Heat wave

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Maya abriu a porta de casa e logo ouviu o cantarolar de Carina na cozinha enquanto ouviu uma música italiana alta. Ela virou-se para fechar a porta com um sorriso no rosto. Finalmente estava em casa.

A loira andou alguns passos e depositou a mochila e as chaves sobre a mesa e só então olhou na direção da mulher. Carina vestia apenas um avental e a parte debaixo de seu pijama. Seu cabelo estava preso em um coque bagunçado deixando apenas alguns fios soltos.
Maya ficou admirando a pele morena de sua deusa italiana banhada pela luz do sol enquanto ela nem a havia notado ali.

A italiana cantava e balançava a cabeça no ritmo da música enquanto preparava concentrada algo na bancada apoiando uma perna na outra. A ilha da cozinha se encontrava coberta de farinha e outros ingredientes formando a bagunça típica que a morena fazia para cozinhar. Para Maya aquilo no início lhe aflingia. Só de passar pela cozinha e encontrar toda aquela bagunça ela sentia vontade de gritar com a italiana. Bem, as coisas haviam mudado e hoje aquilo incomodava minimamente a bombeira, pois ela sabia que além daquele ser o momento da esposa dali sairia uma receita que lhe faria quase desistir de seguir sua dieta.

A bombeira andou lentamente para não ser ouvida e chegando por trás dela a abraçou de uma vez. A médica quase pulou de susto levantando as mãos da massa que massageava.

"Ma donna mia, bambina. Você está tentando me matar?", Carina disse em seguida pedindo ao controle de voz para abaixar o volume da música.

"Não, você está tentando me matar me recebendo assim", Maya apontou o corpo da mulher com o olhar.

"É esse clima, meu amor. Esta cidade está pegando fogo", Carina disse referindo-se à onde de calor pela qual a cidade de Seattle passava naquele momento.

"Não é apenas a cidade que está pegando fogo", a loira pressionou o corpo contra o da esposa sussurrando ao seu ouvido.

Maya se livrou do pano de prato que a outra tinha sobre o ombro e levou a boca até a ali beijando toda a extensão do seu pescoço. A morena continuava a realizar sua tarefa.

"Chegar em casa e encontrar você assim é a melhor recompensa do mundo", Maya levou a mão por entre o tecido do avental para atingir a pele nua da morena.

"Você não está cansada depois de 24 horas de turno?", ela continuava imóvel diante das carícias.

"Pra você nunca", a bombeira apertou os quadris da outra enquanto ria maliciosamente. Não havia turno de 24 que lhe fizesse chegar em casa e não aproveitar aquele momento com a amada.

A morena apenas deu um sorriso de lado sabendo do tamanho da provocação que fazia.

A bombeira continuava a beijar seu pescoço e suas costas nuas, até chegar na sua orelha mordendo-a e fazendo a morena inclinar um pouco a cabeça.

Agora ela levava as mãos até o laço na parte de trás do avental abrindo-o e virando a morena para sí.

"Você pode me dar um pouco de atenção, por favor?", a loira disse enfim livrando-se do avental por completo e deixando os seio da outra descobertos.

Carina depositou a assadeira na bancada ao lado para que ela descansasse mais um pouco e moveu-se um pouco para lavar as mãos na pia.

"Eu estou preparando o café da manhã, meu amor. Eu estou lhe fazendo focaccia", ela explicou.

"Eu estou bem mais interessada em outra coisa do que café da manhã agora", a loira sussurrou.

A obstetra virou-se para a loira levando as mãos ainda molhadas para dentro dos cabelos dela e puxando-a pela nuca para um beijo intenso enquanto pressionava seus corpos.

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