Capítulo 11

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 Acordei sentindo beijos no meu pescoço e logo arrepiei. Resmunguei um pouco e ele riu. 

- Quem deveria estar acordando com beijos era você. - O olhei. Estava lindo como sempre, com o rostinho inchado e os cabelos bagunçados. - Feliz aniversário. - Desejei ainda despertando e me puxou pra ele. 

- Que presente melhor eu poderia pedir do que acordar ao seu lado? - Ele falou e eu já me desmanchei completamente, sem esforços nenhum. 

- Para de ser assim menino. - Implorei e ele riu. 

- Infelizmente você vai ter que voltar pro seu quarto. Te acordei um pouquinho mais cedo por que sei que esse horário ninguém levantou. - Nesse momento ouvimos uma batida na porta. Eu o olhei assustada e ele me olhou da mesma forma. 

- Querido já acordou? - Ouvimos a voz da vó de Enzo e eu me levantei, pegando meu hobbie. 

- Dois minutinhos vovó, to só de cueca. - Ele respondeu e coloquei o hobbie, e fui em direção a porta do quarto de Anna, abrindo e fechando sem fazer barulho. Suspirei aliviada e quando me virei vi a babá (Letíchia) estava me olhando. 

- An... Nós... - Não sabia o que dizer e ela sorriu gentil. 

- Eu não vi nada Princesa! - Respondeu e eu sorri agradecida. 

- Você é incrível! - Falei e ela sorriu feliz. Dei um beijinho em Anna e nela, e sai, indo depressa para o meu quarto antes que mais alguém aparecesse. Quando cheguei, me lavei rapidamente e coloquei uma saia e uma camiseta, tênis e prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Desci as escadas e vi que realmente ninguém tinha acordado ainda, só a vó de Enzo que desceu em seguida. 

- Acordou cedo Ly. - Ela disse gentil e eu sorri fingindo demência. 

- Esses fuso horários sempre me deixam um pouco perdida. - Brinquei e ela riu. 

- Eu entendo, bom... O café da manhã só vai ser servido às dez. Tem algo que você queira fazer? 

- Na verdade... - Olhei serelepe pra ela. 

... 

- Ai essa foi uma ótima ideia, há quanto tempo eu não cozinhava? - Ela se perguntou colocando a assadeira do bolo no forno e lambendo os dedos em seguida. Eu sequei minhas mãos no pano sorrindo por ela não só ter amado a ideia, como ajudado também. 

- Desde que ele comeu esse bolo na casa do meu pai no Brasil, não parou mais de falar dele e depois não consegui mais fazer. - Falei lembrando do dia em que ficamos jogando videogame na minha casa, comendo bolo, conversando e brincando com Anna. - Ele vai amar saber que a senhora ajudou. 

- Ah - Ela colocou uma mão na cintura e fez um gesto com a mão. - Você acha que ele vai ligar que eu ajudei a preparar o bolo? Ele vai gostar de saber que a ideia e a iniciativa foi sua. - Eu ri. 

- Enzo me fala muito que a senhora deu todo o suporte pra ele depois do acidente. - Falei manso, tentando descobrir se eu estava pisando em território minado. Ela desfez um pouco o sorriso, mas não deixou de estar com a face tranquila. 

- Ele sempre teve muitas responsabilidades, e eu sabia como a minha filha se preocupava em não tornar a infância e a adolescência dele um fardo. Então quando eles morreram, bem... Ele perdeu totalmente o suporte, e se não fosse por Anna, Luca e Pietro só Deus sabe o que teria acontecido com ele. Por isso muitas vezes discuto com o avô dele sobre pegar mais leve, Enzo sabe tudo e todas as coisas necessárias para ser rei, ele só esta com medo por não ter os pais aqui. - Assenti fracamente sem saber o que dizer. - Mas ele é forte! Vai conseguir. Com a ajuda que recebe principalmente. - Disse animada e convencida realmente disso. - Daqui um mês nós voltamos para a Suécia e será ele por ele, mas sei que está preparado. Recheio? - Ela perguntou saltando da cadeira que tinha sentado e eu concordei, já pegando a panela e começando a fazer um brigadeiro. 

O Destino me Aguarda - O FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora