Change of plans

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"Finalmente os dois dormiram" , Maya disse com um suspiro de alívio adentrando o quarto e fechando a porta atrás de si. A loira tirou a calça de moletom que vestia e a atirou sobre a poltrona no canto ficando com uma regata na parte de cima e uma Calvin Klein boyshort na parte de baixo. Ela apenas se atirou na cama indo diretamente para o colo da esposa, que guardava o celular sobre a mesa de cabeceira, já tomando o rosto dela nas mãos para um beijo quente.

"Você quer dizer que agora é hora dos adultos brincarem?", Carina sussurrou com um sorriso malicioso enquanto apertava os quadris de Maya para receber um "sim" da esposa que já colava seus lábios juntos novamente.

Maya descia pelo pescoço da morena ouvindo um leve suspiro dela a cada mordida que lhe dava. Tinham que aproveitar a paz e o silêncio enquanto havia tempo. Com duas crianças em casa, sexo havia se tornado um luxo que elas não podiam ter na mesma frequência de antes.

As mãos de Carina rapidamente foram descendo pelo corpo de Maya até chegar à sua bunda. A morena apertava fortemente o grande volume das nádegas da esposa enquanto sentia Maya gemendo entre os seus lábios.

De repente, Maya levantou o corpo e levou os olhos diretamente aos seios da morena cujos mamilos rijos eram denunciados pelo tecido de sua fina blusa e, levando as mãos diretamente até eles, ela os apertou com força enquanto movimentava o corpo ritmadamente sobre o quadril da outra.

Carina puxou Maya pela nuca beijando-a novamente. Os seus sexos roçando um pro sobre o outro. A bombeira já começava a gemer mais alto perdida nos carinhos quentes quando quando foi censurada pela esposa "Shiuu, Maya. As crianças". A bombeira apenas bufou entredentes para na sequencia morder o lábio inferior enquanto tentava conter os gemidos. Outra coisa que haviam perdido era a possibilidade de gemer alto como faziam antes quando eram apenas as duas. Esses momentos agora ficavam reservados para o chuveiro ou para quando estavam sem os dois pequenos em casa.

A movimentação sob os lençóis continuava cada vez mais intensa. Carina já ia com a mão na direção do sexo de Maya, que já sentia o local ardente e latejante clamando pela mão da italiana quando uma batida leve na porta seguida de uma vozinha dizendo "Mama, Mommy" fez com que elas parassem a ação.

"Argh", Maya esbravejou jogando-se de lado na cama.

"Eu não acredito nisso", Carina reclamou com uma voz baixa apertando o lençol na mão.

"Mama, Mommy" Oliver chamou novamente com uma voz chorosa.

Carina ainda bufou antes de fazer uma voz delicada para dizer "Pode entrar, meu amor".

Uma carinha triste apareceu atrás da porta espremendo um dinossauro de pelúcia entre os braços. O menino tinha os olhos brilhantes por causa das lágrimas.

"Ei, cuore mio, cosa é sucesso?" (Ei, meu coração. O que aconteceu?), Carina disse assustada sentando-se na cama rapidamente quando percebeu que o menino chorava.

"Eu... eu tive um pesadelo... e... tinha fogo em toda a casa... e... eu estou com medo...", o menino disse entre soluços parado ao lado da porta aberta. Aquilo era parte do trauma de ter perdido a sua família biológica em um incêndio.

Maya saiu da cama em um único impulso e foi na direção do pequeno tomando o no colo.

"Ei, está tudo bem, okay? Nós estamos aqui. Foi apenas um sonho ruim", ela apertou o menino nos braços.

"Venha até aqui", Carina disse com um olhar triste. Seu coração estava partido por ver o filho chorando daquele jeito.

Maya veio com o menino e o colocou nos braços da esposa e em seguida, ela mesma os abraçou. Ele ficou um silêncio com os olhos fechados enquanto era envolvido pelo abraço das mães por um instante. Ele ainda soluçou por algum tempo até que ficasse mais calmo. Carina ia e vinha com a mão sobre as ondas de seu cabelo e o menino já quase adormecia .

"Você não precisa ter medo, meu amor. Nós estamos aqui, okay?", Maya disse limpando as lágrimas que molhavam as bochechas vermelhas do menino.

"Eu não quero dormir lá sozinho", Oliver disse com fazendo um bico.

"Você não está sozinho, cuore mio. Lucy está com você lá."

"Posso ficar aqui?", ele disse tirando olhar de Carina e focando o em Maya. O pequeno menino de olhos verdes sabia exatamente a quem recorrer naqueles momentos, ou melhor, sabia a que mãe recorrer. Sabia que Maya não lhe diria "não".

A bombeira não podia resistir àqueles olhinhos tão assustados ainda vermelhos de chorar. Então ela apenas olhou para Carina inclinando o rosto como se implorasse para que o menino pudesse ficar. Estava com o coração apertado por causa daquele pequeno susto. Carina apenas sinalizou positivamente com a cabeça. Ela também não queria deixar o menino dormir sozinho aquela noite.

"Você pode ficar, meu bem", Maya disse tomando o rosto do menino entre as mãos e dando lhe um beijo na testa.

Elas já arrumavam o menino entre as duas na cama para dormir quando um choro do outro quarto foi ouvido.

"Essa noite não vai acabar nunca", Carina reclamou.

"Fique com ele. Eu vou até lá", Maya disse já deixando a cama.

Minutos depois estava de volta com Lucy no colo.

"Eu não sei porque, mas eu sabia que você a traria", Carina ironizou encarando a esposa.

"É só que... ela estava lá sozinha e...", Maya começou a sua defesa.

"Okay, okay, venham. Sempre cabe mais um. É a nossa festa do pijama", Carina sentenciou dando se por vencida.

"Êba", Oli ficou de pé e pulou na cama animado.

"E a primeira brincadeira é fazer cócegas em alguém", Carina disse já puxando o menino para seu colo novamente e fazendo cócegas nele. O menino se desmanchava em uma gostosa gargalhada enquanto tentava esquivar-se dos dedos da mãe se jogando ao lado dela na cama.

Maya posicionou a bebê ao lado do irmão e olhou para Carina inclinando levemente a cabeça dizendo "uma pequena mudança de planos para essa noite" e ouvindo como resposta "nós compensamos outra hora" e, em seguida, recebendo uma piscadela e um beijo estalado da esposa.

Lucy engatinhou na cama na direção da italiana escalando por sobre o irmão para chegar até ela enquanto Maya ia até o outro lado do quarto avisando:

"Okay, gangue, as luzes serão apagadas. Hora de dormir."

Os quatro se aconchegaram na cama que antes tinha um tamanho suficientemente com para Maya e Carina, mas com a chegada das crianças havia diminuído de tamanho consideravelmente.

Maya ainda tinha os olhos abertos quando todos os outras já descansavam. Olha só no que a sua vida havia se tornado. Desistir de sexo com a sua esposa italiana muito muito sexy porque a sua cama está cheia de crianças. "Quem diria, Maya DeLuca-Bishop?", ela pensou consigo enquanto tentava mexer seu braço que estava por sob a cabeça de Oliver. A loira tirou os cabelos da fronte do menino e deu um sorriso. Não deixaria que nada lhe ferisse. À sua frente Lucy dormia profundamente com a mãozinha descansando por sobre o pescoço de Carina. Ela respirou fundo. As suas meninas cada vez mais parecidas.

A bombeira esticou um pouco o braço por sobre o travesseiro até que seus dedos tocassem o cabelo macio da esposa que estava espalhado sobre ele. Por um tempo, Maya pensou que seriam apenas as duas. Ainda foi totalmente contra a ideia de ter filhos. Hoje sabia que ela e Carina viveriam plenas e felizes se tivessem escolhido não tê-los, mas a vida havia tomado um rumo melhor do que ela poderia imaginar.

Era difícil ser mãe? Sim. Muito mais do que ela havia imaginado, mas a recompensa de olhar naqueles olhinhos e sentir um amor tão grande que parece que não cabe em uma pessoa ou o alívio de um dia de trabalho ao chegar em casa e ouvir alguém gritando "Mamãe" e correndo na sua direção com os braços abertos. Apenas em uma coisa ela não havia errado: ser mãe realmente é tirar o seu coração do peito e assistir ele andar por aí e isso é aterrorizante.

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Nota da autora: E como estamos sem episódio por duas semanas? E ainda com o promo de um crossover que promete trágedia? Como viveremos até lá? Quem pagará a nossa terapia? São os questionamentos que trago.

Bem, hoje eu trouxe um capítulo com Lucy e Oliver para acalmar os nossos corações. Espero que gostem. bjs da vossa autora.

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