Capítulo 77

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- Uau, esse lugar é mesmo tão lindo quanto falam. - Falei olhando para o alto de uma colina em Florença. Tínhamos chegado naquela manhã e estava frio, mas eu já estava tão acostumada com o frio que só conseguia aproveitar aquele clima e apreciar a paisagem. O céu não estava tão claro mas não nevava mais e nem chovia, era só o vento gelado que nos lembrava do fim do inverno.  

- Precisamos voltar no verão, a cidade bomba de turistas e sem contar que o clima aqui fica, as vezes abafado demais, mas muito bom. - Piet disse empolgado. 

- Toda a Itália parece ser fantástica! - Deny comentou apaixonado pela paisagem também e voltamos a andar e fazer o famoso "turistar". 

 Cumprimentei as pessoas que paravam para conversar comigo e que diziam que estavam empolgados para aquela eleição, e que nunca acharam que seria tão interessante escolher os membros do Parlamento. Agradeci e continuamos. 

- Estamos andando pelas mesmas ruas que Dante, Michelangelo e os Medici andaram meus amigos. - Falei admirada olhando para tudo ali ao redor. Sim, havia construções novas mas nada se comparava com estar pisando na história. 

- Estamos no berço do Renascimento... - Piet acompanhou meu fascínio. 

- Ah pronto, os dois museus ambulantes. - Carlota zoou e rimos. 

- Vamos começar pelas galerias? - Deny perguntou empolgado e assentimos, indo em direção. Piet já conhecia mais de Florença, então foi nosso guia. Paramos para olhar tudo na Galleria Degli Uffizi e depois de um tempo, fiquei ao lado de Giorgio que olhava estranho para um quadro. 

- Você está muito quieto! Mais do que o normal e eu sei que não é por causa desse quadro. - Ele me olhou rapidamente, abriu e fechou a boca. Desde que tínhamos acordado, Giorgio tinha falado pouco e mesmo que os três estivessem com ressaca, Deny e Carlota despertaram quando entraram no trem para virmos para cá. Já Giorgio... Eu fiquei em sua frente, tentando não dar nada a entender para qualquer tipo de paparazzi que pudesse estar por ali e sair algum tipo de matéria na internet. - Você está envergonhado? - Ele ficou um pouco vermelho e eu ri, logo me forçando a não rir mais quando ele me encarou incrédulo. - Por que? 

- Mili eu nem lembro o que te falei ontem mas eu tenho quase certeza que falei coisas que não deveria. 

- É por causa disso que você ta desse jeito? Credo cara, pensei que fosse algo mais importante. Relaxa e aproveita a viagem. - Falei dando uma batidinha no seu ombro. Ele ainda me olhou preocupado. - Ta, eu te falo. - Revirei os olhos. - Você disse que gostou da Carlota mas que ela era areia demais pro seu caminhãozinho, assim como eu e não sabia o que eu via em você. 

- Eu falei que gostei da Carlota e você não ficou brava? 

- Por que eu ficaria? - Perguntei voltando a olhar para o quadro e admirando, e ele ficou quieto. 

- Você não sente ciúmes nenhum de mim? - Eu o olhei por que aquilo saiu magoado demais. 

- Giorgio... Eu não ter ficado brava não quer dizer que não senti ciúmes, ou até mesmo minha ausência de ciúmes após você ter me dito aquilo não significa que eu não me importo e não gosto de você. Significa que eu aprecio os momentos que temos mas que sei que o amor da sua vida não sou eu, e que muito menos você tem vontade de ser rei um dia. Eu não posso ficar tomando conta de você como se fosse meu e te privar de conhecer pessoas novas que possam ser especiais pra você. Eu já fiz isso e não posso fazer de novo. - Os meses em que Vic estava em casa e eu a magoava por ela pensar que eu odiava o namorado dela quando na verdade estava apaixonada pela mesma, passaram pela minha cabeça assim como a promessa que eu tinha feito que não faria aquilo de novo. Ele me encarou por um tempo e suspirou. Relaxou e sorriu. 

O Destino me Aguarda - O FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora