Amorteamo (Camila/You)

Capítulo 6 - Que venha o inferno

Oii lindes e perfeites, acabou que a preguiça bateu e nem consegui atualizar duas vezes ontem, mas trouxe o capítulo hoje pra vocês.

POV S/N

- Como foi? - Me assustei com Lauren sentada na minha cama e olhando diretamente pra mim.

- Como foi o que? - Perguntei trocando de roupas.

- É sério?

- Foi normal - Disse colocando uma roupa mais confortável.

- Conta outra, s/n - Lauren se levantou - Você não vai falar sobre o quão bonito são os olhos da Camila?

- Os olhos dela são normais - Disse voltando a minha atenção para as minhas roupas - Já acabou o interrogatório ou... - Eu fui interrompida por minha prima colocando a mão em minha testa.

- Você deve tá doente, só pode.

- Eu sou a morte, Lauren - Disse em tom divertido, não acredito que a minha prima estava levantando uma questão dessas - Tenho certeza que não estou doente, até porque nem morrer de alguma doença eu posso - Eu já me deitava na minha cama - Agora se me der licença, eu preciso dormir, porque amanhã tenho muito trabalho a fazer.

- Eu vou descobrir o que aconteceu - Disse Lauren saindo do quarto e eu só tentava pensar no dia seguinte, já que aquele encontro que tivemos não me parecia relevante.

POV CAMILA

- Esperava que você fosse virar a noite - Disse Ariana me assustando quando eu entrei em casa - Com essa cara parece que o encontro não foi o dos melhores.

- É - Joguei minha bolsa de qualquer jeito no sofá e fui em direção ao meu quarto. Precisava descansar pra amanhã.

- Nem me expulsou da sua casa, a coisa tá séria - A baixinha disse entrando no quarto.

- Eu tô bem, só ando cansada - Deitei na minha cama e fechei os olhos com a mesma roupa que eu estava, até que ouvi Ariana saindo do quarto e abri os olhos novamente me permitindo pensar sobre como seria amanhã.

Seis da manhã e o meu relógio tinha despertado, já que eu teria um longo dia no hospital. Maldita hora que eu escolhi ser médica. Me levantei querendo voltar pra cama, tomei meu banho, me vesti e fui em direção ao meu carro. O café teve que ficar para outra hora, já que eu fiquei um bom tempo no banho olhando pro nada. Quem nunca fez isso que atire a primeira pedra. Depois de quase uma hora de trânsito cheguei no hospital, peguei um café da máquina de café e fui ver os meus pacientes. Até aquele momento tudo corria bem, tanto que até me permiti tirar um cochilo em minha sala.

- Doutora Camila - A enfermeira me chamou e eu acordei assustada.

- O que foi?

- Os batimentos do senhor Álvaro estão caindo, a doutora Hailee está lá, mas acharam que seria melhor te chamar - No mesmo instante me levantei, não acredito que deixaram a Hailee se meter com o meu paciente.

- O que aconteceu? - Perguntei entrando na sala, onde estava uma confusão.

- Os batimentos do senhor Álvaro estão baixos, mas eu já apliquei insulina, só que... - Hailee dizia, mas eu o ignorei pegando o desfibrilador - Não, Camila - Ela entrou na minha frente.

- Saí da minha frente Hailee - Disse tentando me desviar da mulher e falhando na mesma hora.

- Não, Camila. Essa tentativa será em vão.

- Saí da minha frente Hailee ou eu uso esse desfibrilador em você - Gritei irritada e a mulher saiu da minha frente - Você ainda tem uma vida inteira pela frente - Disse após usar o aparelho no homem e falhar - Vamos, reage - Usei o aparelho novamente e nada.

- Camila... - Hailee iria dizer algo.

- Cala boca Hailee - Disse colocando o aparelho novamente no peito do homem e por algum motivo os batimentos do meu paciente tinha voltado. O que me fez respirar aliviada - Quero um check-up completo pra ele, nós precisamos saber o que aconteceu - As enfermeiras logo foram fazer o que eu pedi e eu saí do quarto indo olhar os meus outros pacientes.

- Bom dia senhora Paes, como a senhora está?

- Eu estou ótima e você doutora Camila?

- Melhor impossível - Dei um sorriso falso e comecei a olhar o prontuário da mulher, até que do nada ela começou a ter uma convulsão e eu rapidamente fiz os procedimentos médicos necessários para que a mulher sobrevivesse. Ela teve a sorte de me ter por perto. Passado por esses dois momentos de tensão, resolvi dar uma pausa e comer algo. E pensar que eu achei que o dia ia ser fácil.

- Será que dá pra você parar? - Me assustei ao ver s/n na minha frente.

- Parar com o que?

- Você tá atrapalhando meu trabalho - A mulher se sentou na minha frente e eu a olhava com cara de paisagem, enquanto ela revirava os olhos - Ainda se faz de desentendida, quem te enviou pra infernizar a minha vida? Foi o Hades né?

- Garota? Você deve tá maluca, porque eu não fiz nada - Disse voltando a minha atenção pro meu sanduíche.

- Fez nada? Só tomou a alma deles de mim e ajudou a Normani fazer isso comigo - Ela levantou a blusa mostrando a barriga com um roxo. Eu até me distrairia com a barriga impecável dela, mas eu queria tentar entender o que eu tinha feito - Eu sou a morte, acho que já te disse isso.

- Você precisa de um psicólogo - Me levantei e segui caminho até a porta, mas s/n segurou o meu braço.

- E você precisa parar de salvar as pessoas - A mulher respondeu irritada.

- Você ouviu o que você acabou de falar? Por que eu acho que só posso ter escutando errado - Eu estava indignada por s/n ter falado algo do tipo, o quão insensível ela era pra ter dito algo do tipo.

- Se você não ouviu, eu posso repetir - Ela deu uma pausa e começou a proferir as palavras lentamente - Deixa as pessoas morrerem.

- Eu não deixo as pessoas morrerem, eu sou uma médica, salvar vidas é o meu trabalho.

- Salvar vidas que não precisam ser salvas, Cabello? Grande médica você - A mulher disse em tom irônico e aquilo me fez odiá-la por um instante.

- Quem é você pra falar mal de mim e do quão boa médica eu sou? - Acabei gritando, aquela mulher estava me irritando ao extremo - E quem é você pra julgar quem ou merece ser salvo? Porque Deus eu tenho certeza que não.

- Você está certa, eu não sou deus, mas sou neta de Hades e princesa do submundo, então eu sou mais do que você pra falar algo - A mulher disse e eu comecei a rir de ouvir tanta baboseira.

- Hades? Mitologia Grega? Vou é trabalhar que eu ganho mais - Eu soltei a minha mão da mulher.

- Ou você faz o que eu disse ou eu faço da sua vida um inferno - A mulher gritou em tom de ameaça.

- Que venha o inferno - Disse em tom debochado depois de virar pra mulher e em seguida fui em direção a minha sala, morrendo de raiva. Quem era ela pra criticar a minha profissão? Medicina é uma das profissões mais lindas e eu não deixaria de salvar vidas por causa de uma doida varrida.

Até o próximo capítulo