ANTES DA TEMPESTADE

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-Bem, trago notícias ruins. — Enquanto a Hemaga falava, Sany pensava em Ten, Fana fazia massagem em Nyzan, que estava machucado, Angel estava perto da Nina, Rema da Laenny, Bellinda da sua irmã Jerna, Usana do Odin e Odan, Adan do Posseidon, Elly, Kay, Djony.

- Em duas semanas haverá um tornei entre os reinos, o objetivo é fortalecer os laços entre nós, após o torneio, teremos a missão de acabar com a maldição, ou seja, iremos ao reino dos anjos caídos destruir o reino completo... E durante o torneio vou precisar de uma equipa, uma que possa ir até ao reino Fire! Segundo informações, a rainha de Fire está morta, o povo tem sofrido, os ditos homens de deuses agora controlam o reino, eles denominam-se "Os Yola", quero que resgatem os civis sem baixa, não preciso que lutem, preciso dos inocentes vivos. Posso contar com vocês? — A Hemaga estava sentada à frente deles todos enquanto falava.

- Sim, pode contar connosco, Hemaga! — Respondeu Jerna, mais ninguém abriu boca, pela primeira vez ninguém deu um sorriso naquela sala. Havia uma guerra no interior de cada um sobre tudo que estava por vir, principalmente o fato de irem destruir um reino pelo bem maior, era algo absurdo, mas compreensível. No silêncio que a notícia trouxe, a água que caia lá fora agora era ouvida, no meio da sala apareceu a secretária da Hemaga. Ela apareceu de repente, deixou eles inquietos, ela tremia, o suor caia da sua face, a Hemaga levantou rápido, foi até a cozinha conversar com ela. A conversa durou 30 minutos.

Depois da conversa ela voltou para o reino, a Hemaga Marie voltou para a sala, a sua cara não era de muitos amigos.

- Que magia foi essa? — Questionou Kay.

- Chama-se teletransporte, uma habilidade dela. — Respondeu Ely.

- Mudanças de planos, o ataque será feito amanhã pela noite! — Falou a Hemaga com o semblante triste, todos ficaram surpresos com a notícia, era cedo demais, eles mal digeriram a informação.

- Ainda é cedo, nós não estamos prontas! — Falou a Mel.

- Não era isso que vocês almejavam? Está aí! — Respondeu Adan.

- Adan, que modos são esses? Mais respeito! Mel, eu entendo como te sentes, se quiser ficar de fora, não haverá problema. — Falou educadamente Odan.

- Não precisas se preocupar, voltaremos vivas de lá, relaxa um pouco, Mel. — Falou Sany. Djony olhou para Sany com desprezo e preocupação em simultâneo.

- Voltaremos hoje, vocês poderão passar a noite em casa dos vossos familiares antes de partirem. E temos alguns convidados na cidade. — Falou a Hemaga Marie.

- Quem, senhora Hemaga? — Perguntou Jerna.

- O povo de Betelp, eles foram invadidos ontem, algumas pessoas conseguiram fugir com a Werna, e precisam de asilo. — Com um olhar triste, voz mansa, falou a Hemaga, a notícia deixou todos atordoados.

- Foram eles? — Perguntou Posseidon com os braços cruzados de tanta raiva.

- Sim, foram os irmãos do rei deles. — Confirmou a Hemaga. A adrenalina do pessoal aumentou, o problema já chegou.

Nyzan apertou tão forte o copo que ele quase quebrou, Jerna saiu da sala e foi para o quarto, o Reino Betelp e o Fire são os mais próximos deles, têm uma grande relação, ouvir isso os deixou revoltados.

Começaram a sair um a um. Quando eles chegaram na cidade viram o quanto estava movimentada, pessoas em macas, muita gente ferida, ligaduras pela cara. Sany chegou à casa, abraçou a sua Mãe logo que entrou, foi se arrumar, depois voltou para sala, ficou ali conversando com a sua Mãe por muito tempo.

- Você cresceu um pouco, até pareces mais alta, filha. Como foram os treinos? — Reparando na sua filha, ela notou algumas mudanças.

- Cresci muito em pouco tempo rsrsrs. Correu b... Bem, não sei ao certo, mas agora tenho um namorado, talvez isso tenha sido o bom dos dias foras, mas ele está inconsciente, então... é complicado... — Falou ela enquanto fazia gestos.

- O menino de cabelo branco, não é? Parabéns, filhota, ele é um gato! — Após dar os parabéns, começou a fazer cocegas a sua filha.

- Sim, ele mesmo. — Sorrindo do que a sua Mãe fazia, ela tentava falar. -E como foram os teus dias, Mãe?

- Maior parte bons, mas houve uma noite em que fomos invadidos, a nossa antiga cidade foi vítima de batalha, mas a Hemaga e alguns cavaleiros resolveram o problema.

- Ainda bem que já passou, agora abrace-me forte, estava com saudades, Mãe.

Antes de saírem, Mel mudou o visual de Ten, ela disse para Nina que não haveria problemas, agora as pessoas já sabiam da marca dele, prendeu o cabelo dele de forma bonita, e fez duas tranças curtas que ficaram em direção aos olhos dele. Depois foi andando.

Djony chegou a casa, se arrumou, fez o jantar para a sua família, contou animado sobre os treinos, como odiava Sany, Ten e Nyzan, que cedo ou tarde ele entraria em conflito o seu maior inimigo. A sua irmã pediu para não falar de problemas naquela noite, e que deviam aproveitar, começou por contar anedotas, a noite deles foi divertida, os irmãos se divertiram muito.

Nina e Mel antes de irem à casa, passaram pela casa da Sr. Tany, a encontraram fora com a sua filha, esperando pelo Ten.

- Boa noite, Tia, como estão? — Mel as saudou.

- Estamos bem e vocês? Vejo que muita gente regressou, não vejo o meu filho, onde ele está, Mel? – A Sr. Tany estava ansiosa para ver o seu filho, e Tina para ver o seu irmão.

- Ele não virá hoje, saiu numa missão. — Mentiu Nina, a cara de Mel mostrava que algo não estava certa.

- O que aconteceu com ele? Eu sinto que vocês estão a mentir. — A SR. Tany falou preocupada, começou a tremer.

- Não mentiríamos para a Tia, ele pediu para avisar que logo terminasse o trabalho voltaria para casa. — Pegando nas mãos da Tia, ela falou. Depois da breve conversa foram andando deixando Tina e Sr. Tany triste.

Nina e Mel chegaram à casa, a sua Avô já estava a dormir, mas acordou quando ouviu o barulho das netas, saiu do quarto, foi ter com as netas na cozinha, Mel foi a primeira a abraçar a Avô, depois Nina, por fim, houve um abraço em grupo. A chuva não parava, Nina olhou para o céu, falou "Ten, a tempestade chegou".

Odan andava pelo monte, o seu irmão foi ao seu encontro.

- Vais ficar por aqui? — Questionou Odin.

- Tens algum plano? — Falou Odan.

- Vamos a um bar, beber um pouco, ver mulher bonita. — Convidou o seu irmão.

- Pagas as contas? — Sorrindo disse.

- Pode ser, irmão.

- Vou pegar o casaco e já vamos. — Odan foi pegar o seu casaco, saiu com o seu irmão gêmeo, encontraram Posseidon no bar, Adan dormia.

- Então, além de mim a mais dois com essas marcas, interessante! — Falou Jerna se referindo a Sany e Ten.

- Falando nisso, Jerna, como você adquiriu essa marca? — Questionou Rema, ele estava deitado no sofá.

- Eu nasci assim, acredito que eles também! — Disse Jerna, os seus pés estavam na mesa, enquanto ela sentava. Jerna estava de saia, com um colã preto por baixo.

- E o que essa marca tem de especial? — Questionou Rema outra vez.

- Dizem que todos aqueles que têm essa marca são pecadores, e pior, que vão destruir o mundo. Essa deve ser a parte especial. — Com um ar de brincadeira respondeu Jerna.

- Estou a falar sério! Eu já ouvi histórias terríveis sobre pessoas que nasceram com essas marcas. — Se levantando para pegar um copo de água Rema falou.

- Eu também já ouvi. — Também falou Angel.

- Às pessoas falam o que lhes dá vontade, eu também ouvi que o mundo seria destruído, mas o mundo continua aqui! — Jerna respondeu.

- É tudo mentira? Essa marca não vos torna mais forte? — Rema falou, Jerna ficou calada, não disse nenhuma palavra.

- Jerna, sente bem, baixa essas pernas! — Falou Bellinda, a sua irmã mais nova, desviando o assunto em questão.

- AH, estou cansada, deixa-me livre por uns minutos, está bem, Bellinda? — Não retirou os pés.

- A mais nova parece a mais velha, hahahaha. — Falou Angel enquanto brincava no cabelo.

- Vão aproveitar a noite, senhoras e senhores. — Falou Jerna, sem dar resposta a Rema. Se levantou, além da saia sexy, a t-shirt era curta.

- Não devíamos descansar para a missão? — Questionou Elly.

- Por isso mesmo deviam sair para se divertir. — Respondeu Jerna.

- Não entendi. — Falou e fez o gesto com as mãos.

- Antes de toda e qualquer missão, saímos em grupo ou individualmente, alguns dias antes. Uma noite antes ninguém saí, mas desta vez fomos pegos de surpresa. — Explicou ela.

- Porquê? — Elly continuava sem perceber.

- Elly, por mais forte que sejamos, nós não temos nenhuma certeza que voltaremos, podemos morrer em missão... — Voltou a falar Jerna.

- Shiii... Entendi agora. — Fazendo um movimento com a cabeça ela respondeu.

- Então vá se divertir, o importante é morrer sem arrependimentos. — Falando isso, ela pegou num casaco, sorridente abraçou a sua irmã e começou a caminhar com ela sem a soltar, já na porta gritou pela Usana e o resto do pessoal para irem beber também. Foram a um bar perto do monte, acabaram a encontrar a Fana, Laenny e o Kay, a Elly não quis sair, ela ficou no monte com o Ten que ainda está inconsciente.

No bar a Bellinda lembrou que o Ten estava ainda inconsciente na cama. Falou da espada dele, Angel disse que a espada não o aceitou, aparentemente só o Anon pode usa-lá.

Nyzan foi para casa, a sua casa enorme fica no centro da cidade, haviam guardas por volta da casa, ao entrar encontrou os seus pais e as suas quatro irmãs.

A suaa irmã foi a correr até ele.

- Irmão, deixa cuidar desses arranhões, vem cá. — Lola, a sua irmã mais velha falou para ele.

- Quem fez isso com você, irmão? Diz-me, vou lá e bater nele! – Preocupada com o seu irmão, a mais nova questionou.

- Hahahahaha, vem abraçar-me, e obrigado, maninha. Preciso primeiro de um bom banho. — Falou e foi andando. Antes de ir ao banho, saudou os seus pais, as suas irmãs que se encontravam na sala de jantar, foi tomar o banho, saiu do banheiro, foi mimado pelas suas irmãs, adormeceu. As grandes famílias do reino ficam sabendo de tudo, já sabiam da missão que haveria no dia seguinte.

A Mãe de Nyzan estava preocupada com o seu filho, sabe que haverá uma matança no dia seguinte, o seu filho apareceu com arranhões pelo corpo, o medo aumentou. O seu marido percebeu, se aproximou da sua mulher, pegou nas mãos dela, falou "Confia no nosso filho, ele sempre volta".

Tina não dormiu, passou a noite toda chorando nas coertas, o seu irmão nunca havia ficado fora por tanto tempo, e apesar de ser criança, ela não acreditou nas palavras da Nina e Mel.

A tempestade acabara de chegar.

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