Capítulo 76

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 O Natal e Ano Novo passaram tão rápidos que quando fui perceber eu já estava mais uma vez no Brasil, dessa vez curtindo o Carnaval e ajudando minha irmã com minha mais nova sobrinha. Além de estar curtindo o Kalel que já estava engatinhando, saindo o máximo que podia e aproveitando o resto do tempo que me restava até o meu aniversário de 18 anos e minha coroação. 

- Emily pelo o amor, tenha cuidado! - Leandro me pedia com medo enquanto eu ajudava Kalel a engatinhar mais e mais pelo apartamento. 

- Ai Lele, calma... O garoto não vai cair daqui. - Ele passou as mãos pelos cabelos e respirou fundo. 

- Por que escolhemos ela como madrinha? Ela vai matar ele antes de fazer um ano. - Leandro perguntou pra Karina que riu e o beijou, que fez ele desmanchar qualquer expressão carrancuda e sorrir. 

- Ela já vai embora amanhã e depois você vai ficar chorando que ela está em outro país.

- Own, você chora quando to longe? - Lele revirou os olhos e me abraçou. 

- Um pouquinho... as vezes. - Eu o abracei de volta e fiquei. - Tudo bem, mas você não precisa passar o resto do dia grudada em mim. - Eu fiz que sim com a cabeça e funguei. - Ly, o que foi? - Eu me afastei e limpei os olhos. 

- Eu to com medo! To com medo de não dar conta, de surtar, de me afastar de vocês, de virar um pé no saco. 

- Pé no saco você já é, e ainda te amamos, não se preocupa! - Ka disse me fazendo rir e enxugar as lágrimas, ela pegou Kalel e sentou ao meu lado com ele ao colo, Lele sentou do meu outro lado passando o braço pelos meus ombros. 

- Escuta, tudo bem sentir medo e todo o resto, no começo vai ser terrivelmente difícil mesmo mas no dia a dia você vai se dar conta de que algo que te deixava extremamente cansado, parou de ser, e é bom... - Lele disse olhando para Kalel e eu suspirei. 

- E ta tudo bem surtar de vez em quando, um dia de cada vez amiga. Alguns dias serão mais difíceis que outros e ta tudo bem, sabemos que você supera! Você sabe disso, não sabe? - Ka me olhou e eu sorri. 

- Eu to aprendendo a saber! - Eles sorriram. 

- Boa mulher, agora por favor, compra alguma coisa pra gente comer. - Lele pediu e eu ri. 

...

- Você sabe que ela não vai crescer tanto até a sua coroação né? - Luísa perguntou enquanto eu não soltava minha sobrinha Júlia, dos braços. 

- Vai sim! Daqui três meses ela já terá cinco e eu vou ficar lamentando não estar perto pra ver o crescimento. 

- Eita mas que coisa menina, relaxa. Você vai ter o resto da vida pra paparicar. - Meu cunhado disse e eu fiz bico. - Não faz bico não que ensina cedo demais pra ela. - Eu ri baixo me certificando de não acordar ela e a coloquei no berço. 

- Fazer o que né, vocês não querem ir pra Itália. - Eles riram e me abraçaram. 

- Daqui a pouquinho estamos lá. - Minha irmã falou e eu suspirei. 

- Eu vou esperar e é bom que já estejam bons no italiano. - Eles riram me despedindo mais uma vez e saí do apartamento deles. 

[...]

 Quando eu já estava a caminho do Palácio de volta pra casa e com milhões de papéis riscados com ideias, mapas mentais, planos traçados, planilhas e Power points que fiz durante o tempo no Brasil, me senti empolgada, enjoada, nervosa, ansiosa, entusiasmada e tudo que poderia se sentir quando você estava a menos de 3 meses de se tornar umas das pessoas mais importante do mundo - em termos técnicos é claro. 

O Destino me Aguarda - O FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora