O Mundo Amaldiçoado

PESADELO

Naquela manhã o sol nasceu ardente em Herz, e os cavaleiros mágicos felizes, receberam os seus salários. Ten aproveitou o dia para comprar o que faltava em casa, foi caminhando sem pressa, sorrindo pelo caminho, encontrou sua amiga pela rua.

- Ten! — Sentada no banco público, Nina o chamou assim que o viu.

- Nina, como estás? — Parando a caminhada, olhando de lado, respondeu contente.

- Estou bem, mano e tu? — Se levantando, chegou mais perto, se abraçaram.

- Estou bem. — Abraçados responde.

- Para onde você está indo todo sorridente? — Com o rosto alegre, olhos brilhantes pela curiosidade, questionou.

- Vou ao mercado, fazer compras para casa, quer ir junto? — Ten a convidou sorridente.

- Hummm, vamos! — Nina aceitou.

- Boas! E o que tu fazias aqui na rua?

- Saí para apanhar ar.

- Ahm, sei! – Ten não acreditou nela. Foram até ao mercado, Nina ajudou Ten a fazer as compras.

- Nina. — A chamou com algo em mão. -Ela vai gostar? — Apontou para o que tinha nas mãos, Ten questionou, tinha em sua mão uma caixa de biscoite.

- Claro que sim. — Nina respondeu olhando para o biscoite.

- E esse para a minha Mãe? — Apontou para outro biscoite.

- Homem, sua irmã e Mãe vão gostar, acredita em mim, hahaha. — Dando uma leve gargalhada, respondeu.

Sorriu para ela, continuou as suas compras, colocou no cesto biscoites para Nina e a Sany. Depois das compras, se separou da amiga, foi andando para casa, ao chegar à casa, abriu a porta, seus olhos se abriram, soltou os sacos rapidamente, saiu correndo.

- MÃEEEEEEEE. — Gritou enquanto corria para ajudar a sua mãe que estava no chão, desmaiada, a pegou pela cabeça com cuidado, a levou para o quarto, colocou sua Mãe na cama, saiu correndo para pegar água e os medicamentos que ela deve tomar quando tiver esses desmaios, ele tremia todo, o suor escorria em seu corpo, tentava manter a calma, saindo do quarto apressado encontrou sua irmã, acabara de acordar, Ten olhou para trás, sua mãe estava ainda desmaiada, respirou fundo, fechou a porta do quarto calmamente para sua irmã não presenciar aquela cena.

- Mano! — Tina falou passando a mão pela cara e bocejando.

- Tina, podes ajudar o mano com as compras? — Gaguejando pediu ajuda a sua irmã.

- Sim, onde está a mamã, mano? — Questionou sonolenta, Ten ficou em pânico, abriu a boca, mas não conseguiu falar.

- Está a dormir, ajuda o mano, tem biscoitos para ti. — Forçando um sorriso falou, Tina saiu correndo para pegar as compras, fechou a porta sem questionar, Ten foi pegar o pano úmido e os medicamentos, voltou para o quarto, fechou a porta, colocou o pano por cima da testa, deu a injeção, colocou de lado tudo, agarrou na mão de sua mãe, ficou torcendo para ela acordar. Tina bateu a porta do quarto, ele virou para a porta, ficou calado.

- Mano, trouxe os biscoitos da mamãe. — Tina falou da porta, Ten permaneceu calado.

- Pode trazer, filha. — Ten olhou, sua mãe acabara de acordar, ele fechou os olhos, abriu, quis gritar de felicidade, apenas abraçou sua mãe por um bom tempo.

- Estás viva, ainda bem, mãe. — Berrou feliz, seus olhos se encheram de lágrimas.

- Sim, filho. Obrigado! — Ela agradeceu, Ten se levantou, enxugou as lágrimas, levou o material, Tina entrou no quarto com os biscoitos, sentou-se ao lado de sua Mãe, Ten levou o material, passou pela cozinha, viu que já estava tudo arrumado, pegou no seu biscoito, foi ter com sua Mãe e irmã, se sentou no chão do quarto, ficaram conversando e rindo bastante.

Durante a noite Laenny saiu de casa agasalhada, seu casaco preto tinha a cor vermelha, foi andando até a biblioteca do reino, estava inquieta sobre algo que ouviu mais cedo. Chegou à biblioteca, saudou ao entrar, foi subindo as escadas de madeira até ao primeiro andar, colocou sua mão pela prateleira e foi andando a procura do livro pretendido.

- Senhora, precisa de ajuda? — Uma jovem negra, gorda, de 1,50 m de altura que trabalha na biblioteca, questionou vendo-a, o local estava vazio, haviam três pessoas presentes.

- Sim, por favor. — Laenny virou o rosto.

- O que deseja? — Berna respondeu sorridente e animada.

- Estou à procura de um livro preto que fala sobre alguns símbolos antigos, infelizmente não lembro do nome. — Com a mão na cabeça, Laenny explicou.

- Por favor, por aqui. — Berna mostrou o caminho certo a Laenny, tirou o livro e a entregou.

- Muito obrigada! — Laenny agradeceu, foi se sentar, abriu o livro e procurou pelo que queria. - Muito bem onde está o que procuro? — Falou sozinha. Ao procurar seus olhos se abriram.

- É isso! — Encontrou o que procurava, pegando na cruz começou a ler. "A morte tem a sua própria Deusa, ela foi admirada em uma cruz invertida, sem roupas, o fogo queimou tudo que ali havia, mas ela não foi atingida, ela é a própria morte. — Laeeny ficou arrepiada lendo, parou de ler, suspirou fundo, mudou de página, encontrou o sol negro, continuou com a leitura, "o sol nasceu para brilhar, mas foi tomada pela inveja, se tornando um arco íris que os homens admiravam... até deixar um homem imprudente morrer", Laenny tremia cada vez mais, o suor em seu rosto era visível, continuou a leitura, "o maior pecado foi deixar o pecado nascer, por isso sua preciosa mãe morreu em seu nascimento... ", e por último, "ao perder aqueles que o deram a vida, a destruição nasceu para tirar vidas", Laenny atirou o livro para o chão, suas mãos tremiam, seu corpo estava úmido com o calor, sua respiração ofegante, o que acabara de ler a deixou em pânico.

- O que foi, filha? — Uma senhora de idade, vestindo roupas pretas, baixou para pegar o livro, questionou Laenny que permaneceu cala. -Desculpa, deixa me apresentar, sou a maga Katarina Ana. — Entregou o livro, Laenny olhou para ela pasma.

- Você é a maga que vê o futuro! — Ainda em pânico, Laenny falou pegando no livro.

- Sim. O que você estava lendo que te deixou assim, filha? — Se sentando apontou para ela.

- A senhora deve saber, já que vê o futuro! — Laenny rebateu em pânico.

- Não acho que devas ter medo do que você acabou de ler, mas talvez com o que tem mais a frente. — Katarina pegou no livro, mudou de página, indicou para Laenny.

- O que é isso? — Laenny sempre assustada.

- Quando a destruição, morte, arco-íris e o pecado estiverem juntos pela primeira vez, um reino tremerá, um reino cairá, uns contra os outros estarão! — Apontando para o livro, mostrou o que acabara de falar.

- Mas eles são inimigos ou amigos? — Questionou aflita.

- Inimigo de quem?

- Nosso!

- Eu também não sei, veremos quando esse dia chegar. — Katarina falou dando gargalhada.

- Mas você não vê o futuro? — Laenny falou berrado, bateu o braço a mesa com força, Katarina deu gargalhada.

- A tempestade está chegando a Herz... E a morte está chegando com a destruição... — Katarina terminou de falar, passou a mão na cabeça dela e foi andando deixando Laenny.