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A familiar face I

Carina entrou no ER para devolver o prontuário de uma paciente e apoiou-se no balcão antes de entregar o tablet com as informações para a enfermeira. De repente, passando os olhos sobre o local, ela pôde ver uma pessoa que lhe era familiar. Já havia visto aqueles grandes olhos de um azul brilhante que mesmo de longe eram visíveis. Os mesmo olhos da sua amada. Aquele era Mason. Só podia ser.

O homem era atendido por Helm que agora também se encaminhava ao balcão deixando o na cama.

— Oi, Helm. Bom dia. – Carina disse aproximando-se da interna.

— Oi, Dra. DeLuca. Bom dia. Como vai? – A mulher disse gentilmente tirando os olhos do prontuário.

—Eu estou bem. Obrigada. Aquele seu paciente me parece familiar... e eu sei que é confidencial, mas você sabe como é o nome dele? – Carina dizia de forma suave tentando convencer a mulher a dá-lhe a informação.

A mulher olhou desconfiada para os lados antes de voltar a falar sussurrando próxima a Carina:

— Você sabe o que é engraçado? Ele se chama Bishop como a sua esposa. Mason Bishop. Você o conhece?

— Sim, eu conheço.

— Ele está esperando pelo Dr. Link. Acho que tem uma fratura. Mas... Lembre-se de que eu não disse nada. – A mulher falou para ter certeza de que Carina manteria a informação em segredo.

Carina apenas levou os dedos aos lábios fazendo um gesto de zíper sobre eles antes de assistir a mulher se retirar.

A morena manteve-se encostada no balcão da recepção enquanto pegava o telefone no bolso. Tentava manter o homem a vista o tempo todo enquanto mandava uma mensagem para Maya.

CARINA: Maya, eu estou olhando para alguém que eu acho que seja o seu irmão. Não crie expectativas, mas eu vou te mandar uma foto.

Carina mandou a foto para Maya e a bombeira imediatamente a ligou de volta.

MAYA: Carina, é ele. É Mason. Ele está no hospital? Ele está muito machucado? O que aconteceu?[A bombeira disse quase sem respirar.]

CARINA: Calma, bambina. Ele está esperando por uma consulta com Dr. Link. Parece que ele está com o braço machucado.

MAYA: Você acha que ele vai fugir se eu aparecer aí?

CARINA: Eu não sei, mas essa pode ser a chance que você precisava para falar com ele.

MAYA: Eu estou a caminho. Me avise de qualquer coisa. Te amo.

CARINA: Eu aviso. Te amo.

Carina desligou o telefone e ficou parada um segundo até andar na direção do homem.

— Oi. – Carina diz de forma simpática aproximando-se do homem na cama. Tentaria conversar um pouco com ele para convencê-lo a falar com Maya. Sabia que eles tinham problemas e talvez ele se recusasse a falar com a irmã, mas Carina sabia o tanto de esperanças que a mulher tinha de encontrar o irmão e faria de tudo para que ela tivesse essa chance.

— Oi. – O homem responde de volta. — Mas você não é o Dr. Link. – Ele disse confuso.

— Não, eu não sou o Dr. Link. Eu sou a Dra. Carina DeLuca. – Ela disse estendendo a mão e em seguida lembrando-se que a mão direita do homem estava machuca. — Ow, desculpe. – Ela disse em seguida recolhendo a mão.

O homem sorriu intrigado com aquela mulher tão bonita a sua frente.

— E você não é ortopedista, Dra. DeLuca. – Ele disse passando os olhos sobre o traje rosa da mulher.