MAYA: Ei, meu amor, eu já estou aqui. Você tem certeza que eu não preciso te pegar?
CARINA: Não, meu bem. Não precisa. Eu já estou indo. Te encontro em um instante.
MAYA: Okay, eu te amo.
CARINA: Te amo.
Maya estava esperando Carina para comemorar o seu primeiro aniversário de casamento. Ela havia feito uma reserva em um restaurante que ficava em uma balsa em Seattle já que Carina adorava as balsas. Era um fim de tarde ensolarado e uma brisa suave soprava os cabelos da loira que mantinha os olhos fixos no horizonte observando o lindo pôr do sol sobre a água.
A bombeira tinha o pensamento distante. Todo aquele primeiro ano de casada passava diante de seus olhos. De fato, ela ficara grande parte do dia reflexiva. Pensava em com sua vida havia mudado naquele pequeno espaço de tempo. Não apenas desde o casamento, mas desde a chegada de Carina em sua vida. Maya ainda lembrava da constante sensação de medo de perde-la após a volta delas ou mesmo quando o seu visto não pôde ser renovado e ela teria que voltar para a Itália sem saber quando poderia retornar. O casamento, no entanto, lhe dera segurança. Lhe dera a garantia de que o amor da sua vida ficaria ao seu lado.
Um ano daquele "sim" e a cada dia a bombeira sentia que amava Carina ainda mais. Que amava todas as suas manias, cada traço do seu corpo. Amava a toalha dela pendurada no banheiro ao lado da sua. Amava que o cheiro dela estava em todos os seus moletons, pois ela eventualmente usava todos. A sua risada fácil, o seu cheiro delicado, a sua voz sussurrada, o seu cabelo bagunçado, o seu colo confortante, o seu olhar expressivo faziam o dia da bombeira mais feliz.
Amava saber que podia perder o controle e desabar nos braços dela, que não precisava segurar seus sentimentos, que não precisava ter segredos com ela. Amava sentir aquelas mãos quentes e certeiras sobre o seu corpo lhe fazendo pegar fogo na sala, na cozinha, no banheiro, onde estivessem. Amava pousar os olhos nos dela e saber exatamente o que se passava pela sua cabeça. Todos os clichês possíveis. Amava todos com ela.
De repente sentiu uma mão tocando o seu ombro. Ela apenas virou como o maior sorriso no rosto pensando ser Carina que chegara.
— Ow, Nicole? – Maya disse surpresa quando percebeu quem estava atras dela.
— Oi, Maya. Quanto tempo. – A mulher disse já se aproximando da bombeira e beijando-lhe o rosto sem dá-lhe muito tempo para reagir.
— Sim, eu não vejo você desde que... você deixou Dean. – Maya falou apoiando a mão na grade ao seu lado.
— Sim... Aquilo não funcionou. – Nicole disse baixando a cabeça.
— Ah, sim, eu acho que você sempre decide o que funciona ou não. – Maya disse ironicamente.
— Ow, você está falando de nós? – A mulher disse encarando a loira.
— Não, estou falando de você em geral. Você parece ter um jeito de deixar drama por onde passa.
A mulher apenas balançou a cabeça mantendo a boca semi aberta.
— Nós podemos tentar de novo. – A mulher deu um passo à frente aproximando-se ainda mais de Maya e falando quase ao seu ouvido. — Estou livre hoje. Se você quiser nós podemos...
Maya a interrompeu rindo da proposta e andando um passo atrás para se afastar da mulher.
— Na realidade, eu estou comemorando algo especial hoje. Eu estou esperando a minha mulher para comemorar o meu aniversário de casamento.
— Aniversário de casamento? – A mulher disse de sobressalto. — Ah, então você é casada agora? Bem, eu não vejo uma aliança no seu dedo. – A mulher observava as mãos de Maya.
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Home│a series of Marina One shots
FanfictionPequenas histórias de Maya e Carina para rir, chorar, surtar e ficar ainda mais apaixonada por elas.