença.-falei e levantei-me rapidamente correndo em direção a lixeira mais próxima, despejando todo meu desjejum lá.-senti alguem segurar meus cabelos e deslizar as mãos por minhas costas.

-Ei, está tudo bem.-Sean disse e me entregou um pedaço de papel para eu limpar minha boca.

Peguei o papel e assim o fiz, sentindo um arrependimento tomar conta de mim.

-Merda,Merda,Merda...-falei e joguei o papel no lixo.

-Kim? Olhe para mim.-pediu o mesmo, mas eu apenas continuei caminhando.

Era extremamente incrível a minha capacidade de me colocar em situações de perigo. Poxa, e se Sean não aparecesse? Oquê seria de mim? Oquê seria de meu bebê? Mais uma perda, não poderia aguentar... Não suportaria.

-Olhe para mim!-Sean disse e segurou em meu braço, fazendo com quê eu virasse.-Kim, já passou. Você está aqui o bebê está bem.-argumentou.

Abaixei minha cabeça e soltei meu braço me afastando do mesmo.

-Eu poderia ter matado ele, o meu bebê. E não Sean! Isso não é bom, e não está tudo bem!...-disse sentindo as lágrimas brotar em meus olhos.-Agradeço por ter nos salvado, mas não venha me dizer quê está tudo bem, porquê claramente não está!

Desabafei e saí, antes quê chegasse a chorar. Agora eu entendia o quão perigoso era. Entendia os cuidados exagerados de todos comigo. Eu era uma ameaça a mim mesma e ao meu bebê, por conta da minha mania de me meter em áreas e situações de risco.

Definitivamente algumas decisões terão quê ser tomadas, para a proteção do meu bebê.

...