GRITOS DE DESESPERO

47 8 20
                                    

"AHHHHHHHHHHHHH", o grito de criança gritou chamou a atenção das pessoas, Usana surgiu a sua frente com pessoas feridas ao redor, usando sua magia "sombras", ela começou a transportar os feridos e mortos para Herz, ela estava cansada, respirando ofegante, ela levou Adan e Odin que foi encontrado por Bellinda e salva por ela, se tivesse chegado mais tarde, ele teria morrido, mas Bellinda chegou a tempo, também levou o pessoal de Kamém que morreu durante a batalha.

Os policias do reino quando viram Usana, alguns foram a correr para o palácio informar a Hemaga e outros até ela para ajudar.

- HEMAGA, HEMAGA, HEMAGA. — Um dos policiais gritava enquanto corria desesperado.

- Você não pode entrar assim na sala da Hemaga, fica parado ali. — Um dos seus guardas o alertou, mas ele continuou gritando mesmo fora. A Hemaga estava na janela, viu que o reino ficou muito movimentado mesmo sendo de noite e estando chovendo, as pessoas se reunião todos em um único lugar, quando prestou atenção, ela ouviu o seu nome vindo de fora da sala, se virou, foi correndo, Werna que estava dormindo na cadeira, também acordou, ficou olhando ela sair, tentou entender o que se passa.

- Senhora Hemaga, Usana está de volta... — Fez uma pausa na fala, deixou todo mundo mais apreensivo do que já estavam, Werna estava em pé ao lado da Hemaga. -A missão não está correndo bem, ele trouxe muitos feridos e Odin. — Sem o deixar terminar, a Hemaga saiu correndo.

- Ela está no parque principal, HEMAGA. — Gritou o soldado depois de a Hemaga ter ido.

Indo o mais rápido possível, ela encontrou Usana deitada perto da árvore, calada, ela não se mexia, o povo estava ajudando, tapando os mortos, levando para outro local.

- Usana, consegue falar? — Pegando em seu rosto com delicadeza, a Hemaga perguntou.

- Sim... — Exausta, com a voz baixa, ela respondeu. A Hemaga se mais aproximou dela para ouvir melhor, a Werna estava ajudando a curar os feridos. A Hemaga viu como ela estava, ficou calada, apenas a abraçou.

- Hem... Hema... — Com dificuldade começou a falar. — A batalha está perdida. - A Hemaga olhou assustada, não esperava ouvir isso.

- Vou para o campo de batalha! — Anunciou a Hemaga. Todos ficaram preocupados, ela tentou se levantar, Usana pegou em suas vestes.

- Porquê que ela está assim? Muito fraca. — Perguntou Werna olhando para Usana.

- Ela deve ter usado muito a sua magia das sombras, quando NA se esgota, o resultado é esse. — Explicou a Hemaga, Werna se aproximou dela, colocou as mãos na cabeça dela, usou "cura natural", plantas surgiram ao redor delas, Usana começou a recuperar.

- Hemaga, não vá, por favor. — Falou Usana, ainda com dificuldade.

- Porquê?

- A Hemaga se deixar o reino, ninguém poderá nos defender... e o melhor por agora é recuar, eu vou tirar todos de lá quando recuperar mais NA, a Hemaga não seria capaz de retirar eles sem lutar. — Mesmo exausta, com a respiração ofegante Usana se esforçava para falar. A Hemaga ergeu os olhos para céu, a água da chuva caia sobre os seus olhos.

- Está bem, estou contando contigo, Usana! — Baixando a cabeça, respondeu Usana com a voz rouca. Por dentro não concordava com a ideia, pensava que o melhor seria se envolver, ainda assim permanecer no reino era a melhor escolha.

- Obrigado, Hemaga!

- Onde está Odin? Ouvi que ele também veio. — Procurando Odin com os olhos entre os feridos, a Hemaga questionou.

- Ele já foi levado para dentro, está muito ferido. Não acorda desde o seu último ataque, o mesmo acontece com Adan. — Falou ela ainda sem muita força.

A Hemaga inclinou a cabeça para o lado.

- Senhores, preparem mais camas limpas, comida e muita roupa para os cavaleiros que vão chegar em breve, por favor. — Deu ordem aos médicos que ali se encontravam.

- Senhora, não pode entrar nessa área! — A enfermeira alertou a senhora que caminhava chorando.

- Eu não quero saber, onde está a minha filha? — Apreensiva, com lágrimas nos olhos, Ena mãe de Sany procurava sua filha entre os mortos e feridos. -Onde está a minha filha! — Ela voltou a berrar, caiu no chão chorando, a Hemaga se aproximou rapidamente dela para ajudar a levantar.

- Sr. Ena, acredito que ela ainda esteja em campo de batalha e bem, Sany é forte. — Tentou a acalmar com essas palavras. Sem perceber, a cidade ficou mais movimentada, as pessoas foram saindo de suas casas para saber o que se passava, pais de outros cavaleiros mágicos também estavam ali.

- Hemaga, onde está o Nyzan? — Perguntou a Mãe de Nyzan, calma. A Hemaga virou para ela, ficou surpresa com a quantidade de pessoas que haviam chegado.

- Sany está viva? – A Sr. Ena voltou a questionar.

- Acredito que sim. — Falou ela a Hemaga baixo.

- Não acredito muito. — Uma voz distante da multidão foi ouvida, a pessoa começou a caminhar, falou mais. - Se Odin e Adan estão nesse estado, imaginem os moloques! — Era Pauna, uma mulher que quis ser a Hemaga do reino, mas perdeu para Marie, seu cabelo são loiros, tem os olhos azuis, pele clara, 1, 70 m de altura, tem um "x" por baixo do queixo e outro na mão esquerda. Ela estava acompanhada dos seus soldados, ela é a responsável do distrito de 99, foi a própria Hemaga quem a deu esse cargo. Os homens que estavam ao seu lado são cavaleiros mágicos, eles protegem o distrito 99, havia ali três soldados.

- Pauna, não fale do que você não sabe. — Advertiu a Hemaga, Usana ficou olhando enquanto se recuperava.

- Olhem bem, Usana é uma das melhores cavaleiras mágicas, Adan e Odin já nem se fala, são do top, estão assim, imagina as crianças, claro que já morreram. E de quem é a culpa, Marie? — Preferindo essas palavras, deu um sorriso.

- Minha, somente minha. — Falou a Hemaga, seu rosto mostrava medo, dor, tristeza, uma junção de sentimentos negativos.

- Hemaga, eu não posso perder o meu filho novamente, faça algo agora!! — Gritou a Mãe de Nyzan, acabou se alterando.

Tina e a Sr. Tany estavam de mãos dadas, vendo da janela de casa a agitação tomando conta do lugar. Tina largou a mão de sua mãe, foi para o quarto dormir, dona Tany foi atrás dela, viu que sua filha estava dormindo na cama de seu irmão.

- Parece que essa chuva não pára! — Abrindo a porta de casa Celma falou para si, se sentou a frente de casa onde ouvia todo barulho que vinha do jardim do reino, não se juntou a eles, sentou ali mesmo.

- Papai, onde está a Mãe? — Perguntou Laira, irmã mais nova de Nyzan, ela acordou com o barulho da chuva, foi até ao quarto dos seus pais, nenhum dos dois estava na cama, saiu para procurar até encontrar seu pai na sala.

- Sentado, lendo o jornal, seu Pai respondeu. — Sua Mãe está preocupada com seu irmão, filha.

- E Papai não está? — Perguntou ela após ouvir a resposta de seu Pai.

- Não, não estou. — Sorriu para sua filha.

- Ela ama mesmo muito o Nyzan. — Falou Patrick para si mesmo, levantou, pegou em sua filha pelas mãos, a levou para cama.

- Hemaga, estou melhor, eu vou resgatar todos. — Avisou Usana, se levantou, estava pronta para voltar.

- Queres tanto assim morrer? — Perguntou Pauna sorridente.

- Diga? — Usana não entendeu o que ela quis dizer.

- Vais voltar para a guerra que ela e os outros criaram, somente para morrer? — Pauna falou sem rodeios.

- Eu vou atrás dos meus companheiros, não da morte. Senhora. — Chateada Usana respondeu.

- Já devem estar todos mortos. — Falou Pauna, saiu do meio do jardim, foi para baixo de um edifício.

- Não importa! Nem que seja para voltar com os corpos deles, eu ainda assim irei! — Serrando o pulso, Usana respondeu olhando para ela. Usando sua magia de sombras, Usana voltou para o campo de batalha.

- Boa sorte, voltem logo e em segurança. — Falou a Hemaga pegando em seu peito.

Em alguns minutos Usana estava de volta ao campo de batalha.

- O que vocês estão fazendo? — Perguntou Usana sorrindo para os seus companheiros.

- O que achas? — Respondeu Bellinda também sorrindo. Ela estava curando Angel, Kay, Elly, Launia e Laenny, conseguiram achar um local seguro para elas.

- Bem, vamos embora, cheguei para o resgate. — Falou Usana.

- Calma, precisamos levar o corpo do Posseidon. — Falou sem saber que Usana ainda era inocente sobre o ocorrido.

- Posseidon morreu? Como? — Lágrimas caíram do seu olho.

- Vamos conversar mais sobre isso depois, pega nele e nos leves embora daqui.

- Onde ele está? — Com o tom baixo, semblante triste, ela perguntou.

- Ele foi morto... e retiraram a cabeça do seu corpo. A sua cabeça no top do reino, em uma estaca, o seu corpo não se sabe onde está, tenta procurar, por favor. — Falou Bellinda, ainda curando seus companheiros.

Usana foi atrás do corpo de Posseidon, usou o poder da sombra para se mover e localizar consoante a NA, encontrou o corpo danificado, Posseidon estava em péssimo estado, com lágrimas nos olhos, dificuldade em andar, ela se sentou perto do seu corpo por um tempo, colocou as mãos em sua cabeça, chorou por um tempo, limpou sua lágrima, se levantou, pegou no corpo, foi atrás de sua cabeça que estava em uma estaca, voltou para os seus companheiros. Bellinda cozeu a cabeça de Posseidon ao seu corpo, Usana estava a lagrimar muito ainda.

Depois disso, Usana usou seu poder para regressar.

"Muito bemmm", o povo gritou de alegria vendo eles de volta. Olhando para os cavaleiros, notaram a triste em seus olhos. Posseidon foi levado coberto para não deixar o povo assustado com a sua aparência.

O jardim estava cheio, muitas pessoas estavam à espera deles.

- Bom trabalho, Usana, muito obrigado. — Um pouco feliz, agradeceu a Hemaga após ver alguns dos cavaleiros no reino de volta.

- Vou me encarregar do hospital, eu serei a responsável. — Falou Bellinda indo diretamente para o hospital criado, seus companheiros eram levados em macas, Elly também dormiu.

-Menina, você viu a minha filha?

- Desculpa, como ela se chama? — Perguntou Bellinda sem saber.

- Sany. – Os olhos de Bellinda se abriram após ouvir.

- Desculpa, eu não estava com ela. — Falou com a sua voz suave, foi andando para o hospital.

- Hemaga, Posseidon está morto. — Falou Angel em tom alto, quando era levado para dentro do hospital na maca, todos ouviram. Pauna sorriu discretamente.

A Hemaga não respondeu nada, o silêncio tomou conta dela.

- Eu avisei, ela mandou todos para o inferno. — Atirou novamente Pauna.

Bellinda e Usana se olharam, não falaram nada, cada uma foi para o seu lado.

Andando pela cidade em guerra, ele caminhava sem pressa.

- Hey, parado ali! — Brony falou, Jaurina estava ao seu lado. O homem não parou, continuou a caminhar.

- Será que ele é surdo, Brony? — Questionou Jaurina.

- Vamos já descobrir. — Respondeu Cismo indo na direção deles, arrastando a sua espada pesada. Brony olhou para o lado, acabou lembrando de já o ter visto.

- Bom, agora somos três. — Falou Jaurina mudando de posição. O homem parou de se mover, tirou o capucho da cabeça, levantou o rosto com um sorriso enorme nos lábios.

- Então, será três contra um? — Revirando a sua cabeça, perguntou Ten.

- Sim, ou há algum problema? — Cismo bocejando após falar.

- Não, não, se vocês querem passar vergonha em grupo, para mim tanto faz. — Falou ele gesticulando.

- Eu já vou tirar esse sorrisinho lindo de sua cara. — Falou Jaurina séria, Brony estava rindo da ousadia dele. A intensidade da chuva aumentou repentinamente.

- Olha, fiquei com ciúmes. — Sany bateu palmas enquanto caminhava até o local onde eles estavam. Olharam de lado e viram ela.

- Faz tempo que não te vejo, gata. — Ten abriu os braços para Sany.

- Hey, chega de papo. — Falou Brony, e começou a caminhar.

- Posso me juntar a festa? — Nyzan estava encostado na parede do bar.

- De onde você apareceu? — Surpreso perguntou Brony.

- Ah, eu? Vocês estavam muito focados no moleque aí e nem me notaram. — Explicou Nyzan.

No bar.

- Obrigado pelo café, estava um pouco amargo, mas é muito bom. — Entregando a xícara ele falou.

- Não tem de quê, e espero que o senhor seja feliz no inferno. — Recebendo a xícara Pogy sorriu.

- Está se referindo ao veneno? — Djony perguntou sorrindo. Pogy ficou surpreso com a resposta dele. -Eu sei que tinha veneno, infelizmente para si, venenos não me atingem. — Deu muitas gargalhadas após falar.

- Ok, sinto muito por ti, eu queria dar-te uma morte sem dor, mas já que insistes, "explosão". — Cruzou as suas mãos, depois abriu, ele explodiu o local em que estavam "bommmm", tudo ao redor quebrou, Djony foi parar fora do bar com o impacto, todos que estavam fora, baixaram para não se ferir com os pedaços, Sany correu para o ajudar a parar, ou ele ia contra os muros. Agora havia 4 pessoas de cada lado.

- Cismo. — Movendo a cabeça para baixo, Pogy o saudou.

- Pogy. — Respondeu de volta. Djony levantou, olhou e reparou que foi salvo pela Sany, não falou nada, Ten olhou ao redor, sorriu.

- Vamos começar com a festa? — Nyzan atirou a sua capa para o chão, todos eles começaram a se mover.

O Mundo AmaldiçoadoOnde histórias criam vida. Descubra agora