Una bestia

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— MAYAAAAA

A bombeira trabalhava na mesa quando foi tirada de seu estado de concentração pelo grito da namorada. Imediatamente sobressaltou da cadeira e foi ao encontro dela. No quarto, encontrou Carina em pé em cima da cama desesperada enquanto apontava para algo.

— Meu bem, o que aconteceu? Você está bem? – Maya pergunta preocupada, mas feliz por ver que ela estava bem.

— Ela... Ela tá ali, Maya. Atrás de você. - Ela diz gaguejando e quase chorando.

— Pensei que você tivesse se machucado. – A loira disse inspirando fundo.

— Ela está ali. – Ela continuou dizendo.

— Quem está ali, Carina? – Maya olhava para trás e gesticulando com as mãos enquanto tentava descobrir do que se tratava o medo da namorada.

—Ela está bem atrás de você. Cuidado. — Carina se movia de uma lado para o outro na cama impaciente.

— Você está falando dessa pequenina aqui? – Maya aponta para a aranha na parede próxima ao gaveteiro.

— Pequenina? Ela é enorme, Maya. Um monstro. – Ela continuo dizendo inquieta sobre a cama.

— Por favor, mate-a, Maya. Ela está me observando.

— Ela não está te observando. Ela é só uma aranha.

Questa è una bestia e sta aspettando di attaccarmi. (Isso é uma besta e está esperando pra me atacar.)

— O quê? – Maya disse confusa.

— Mate-a, Maya. Rápido.

— Eu vou pegar um pote pra coloca-la lá fora, ok? – Maya disse como quem tentava convencer uma criança.

— Nãooo, Maya. Eu preciso que você a mate. Eu preciso ter certeza que ela não vai voltar.

— Eu não vou mata-la, meu amor. Eu vou coloca-la lá fora e você nunca mais vai vê-la porque ela não sabe o nosso endereço. – Ela falou brincando com a situação.

— Ela vai voltar pra se vingar de mim, Maya. Eu sei pelo jeito que ela me olha. E ela vai trazer reforços.– A italiana continuou a falar quase chorando.

— Ela não está olhando pra você. Carina, é só uma aranha. – Maya disse já morrendo de rir.

— Não me deixe aqui sozinha com ela. – Carina disse quando Maya deixava o quarto.

— Eu só vou pegar algo pra prende-la.
A bombeira prendeu o bicho dentro do pote e virou-se da direção da namorada cuja reação foi andar um passo para trás na cama.

— Pronto, agora ela está presa. – Maya disse olhando a aranha através do recipiente transparente.

— Não ouse chegar perto de mim com esse monstro. – Disse Carina seriamente.

— Eu não vou. Agora preste atenção onde pisa. Você pode se machucar. Desça, por favor? – Maya disse com medo de que a Italiana se machucasse.

— ok, Maya, eu vou descer assim que você tirar esse monstro daqui. Agora vá.

— Ok, ok. Eu vou coloca-la lá fora. Se eu não voltar em 5 minutos chame a polícia. Ela pode me atacar pensando que eu sou você. – Maya disse gargalhando e deixando a namorada com raiva para trás.
Alguns minutos depois Maya está de volta ao apartamento.

— Okay, meu bem. Eu a deixei do outro lado da rua e a ameacei pra que ela não volte mais aqui. Acho que ela entendeu o recado. Você ainda está aí? – Maya disse olhando para Carina ainda de pé na cama.

—Você é muito engraçada, mas eu sei o que eu vi. Ela estava realmente me encarando

— Você vai descer daí ou quer que eu suba com você.

— Eu vou descer, mas... você pode verificar se não tem outra delas por aí? – A morena disse fazendo a voz mais delicada do mundo.

Maya não questionou afinal sabia que não iria convencê-la a descer a menos que fizesse o que ela pedia. A bombeira verificou os cantos do quarto a procura de outra aranha. Não achou nada.

—Nada, agora desça, por favor. – Ela disse levantando a mão para dar suporte à namorada.

—Você é minha heroína, sabia? – Ela disse enquanto descia e levava os braços ao redor do pescoço da loira e dava lhe um beijo suave.

—Eu sou, mas isso no seu cabelo é uma aranha?

—Tira, por favor. – Carina gritava enquanto movimentava os braços freneticamente.

Maya gargalhava da cena. Notando a brincadeira a italiana apenas virou para a namorada e empurrou a na cama jogando em seguida um travesseiro do qual a bombeira tentou desviar sem sucesso.

— Isso não teve graça, Maya. - Ela disse séria.

— Desculpa. Vem aqui? - Maya disse em enquanto estendia os braços para que a namorada se juntasse a ela na cama. – Eu te amo e vou te proteger de todas as aranhas que tentarem algo contra você.

A italiana riu jogando-se no abraço da loira.

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