NÃO HÁ PAZ

12 2 0
                                    

A neve do inverno caía mais forte, o sol não nascia há três meses, o fim para aquele mundo se aproximava lentamente. As ruas de Herz estavam vazias, Marie descansava nos seus aposentos, Oyana tomava café na sala com os seus dois irmãos quando Usana surgiu saindo das sombras, "Olá! Quanto tempo", sorrindo, com dois dedos na sua cabeça, os saudou, rapidamente os irmãos levantaram-se, ela desapareceu.
-Já está na hora? — Oyana questionou mudando completamente a sua expressão.
-Hora de? — Marie questionou saindo do quarto com a chávena de café em mãos.
- Matar a Hemaga Marie. — O clima ficou pesado, Pauna respondeu adentrando o castelo, os seus aliados o seguiam. Marie olhou para a porta, olhou para os irmãos, permaneceu calada, a chávena nas suas mãos caiu, partiu.
- Não tens nada para falar? — Pauna insistiu, ela estava muito feliz, não conseguia esconder. Marie olhou novamente para ela, abriu a boca, mas não falou, caminhou para a poltrona e sentou-se.
- Oyana, Odin e Odan! — Son berrou vendo-os.
- Quanto tempo, camarada! — Odin respondeu sorrindo, caminhou para o abraçar.

- Ahm? Não havias dito que o matarias? — Angel questionou confuso.

- Matar? Sim, de abraços, esses são como os meus irmãos! — Son falou alegre.

- Oyana, Odin, Odan, porquê? — Pela primeira vez Marie abriu a boca, ainda estava duvidando do que via.

- Porque sim! — Pauna respondeu dando gargalhadas altas.
- Fecha a boca, não falei contigo! — Marie falou friamente.
- Olá, Marie. — A Werna Gen, saiu do quarto, tranquila.
- ATÉ VOCÊ? — Marie berrou. -Eu estou a alucinar? Não é? Isso não pode ser verdade, minha amiga? Os meus cavaleiros honrados? Não pode ser! — Com as mãos na cabeça, Marie lutava para crer no que via.
- Desculpem o atraso. — Saindo das sombras, Gano, Werna Werna, Uno, Gano e Kanu saíram das sombras, deixando Marie cada vez mais cofusa.
- E onde está o sorriso agora, ham? MARIE! — Pauna berrou feliz. Marie ficou em silêncio por cinco minutos, respirou fundo, voltou a falar.
-O que vocês querem? — Marie acalmou-se.
- É algo simples, os amuletos que estão contigo e a tua morte. — O mais velho Uno falou.
- E depois? — Marie voltou a questionar tranquila.
-Não é da tua conta. — Kanu respondeu.
- Não faz diferença ela vai morrer já, podem contar. — Werna, sua amiga, falou. Marie começou a sorrir, pensando por dentro "como fui tão burra".
- Werna, que mal eu te fiz? — Marie questionou.
- Marie, o mundo não precisa de ti. — Werna respondeu dando gargalhadas.
— O seu reino foi realmente atacado? O que tu fazias aqui comigo? — Marie questionou insistentemente, aparemente frustrada.
- Não, nunca fomos atacados! Eu vim para te matar aos poucos com os venenos, sem saber que a Oyana já estaria de volta. — Werna revelou.
- Eu acreditei em ti! — Marie disse mais fustrada.
- Não mandei confiar. — Werna disse. Às duas calaram-se,
- Marie, a coroa pertence à família da minha mulher, e eu pretendo devolver a ela. — Odan contou, Pauna se aproximou dele.
-Vocês são casados? Não sabia, que surpresa, felicidades. — Marie falou calmamente.
- Sim, Ponela é nossa filha. — Odan voltou a falar, deixando ele surpresos com essa notícia.
- Então isso é pelo amor? Apenas amor? — Marie sorriu, questionou.
- Sim! — Pauna respondeu por ele, e o beijo na frente de todos.
- Então isso é o amor? Interessante. — Marie falou.
- Mas calma aí, Pauna, havias dito que Odan ia morrer, como assim? — Angel questionou.
- Ahmm, aquilo? Eu precisava deixar Adan confortável. — Pauna contou.
- Oyana, Odin, no vosso caso é amor de irmão? — Marie questionou.
- Sim, somos um só. — Oyana respondeu alegre.
- Entendo, eu perdoo-vos! Se é isso que querem, infelizmente, não posso aceitar, o meu povo não pode voltar a sofrer. — Marie sorriu e bateu palmas.
- Não consegues analisar a situação? Os teus cavaleiros não chegaram a tempo para te ajudar, estás totalmente sozinha. Soltamos um veneno durante à vossa batalha contra os anjos caídos somente para ti, a Werna e a Oyana deram-te bebidas envenenada durante dias, estás mais fraca que nunca. Precisamos dos amuletos que tens guardado... e desculpa informar, mas o seu destino já foi decidido há muito tempo, não verás o amanhã. — Oyana se aproximou alegre dos seus irmãos, eles pareciam outras pessoas. Marie começou a dar gargalhadas altas.
- Certo, certo, mas o vosso desejo é assim tão fútil? Podiam pedir os amuletos e irem embora, deixar Herz fora disso tudo. — Marie falou.
- Darias os amuletos? — Kanu questionou.
- Não, não daria infelizmente. — Marie sorriu. - O que vocês ganham com isso, Kanu, Ono, Wernas e Gano? Não consigo entender o vosso objetivo.
- O nosso principal plano é gerar novos humanos, para isso, seremos obrigados a fazer os humanos de escravos para criarmos as novas cidades e depois os matar, dessa forma, poderemos criar uma nova geração de humanos sem pecados, sem maldade, sem passado. — Kanu explicou.
- Ou seja, vocês querem tornar os humanos em perfeitos, mas como fariam isso? — Marie questionou.
- Vamos criar humanos novos, usando a magia da Werna, Pauna, os amuletos e o sangue dos mortos. — Odan respondeu com os braços cruzados.
- Ou seja, vão ressuscitar os mortos! — Marie atirou.
- Não, não. Quem morreu, morreu, infelizmente, nós vamos gerar vidas mesmo, e as melhores, esses novos humanos serão imortais. — Werna Gen respondeu empolgada.
- Tirar vida para dar vida? Não seria mais fácil dar imortalidade aos humanos vivos? — Marie falou franzindo a sobrancelha.
- Não é possível dar imortalidade a quem já está vivo. — Odan respondeu.
-Então há falha no vosso plano, vocês irão morrer no futuro HAHAHAHAH. — Marie começou a dar gargalhadas altas. Eles estavam na sua casa.

- Os amuletos não podem nos dar a imortalidade, mas a Sany pode. — Pauna interviu. - A Sany tem a magia perfeita, usando o seu sangue, ela poderá dar a imortalidade a quem está vivo. E eu vou conseguir isso, vou reinar no novo mundo, e ele não terá fim! – Pauna deixou os seus companheiros arrepiados, enquanto falava, emanava a sua magia.
-Realmante vocês querem ser submissas a Pauna? — Marie questionou com o sorriso.
- O plano todo foi montado por ela, e somente ela consegue dar-nos a imortalidade, a sua magia de sangue dará-nos a imortalidade. Sim, nós seremos submissas! — Werna respondeu alegre.

Marie olhou para eles, estavam sorrindo.

- Antes de começarmos, só mais duas perguntas, Pauna, isso tudo é fome de poder? — Marie questionou colocando a chávena de lado.
-Apenas a minha família é digna de governar! – Pauna respondeu firme.
- Está bem, e a segunda, vocês estão prontos para morrer aqui? — Marie se levantou sorrindo, emanando a sua magia.

O Mundo AmaldiçoadoOnde histórias criam vida. Descubra agora