Capítulo 66

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- Bom dia meu amor. - Aaron falou em português abrindo os braços e eu ri indo até ele e o abraçando. - Nem acredito que estou aqui, isso é muito inédito. Você PRECISA me levar no Rio de Janeiro, Minas Gerais que o povo só come pão de queijo e fala uai, Salvador pra comer aquele negócio apimentado e naquele lugar que tem um monte de caipira. 

- Aaron! - Chamei a atenção dele e ri em seguida. 

- Desculpe, falar isso é ofensivo? - Ele olhou para os lados parecendo ver se alguém tinha ouvido e achado ruim e eu ri mais pegando sua mala de mão. 

- Não é legal falar isso né! - Ele fez cara de arrependido e me pediu desculpas mais uma vez. - Ah para com isso, você é meu francês preferido e está em São Paulo. - Ele sorriu animado levando a mala dele, e olhou para Enrico em seguida. 

- Imagino que você não vá levar minha mala né? 

- Huuum, não está incluso no meu salário. - Aaron riu e puxou sua mala após cumprimentar Enrico e fomos para o estacionamento do aeroporto, entrando no carro logo em seguida. Era cedo, e as pessoas começavam a sair para trabalhar. 

- Vamos tomar café primeiro e depois vamos para a 25. - Ele bateu palminhas e eu o avaliei. 

- O que? Não to vestido apropriadamente? 

- Na verdade... - Olhei para os anéis no dedo dele, e a corrente fina em seu pescoço, além do brinco de diamante em sua orelha e roupas Channel. - Eu acho que você vai ter que trocar de roupa e tirar TODOS os seus acessórios. - Ele me olhou desacreditado mas quando viu que eu não estava brincando, ele fechou a expressão. 

- Que tipo de lugar você vai me levar? - Ele perguntou com medo e eu ri. 

- Você vai AMAR! - Respondi e ele me olhou desconfiado ainda. 

[...]

- Credo, isso aqui é incrível. - Ele olhou de cima da ladeira da 25 de março para as lojas em volta. - E todas essas pessoas brincando com essas coisas no meio da rua? - Eu ri e passei meu braço pelo dele. Aaron agora estava com uma blusa fina e calça jeans comum, além de tênis e sem nenhuma jóia. 

- Eles estão tentando chamar a atenção de crianças. Vários vão querer te levar pras lojas dentro dos prédios, só sorri e diga obrigada. - Falei começando a descer e ele parecia uma criança que olhava para tudo. 

- Eu sabia que tudo é falso, mas não sabia que era tão parecido com o original. - Ele disse olhando para uma camiseta de marca na mão de um vendedor ambulante e eu ri. 

- Nós vamos nas lojas de festa e papelaria, você quer comprar alguma coisa específica? - Ele pensou. 

- Minha mãe pediu lembrancinhas dos lugares, meus irmãos brinquedos e Vic pediu alguma coisa que eu olhasse e pensasse nela na hora. - Eu sorri. Vic e Aaron tinham uma ligação muito forte e eles eram bem apegados. 

- E o seu pai? - Ele só resmungou e eu sabia que não deveria perguntar mais sobre ele. Começamos pela parte da decoração, e depois para a parte de comida. Fomos deixando as coisas no carro com Enrico, e ele ficou curioso e decidiu nos acompanhar; comprei as coisas das lembrancinhas e mais algumas coisinhas que ficariam lindas. Aaron comprou horrores, ele não aguentava entrar em uma loja e sair sem nenhuma sacola e surtou horrores no Armarinhos Fernandes. - Céus, você não faz compras na França? Você é rico garoto, isso é puro consumismo. 

- Na verdade só faço compra pela internet, ou compram pra mim. E geralmente gasto minha mesada com baladas e cachaça. Meus anjos, olha isso aqui. - Disse pegando mais uma coisa da prateleira e eu ri. - Eu amei esse lugar! Ta bom que é meio apertado e as pessoas as vezes não sabem pedir licença, mas eu amei! - Eu ri. Aaron ficava meio desorientado ao se desviar das pessoas e carregar a cestinha e eu ri mais ainda quando ele disse que nem as baladas que ele ia eram cheias daquele jeito. 

O Destino me Aguarda - O FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora