NOVO MUNDO

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"Se isso continuar assim...", gritava um homem, "Parem logo isso, o mais rápido possível", havia mais um homem gritando aflito, "A próxima geração... Pagará pelos nossos erros... ", "Sim... o erro de querer ter um mundo perfeito", disse o terceiro homem que estava na sala.

3000 anos depois.

- Já amanheceu? Sério? Ahhh, eu mal dormi! — Essas foram às primeiras palavras de Ten ao acordar, ainda deitado ficou a reclamar, mas não havia mais o que fazer, foi levantando lentamente, se espreguiçou, em seguida foi a casa de banho tratar da higiene pessoal, voltou para o quarto para vestir, colocou calção azul, t-shirt azul e um ténis azul, ficou de frente ao espelho para organizar o seu cabelo afro da cor branca que chega até as costas, terminando, voltou a colocar o seu brinco na orelha direita. Saiu do quarto para a cozinha, preparou o pequeno-almoço, se alimentou, deixou mais comida na mesa com um bilhete, pegou na mochila azul, foi a andar. O clima fora de casa era quente, o sol tomava conta daquela manhã em Herz, os adultos iam trabalhar, as crianças iriam para a academia pela tarde. Chegando no bar em que trabalha, ainda com a cara amarrotada, deu um sorriso, saudou os seus colegas enquanto ia a bocejar para o vestuário, retirou a sua roupa, colocou o uniforme do bar, calças brancas, camisa preta, avental preto. Ten prendeu o seu cabelo para poder trabalhar sem problemas.

- Aumentei as horas de treinos, quero aperfeiçoar os meus poderes mágicos para... — Falou o jovem que se encontrava no bar, para a jovem que estava ao seu lado, falou tão alto que todo o mundo que se fazia presente no bar acabou a ouvir, consequentemente a curiosidade cresceu no meio deles, visto que o jovem não terminou a fala. Às pessoas se viraram para a mesa deles, Ten não deu a mínima importância, continuou o seu trabalho atrás do balcão, na verdade, ele ainda pensava na sua cama quente, como seria bom estar nela ainda.

- Aprenda a falar baixo, Djony, olha o que você provocou! — Falou à jovem que estava na mesma mesa que o homem que acabara de falar, o seu nome é Sany, ela tem cabelos ruivos que chegam até ao pescoço, as suas franjas cobrem completamente as suas sobrancelhas, ela é linda, tem 1,69 m de altura, olhos negros, 16 anos, tem uma voz meiga, usava saia preta e t-shirt vermelha. O seu amigo Djony tem o cabelo cortado nas laterais, olhos verdes, cabelo castanho preto, 1,71 m de altura, tem 16 anos, usa uma T-shirt branca, calção e ténis pretos.

Havia mais um jovem ao lado da mesa da Sany e Djony, levantou-se muito empolgado, ele sabia que Djony falava. O bar estava cheio, as pessoas se perguntavam do que se tratava.

- O que acontece com esses jovens? — Nina e Mel estavam na cozinha, quando ouviram os gritos que vinham de dentro, correram para saber o que havia acontecido.

Aproximaram-se de Ten, perguntaram-lhe o que acontecia, colocando um sorriso, olhos abertos, mãos para trás para obterem uma resposta, Ten servia bebida para alguns clientes no balcão, olhou de relance para elas, sorriu, voltou a fazer o trabalho sem abrir a boca. Nina reclamou com ele, mas ele não estava preocupado com isso. Nina tem os olhos negros, trançou os seus afros, 1,69 m de altura, tem um sinal de nascença por baixo dos lábios, a sua voz é fina, tem 16 anos, estava devidamente uniformizada igual o Ten. Mel tem o corpo mais avantajado, o seu cabelo é longo e solto, olhos negros, 1,67 m de altura, tem 16 anos, a sua voz é meio grossa, também estava devidamente uniformizada. O outro jovem levantou-se para contar o que acontecia. Gritando falou.

- Na próxima semana haverá um torneio na cidade, aquele que vencer poderá escolher em qual das equipas entrar. E, além disso, terá uma recompensa financeira! — O rapaz falou alto e muito empolgado, o seu nome é Kay, tem 1,72 m de altura, careca, tem barbas, 18 anos, a sua voz é grossa, o seu corpo é grande, usava calção preto e t-shirt amarela.

A empolgação aumentou, gritavam de um lado para o outro, brindavam por essa notícia, a bebida circulava mais rápido pelas mesas.

- A que se deve essa empolgação? — Um homem no meio deles não entendia, procurou saber os motivos de tanta festa.

- Não sabes? Oh! Camarada! — Perguntou um dos senhores que também festejava.

- Não vejo motivos para tanta festa, afinal de contas isso acontece todo o ano. — Disse o homem que estava confuso. Esse homem era gordo, tinha o cabelo preto, barba branca.

- Hum!.. Entendi! — Começou por dizer. -Não és deste reino, bem, deixa explicar, estrangeiro. No nosso reino as provas são muito rígidas, normalmente os participantes são obrigados a lutar contra os líderes de cada equipa e somente aqueles que conseguem ferir um deles passam.

- Ahm, entendi! Há mais oportunidades dessa vez, mas esse sistema não é bastante rígido? — Questionou o homem aparentemente insatisfeito com o regime de Herz.

- Os fortes vencem, os fracos perdem! — Essa foi à resposta do homem do reino Herz.

"Maravilha! Agora terei hipóteses, finalmente vou realizar o meu sonho", Elly, uma jovem que se encontrava também no bar, sentada distante da maioria falava para si mesma, depois de inúmeras falhas, agora seria sua hora. Ela tem 1,72 m de altura, usa tranças, olhos negros, é gorda, usa um vestido vermelho.

Sany e Djony se levantaram durante os festejos para ir, caminharam em direção a saída. Quando Sany passou pela porta, um senhor veterano ficou perplexo com ela, tremeu, deixou cair o seu copo de cerveja, pessoas que estavam perto notaram o ocorrido, se aproximaram para saber o que havia acontecido, ele apontou para a Sany, mas ela já havia saído, ninguém viu ela, ele avisou que ela era perigosa por ter aquilo por baixo da franja, mas ninguém viu o que ele falava, as pessoas ao seu redor se olharam, perguntaram "Aquilo? Mas aquilo o quê?".

No final do dia enquanto se preparavam para sair, Marta, a dona do bar chegou até Ten, Nina, Mel, Luna e Hek para saber sobre o torneio.

- Quem vai participar do torneio? — Perguntou a chefe, sorridente, mas meio triste em simultâneo. Marta é uma senhora de idade, tem 56 anos, tem 1,50 m de altura, já não tem cabelos, usa um lenço para cobrir a cabeça, olhos negros, tem apenas um braço, é gorda.

- Eu, eu, eu! — Nina falou enquanto pulava de empolgação. Após retirar o uniforme, colocou calças azuis escuras, camisola branca e chinela.

- Eu também vou tentar, espero passar. — Falou Mel, não demonstrava tanta empolgação igual à Nina, mas estava muito feliz pela oportunidade. Ela usava vestido castanho.

- Eu não quero mais participar, estou bem assim, chefe. — Disse Luna com o rosto feliz. Luna tem 24 anos, 1,69 m de altura, olhos verdes, usa o cabelo curto, é magra, os seus olhos são grossos. Luna usava vestido vermelho.

- Pela minha idade já não é possível, infelizmente, mas ahhhhhhh, quem derá! — Falou Hek se sentido mal, com os seus 29 anos não podia concorrer, se entra para os esquadrões com as idades entre 16 aos 22 anos. Hek usa brincos, tem 1,70 m de altura, cabelo longo, olhos verdes, T-shirt preta e calças de ganga.

Quase todo o mundo falou, Ten não disse nada, estava com a mochila nas costas pronto a ir embora.

- Ten e tu? — Perguntou novamente Marta, agora dirigindo a pergunta a ele.

- Não vou participar, chefe. — Respondeu de costas para as pessoas, apenas era possível ver o seu cabelo branco.

- Fala olhando para nós, não achas errado falar com os seus amigos olhando para o outro lado? Já não há respeito? — Disse Marta, ela ficou chateada com a atitude dele, ela nem usava a sua autoridade como chefe, mas como uma amiga dos seus funcionários.

- Desculpa, chefe, desculpa pessoal. — Dessa vez falou a olhar para os seus amigos.

- Porquê que não? Tu tens talento, e eu vi muito dos seus treinos quando ainda criança. O seu Pai sempre disse que não havia conhecido alguém tão forte com tão pouca idade. — Voltou a falar Marta. Ten, colocou a mão no queixo, deixando a pasta de lado, ficou a questionar.

- Porquê não? Porquê não? Porquê não? É simples, não almejo ser um herói, o mundo já está cheio de pessoas com essa motivação, não precisam de mais um. — Tirou a mão do queixo, abrindo os braços terminou dizendo. - É isso!

- Ten, nós lutamos pelo nosso reino, pelo nosso povo, pais, mães, irmãs e irmãos, amigos... Nós sacrificamos as nossas vidas por eles. Não estamos interessadas em sermos vistas como heroínas, o nosso objetivo é ajudar a manter a paz do reino e a harmonia. — Esclareceu Nina, dizendo o que eles realmente pensavam.

- Desculpa a ignorância, mas qual é o nome dado há pessoas que salvam vidas? — Com as mãos no bolso, novamente com a mochila nas costas, questionou. O ambiente ficou esquisito, ninguém tinha uma resposta.

- Médicos! — Respondeu Mel alegre, todo o mundo sorriu. Olhando para eles, Ten voltou a falar.

- Vocês serão capazes de dar a vossa vida por alguém? Ainda mais por um estranho? — Colocou mais lenha na fogueira.

- Darei a minha vida quando for necessário! — Nina mostrou a sua determinação.

- Pense bem! Não adianta falar e fugir na hora do perigo. — Alertou Ten.

- Então há um motivo para não participares? — Rebateu Marta. Dando um sorriso, ele responde.

- Quem sabe... Nem eu sei!

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