INÍCIO DO ASSALTO AO PODER

9 2 0
                                    

-Acordem! — Passando de quarto em quarto, Odan batia a porta e falava. Os cavaleiros mágicos começaram a levantar lentamente, eram 10h da manhã, o sol estava escaldante.

- O queee foiii? — Com a voz sonolenta, Usana perguntou.

- Eu estava a vossa procura! — Odan falou se sentando na cadeira de madeira.

- Nós fomos ao bar. — Bellinda esfregando a sua cara com as mãos, voltou a falar.

- Da para ver, voltaram tão tarde que nem trocaram de roupa. — Odan estava com a cara trancada olhando para eles, estavam uniformizados.

- O que aconteceu? — Nyzan bocejou antes de falar.

- A Hemaga deu-nos duas missões. — Odan falou, eles estavam na sala.

- É tão urgente que nem podiam esperar acordarmos? — Jerna falou pela primeira vez.

- Sim! Vão se organizar logo. — Odan falou, saiu da sala. Mesmo não querendo, cada um foi tratar da sua higiene. Uma hora depois estavam todos prontos, equipados a rigor, calças pretas, t-shirts brancas e moletons pretos.

- Estamos prontos! — Jerna informou, os seus companheiros estavam ao redor dela devidamente equipada, Odan olhou, sorriu.

- Vamos para o castelo. — Foram saindo um a um, Ten estava de mão dadas com a Sany, Nyzan estava perto da Sany, conversavam, Nina sorria bastante, Djony estava ao lado de Bellinda e Mel, Usana perto de Odan, Laeeny ao lado da Usana. Havia muitas pessoas na rua paradas olhando para eles, entre eles haviam crianças, jovens e velhos.

- O que está acontecendo? — Jerna falou baixo.

- Diga? — Odan se aproximou dela para ouvir.

- Eles estão olhando para nós com desdém! — Jerna virou a cabeça ao redor, Nyzan e Ten também estavam olhando ao redor. Um novo grupo de pessoas surgiu com cartazes escrito e gritando.

- CULPADOS, CULPADOS, CULPADOS!!! — Paunela fazia parte do grupo que gritava, uns começaram a cuspir em direção a eles, outros atirando pedras e garrafas.

- Que PORRA É ESSA??? — Djony se virou para eles gritando. Surgiu uma pedra em direção a Sany, ela agarrou, olhou para eles sem mostrar nenhuma expressão. Todos eles estavam perdidos, não entendiam o que estava acontecendo.

- Odan! Pecadora! Ten, Djony, MORRAM!!! CULPADOS, CULPADOS!! — O povo gritava, mais pessoas foram surgindo, eles estavam no meio sem ter como passar.

- Ninguém reaja, Usana nos tira daqui! — Odan berrou.

- É para já, sombras! — Usou sua habilidade para fugir, foram diretamente para a sala da Hemaga, onde Odin, Oyana, Werma e a Hemaga estavam, todos eles aparentavam estar preocupados, os cavaleiros perceberam.

- Hemaga! — Eles saudaram.

- Que entrada extravagante, o que foi? — Sorrindo ela respondeu.

- Fomos atacados, desculpa por aparecer assim do nada. — Odan falou. Oyana se levantou, entregou o jornal ao seu irmão, todos se aproximaram para ver, suas rações foram as mesmas, todos ficaram assustados.

- Peca... dora.... — Sany leu gaguejando.

- Quem fez isso? — Nyzan questionou chateado.

- A oposição! — Usana respondeu.

- Qual oposição? Merda! — Djony estava irritado, tinha ódio nos olhos.

- Pauna, da primeira família do reino. — Falando, Ten lembrou da noite em que ela a procurou.

- Mas isso é um absurdo! — Djony voltou a falar. Sany havia recebido o jornal, ficou olhando para ele. O jornal dizia "Entre os bons, há os maus, Odan o capitão, aquele que era perfeito, agora leva menores para guerra do mais alto nível, Sany, a filha do pecado, aquela que por sua ira acabou matando companheiros na guerra, Ten, aquele que matou um cavaleiro quando criança, Djony, aquele que quase matou sua adversaria em treino, esses são os demônios entre os nossos anjos".

- O que faremos agora? — Ten estava apreensivo.

- Tentar limpar as vossas imagens. — Oyana falou.

- Cavaleiros, isso não é o pior. — A Hemaga se sentou, suspirou, falou.

- Isso ainda pode piorar? — Mel questionou.

- Sim! — Odin respondeu olhando para o chão.

- Pauna levou essas questões para a justiça, não ficaram simplesmente pelo jornal, ou seja, haverá julgamento! Até lá vocês não podem sair em missões! — A Hemaga explicou.

- Nós agora somos criminosos, é isso? — Sany tinha o rosto triste.

- Não, até que se prove o contrário. — Jerna respondeu, se aproximou dela para o dar suporte.

- E as missões? — Djony perguntou.

- Está surdo? Não podemos de momento. — Nina respondeu, ela estava sentada com a cabeça virada para o chão, mãos na cabeça.

- Serão adiadas até o fim do julgamento. — A Hemaga falou.

- Posso ir para casa? — Ten perguntou apressado.

- Estamos trabalhando, Ten. — Laenny o respondeu.

- Posso ir? — Voltou a questionar.

- Sim, podes. — A Hemaga aceitou.

- Usana, por favor, podes ajudar? — Ten pediu para ela o levar.

- Também posso ir? — Sany questionou.

- Sim, podes. — Usana levou Ten e Sany para suas casas.

- Mas ele não entende que estamos trabalhando? — Com as mãos abertas Laenny questionou.

- Ele está preocupado com a sua Mãe e irmã, Laenny. — A Hemaga a respondeu.

- Ahm, desculpa. — Laenny se desculpou e sentou.

Ten abriu a porta de casa apressado, encontrou sua mãe sentada na sala, sua irmã estava brincando perto da cozinha com seus bonecos, elas viraram suas atenções para a porta.

- Manoooo. — Como sempre, Tina largou tudo e saiu correndo, saltou para o colo do irmão, ele a agarrou e deu-lhe um abraço forte.

- Princesa! — Sua Mãe notou diferença no seu tom de voz, estava diferente.

- O que aconteceu, não devias estar a trabalhar? — Sr. Tany questionou.

- Devia, mas precisava falar com vocês. — Ten saiu da porta, foi se sentar.

- Mãe, Tina, por favor, por favor, não saiam as ruas nas próximas semanas, por favor. — Ten pediu.

- O que aconteceu? — Sua Mãe questionou logo, ficou surpresa com esse pedido. Tina estava perdida.

- Eu e alguns dos cavaleiros estamos sendo acusados de crimes, mas não precisam se preocupar com isso. — Ten falou, sua Mãe começou a tremer, Tina o abraçou forte.

- Meu irmão é inocente. — Falou agarrando-o forte.

- Sim, sou. Mãe, não precisas se preocupar, fiquem em casa, eu vou resolver isso. — Falou.

- Resolve logo, filho, estaremos aqui te esperando. — Sua Mãe deu-lhe força, se levantaram os três ficaram abraçados.

- Eu queria estar mais tempo com vocês. — Abraçados Ten falou.

- Você sempre está, filho, sempre. — Sua Mãe respondeu. Antes de sair, acabou comendo uma fatia de bolo.

- Obrigado pela comida, estava gostosa! — Terminando de beber a água, ele disse.

- Obrigado, filho.

- Mano, resolve isso, eu quero sair para poder brincar. — Tina falou pegando em sua roupa.

- Vou resolver logo. — Se levantando, voltou a falar. Se aproximou de sua irmã lhe deu um abraço muito forte, e outro em sua mãe.

- MÃE! — Sany gritou entrando em casa, acordou sua mãe.

- O que está acontecendo? — Levantando rápido da cama ela foi até a entrada correndo.

- Desculpa, Mãe, desculpa. — Chorando falou.

- Filha o que foi? — Pegou no rosto de sua filha.

- Mãe olhe. — Entregou o jornal, sua mãe leu, sorriu.

- Estás linda nessa imagem. — Brincou com a situação.

- MÃE! — Sany berrou.

- O que foi filha, não julgas que estás linda?

- Você leu? — Sany insistiu.

- Sim, e?

- E? — Sany se afastou, olhou para sua Mãe.

- Sim, o jornal está errado.

- Mas eu serei julgada.

- O ser humano tem feito isso um ao outro desde a criação do mundo, filha. — Pegando no rosto de sua filha, sorriu para ela e falou.

- Eu posso ir presa, mãe, fica séria.

- Não irás presa. — Colocando um sorriso no lábio, falou.

- Como tens tanta certeza? — Sany olhou para ela.

- Pressentimento de Mãe. — Em seus lábios havia um sorriso.

- Posso confiar?

- Sim, agora volte para lá e limpe o seu nome, filha. E não esqueça, você agora é cavaleira mágica, tens que ser o exemplo, não podes chorar por tudo.

- Sim, Mãe, obrigada! — Sany limpou as lágrimas.

- Até logo. — Sua Mãe a despediu. Sany saiu, Ten esperava na porta, foram andando, saíram do condomínio, encontraram o resto dos cavaleiros sentados nos bancos que há pelo passeio, Djony vinha atrás de Ten e Sany.

- Como eles estão? — Nyzan questionou em um tom amigável.

- BEM! — Os três responderam.

- Muito bem, vamos resolver isso! — Nyzan se levantou sorridente com as mãos nos bolsos.

O Mundo AmaldiçoadoOnde histórias criam vida. Descubra agora